28 de set. de 2009

Toca um samba aí para eu 'fall in love'



O redator publicitário Túlio Pires Bragança mora há alguns anos na Argentina. Em Buenos Aires, especificamente. Com saudades da terrinha, ele mata as saudades tocando músicas bem brasileiras em seu violão. No repertório, vários pagodes que marcaram a década passada. Exaltasamba, Raça Negra, Molejão, Só Pra Contrariar, Travessos... Enfim, aqueles grupos em que o vocalista fica na frente cantando enquanto o resto dos músicos faz uma coreografia vergonhosa atrás.

Dia desses, Túlio fez uma brincadeira - transformou um dos sambas açucarados desses grupos em inglês. A tradução literal ficou engraçada e fez sucesso entre os amigos. Seguindo o ideal que impera na web 2.0, onde o verbo compartilhar é lei, o publicitário de 27 anos pôs suas versões no YouTube, com o nome de Pagode Versions. Imagina se não caiu na graça do povo...

Até agora foram três canções gravadas. "Que Se Chama Amor" virou "That's Called Love" (com a brilhante tradução: "It's a big saudade that break through my heart"), "Me Apaixonei pela Pessoa Errada" se transformou em "I've fallen in Love With the Wrong Person" e "Traz a Caçamba" ganhou o original nome de "Bring the Caçamba".

Túlio bateu um divertido papo comigo sobre a sua criação.

Não tem como não perguntar isso: de onde surgiu a ideia de criar as versões?

Sempre toquei pagode no violão, faz parte da minha educação musical como adolescente. Sei várias músicas de cor. Um dia, com uns amigos, comecei a cantar em inglês de brincadeira e aí rolou a ideia de gravar "Bring the Caçamba".

Isso em Buenos Aires?

É, com uns amigos daqui. Tenho muitos amigos brasileiros e, sei lá, parece que morando fora a nossa brasilidade aumenta. Fica tudo a flor da pele.

Quantas músicas já foram gravadas? A tradução é feita de forma literal ou há algum esmero, um cuidado com a métrica e com a rima?
Gravei três até agora, este final de semana gravo mais uma ou duas. A tradução é praticamente literal e a ideia é que não fique tudo certo. Com a rima não me preocupo não, mas com a métrica de cada frase sim, por isso às vezes tem que rolar uma adaptação.

Tipo "bring the caçamba" ou "it's a big saudade"?
É, essas coisas da brasilidade não rola. Muamba também é intraduzível!

O molejo é o pior grupo de se traduzir?
Quanto mais ginga e malemolência, mais difícil a tradução.

Como você traduziria "lá vem o negão, cheio de paixão?"
(Risos) Essa aí eu já comecei a pensar. "There comes the negão, full of passion. he's gonna catch you, gonna catch you". Só que "loirinha cafungada do negão é um problema" é um grande desafio lexical!

Quais são as próximas músicas a serem traduzidas?
"Smile that I'm Taping You", dos Travessos e "The Powerful", da Banda Brasil. Tem "Jeito Felino", do Raça Negra, que falta decidir se vai como "Feline way" ou "Cat way".



Há muitas sugestões dos internautas nos comentários dos vídeos. Já escolheu alguma?
A dos Travessos foi uma sugestãoo da audiência. Estão pedindo demais "Cohab City", mas essa é foda de tocar. (risos)

A preferência é aquele pagodão romântico...
É, esse é o pagode que toca o coração, que não tem malícia e duplo sentido. Não quero limitar tudo aos anos 90, mas ontem mesmo cantei para minha "muchacha" uma em inglês do Zezé di Camargo e já fiquei pensando em abrir o universo para "Sertanejo Versions" também. "Faz mais uma vez comigo uôôôô, só mais uma veeez comigo".

O que sua família, aqui do Brasil, achou dos vídeos?
Minhas irmãs acharam engraçado e dão risada do ridículo a que me submeto. Já meus pais não entendem a piada, dizem que canto bem e tal, mas não conhecem o significado do pagode para a minha geração.

E qual seria esse significado?
Eu morava em Santos, sem TV a cabo e sem internet no idos dos anos 90. O pagode era a voz das minhas primeiras paixonites. Com mais informação e mais opção, fui começando a gostar de outras coisas, mas isso não significa que eu não me identificava com as letras do Luiz Carlos, do Raça Negra, ou do Alexandre Pires no Só Pra Contrariar. Era mais ou menos a identificação que os emos têm com a música deles hoje, só que eu não chorava num quarto escuro nem usavas roupas e cabelos desaprovados pela sociedade.

* Matéria publicada no Virgula

21 de set. de 2009

S.O.S. séries


A série Chuck, que passa no Brasil pelo Warner Channel, esteve este ano na berlinda durante meses. A rede americana NBC, insatisfeita com a audiência da série, estava decidida a cancelá-la. Mas os fãs não deixaram: em uma campanha de marketing de intensidade nunca vista, conseguiram até um patrocinador para que a atração fosse renovada para uma 3ª temporada. O próprio protagonista de Chuck, Zachary Levi, aliou-se aos telespectadores para que o show não saísse do ar (leia entrevista abaixo). Foi a primeira vez que um ator agiu assim.

Quando se diz por aí que hoje são os telespectadores quem mandam na televisão, acredite. Com a internet, influenciamos diretamente a programação da TV. Mas vale lembrar que tal atitude não é novidade. Desde as cartinhas e dos telefonemas que o povo de casa atazana os profissionais da TV para que certo programa retorne ou para que tal personagem não morra. A diferença é que na web a mobilização é potencializada. Com as redes sociais, os fãs criam estratégias de guerrilha para ventilarem seus pedidos em fóruns, blogs, Twitter, Orkut, Facebook e afins.

O primeiro passo é criar um site que promova a campanha, com um abaixo-assinado. Depois, lota-se a caixa de e-mail dos executivos da emissora que exibe o programa que está prestes a ser cancelado. Daí vem a parte criativa. Para Roswell não ser cancelada logo no primeiro ano, fãs enviaram para a rede WB frascos de Tabasco, o condimento prediletos dos alienígenas da série. Funcionou! Para Jericho também ganhar uma segunda temporada, o delivery veio em forma de 20 toneladas de amendoins, direcionados aos escritórios da CBS. Mesmo resultado.

As atrações que provocam essas mobilizações têm em comum um grande apelo entre os nerds, a menina dos olhos da indústria do entretenimento. São fanáticos, que assistem a um show pela TV e pelo PC, compram seus DVDs e qualquer outro tipo de merchandising. E por serem aficionados por tecnologia, mobilizam-se na rede como ninguém. Exemplo: Dollhouse, da Fox, já tinha campanha virtual para não ser cancelada antes de estrear!

Eles pregam que o público assista mais à TV online. A alegação? Ao ver as séries pelos sites das emissoras, os canais terão uma real noção da audiência de um programa. The Office, que foi pouco vista em seu começo, quase foi degolada. Continuou na NBC porque era um hit de vendas no iTunes. "A internet tem uma aferição mais precisa", concorda Gabriel Priolli, Coordenador de Conteúdo e Qualidade da TV Cultura.

Em julho, Priolli viu uma campanha do blogueiro Ale Rocha (Poltrona) para que o programa teen Pé na Rua não fosse cancelado. Foram tantos e-mails recebidos que até o ombudsman do canal pediu para a atração continuar. Não rolou.

"Infelizmente, as manifestações só acontecem quando o programa sai do ar", diz Priolli. Questionado se uma ação à Chuck funcionaria no País, entusiasmou-se. "Se o público sensibilizasse patrocinadores para que recolocássemos programas antigos, a gente o faria com o maior prazer. É o público trabalhando com a TV pública."

Essa relação é boa para todos os lados. Na semana passada, estreou no SBT uma faixa nobre de séries, cujo horário saiu de uma pesquisa lançada pelo Twitter da diretora artística, Daniela Beyruti, filha de Silvio Santos. Não dá para saber se o SBT é de fato "a TV mais feliz do Brasil". Mas já é uma das mais interativas.

Zachary Levi: 'Há mais nerds e geeks por aí do que bombadões'

SAN DIEGO - Chuck aprendeu com o baque que levou após quase sair do ar. E aprendeu ainda mais com a nova relação que a série terá com os fãs daqui para frente. "Basicamente tudo o que os fãs estão pedindo nós iremos entregar. Episódios para a internet, um episódio musical...", enumera Josh Schwartz, criador e produtor-executivo da série, que mistura espionagem com comédia. "Chuck é um tipo de show que depende da reação dos fãs, então temos de estar sincronizados com eles. Nossa responsabilidade aumentou muito após essa sinergia que foi criada", continua ele, em entrevista ao Estado durante o evento de cultura pop Comic-Con, em San Diego, na Califórnia.

O primeiro passo foi a criação do site ChuckMeOut (www.chuckmeout.com), um espaço para os fãs de Chuck debaterem sobre a atração, além de jogarem games e verem episódios online. Há dois meses no ar, a página registrou mais de 1 milhão de streamings – conscientes, os atores produziram um vídeo agradecendo a marca alcançada.

"Os nerds são um tipo de fã muito leal. O bacana é que eles são telespectadores sofisticados e muito inteligentes, sabem tudo sobre a história", diz o ator Adam Baldwin, que faz o agente John Casey. "É um tipo de fã que você consegue por merecer", resume Ryan McPartlin, o intérprete do Dr. Devon, vulgo "Captain Awesome".

A bela atriz Yvonne Strahovski, que tem o papel da agente Sarah Walker, conta a sua reação ao saber da campanha armada pelos telespectadores. "Os dois meses de indefinição foram muito difíceis. Então, quando vimos a reação do público foi tipo ‘uau’!", sorri.

A campanha para renovar a série da NBC criou abaixo-assinados na internet, enviou e-mails desesperados para todos os profissionais da emissora e, acima de tudo, veio com a diferente proposta de encontrar um patrocinador disposto a investir na 3ª temporada.

A empresa escolhida foi a rede de sanduíches Subway, que tinha feito uma ação de marketing em um determinado episódio do 2º ano para promover um novo lanche. O ator Zachary Levi (Chuck Bartowski) se mostrou disposto a conversar com os fãs desde o começo da ação virtual. Sua cartada genial aconteceu durante uma convenção na Inglaterra. Em vez de dizer algo ao público presente (200 pessoas), convocou-os até a Subway mais próxima, onde, literalmente, pôs as mãos na massa e fez sanduíches para o pessoal (confira o vídeo em http://tinyurl.com/chucksub).

O ator falou sobre a nova vida do seriado, que volta aos EUA só em março – e no meio do ano que vem ao Brasil, pela Warner Channel.

Sua adesão à campanha fez de você uma pessoa muito querida pelos telespectadores. Acredita que isso ajudou o programa a ganhar novos seguidores?

Espero que sim. Os atores de Hollywood têm diferentes atitudes, e não quero dizer qual é certa e qual é errada, mas, para mim, quanto mais você estiver envolvido e acessível, mais as pessoas irão te querer.

Para um fã, ver seu ídolo fazendo sanduíches a fim de ajudar a manter a série no ar foi o máximo, não?

Estava sendo eu mesmo ali, não estava interpretando meu personagem. Fui a um evento em Birmingham para conversar com os fãs e percebi que em vez de ficar ali parado, só falando, por que não sair e fazer uns sanduíches? Foram momentos e oportunidades únicas que passei (durante os dois meses). Hoje eu só tenho um trabalho porque eles (os fãs) nos amam. Dar uma resposta a eles é o mínimo que podia fazer.

Você diz ser um nerd com orgulho. Por que esse tipo de pessoa, seja um personagem ou um telespectador, vem fazendo tanto sucesso, a ponto de manter uma série no ar?

Porque somos pessoas reais! Há mais nerds e geeks por aí do que bombadões, não?

O nerd e o geek são um novo tipo de super-herói então?

Sim, é um novo tipo de super-herói! E também somos ótimos amantes.... (risos) Ah, e sabemos como consertar um computador!

* Matéria publicada no Estadão


Essa tal "geração Lost"


Neste sábado, fui convidado do Dharma Day 2 para explicar um pouco para o pessoal o que é essa tal tese que criei sobre uma certa "geração Lost" , que trouxe uma nova maneira de assistir televisão. O termo é referente a uma matéria que saiu no caderno Link, do Estadão, em julho.

Foi bem bacana a conversa que tive com mais de 150 lostmaníacos na Livraria Cultural do Shopping Market Place. Agradeço ao Leco Leite, do Teorias Lost, pelo convite.

Um rapaz da plateia (@rafagoom) fez um live streaming do evento, mas a qualidade do vídeo não está lá essas coisas, já aviso.

***
Para quem ficou curioso, fiz um Top 10 razões que explicam porque Lost mudou o nosso jeito de ver televisão, lá para o Virgula. São eles:
- Universo lostie: Lost não é um programa de TV, mas um universo multimídia. Para realmente entender o que significa aquela ilha, quem são os Outros ou quando nasceu a Iniciativa Dharma, é preciso ir além daquilo que vai ao ar na televisão - fuçar em livros, blogs e games!

- Marketing viral: Seguindo essa linha de que Lost não é um programa de TV, mas um universo à parte: um personagem sem falas, morreu no primeiro episódio. Não havia nenhuma menção a ele, parecia um mero figurante. Parecia. Mais pela frente, descobriu-se que ele era escritor, e seu livro ("Bad Twin") estava sendo lido por um dos personagens principais. Adivinhem: o livro fictício esteve à venda de verdade! Mais um elemento extra para quem deseja ter informações complementares sobre o programa.

- ARGs: Lost foi pioneiro ao criar jogos de realidade alternativa para falar das novas temporadas e adiantar aquilo que iria ao ar no novo ano. Os jogos são muito importantes, pois contam histórias que não são abordadas na televisão. Um exemplo: quer saber o que é aquele tal navio Black Rock? Em um ARG aparecem pistas que levam a explicação; na TV, não.
- Espectador ativo: Deixe para atrás aquele hábito de ver televisão estirado no sofá. O final de um capítulo de Lost deixa tantas perguntas no ar que obriga o público a ir para o computador e ler o que outros fãs estão comentando sobre o episódio em fóruns, blogs, Twitter e comunidades do Orkut e Facebook. Dificilmente você não irá escrever algo também.

- Veja na internet: Lost praticamente obriga o telespectador a consumi-lo em outras mídias. Os vídeos de orientação Estação Dharma sempre são vazados de propósito na internet, por exemplo. A série também já teve episódios exclusivos para celulares.
- Interação com você!: A equipe por trás de Lost adora ouvir as teorias dos fãs. O fórum The The Fuselage é um espaço para o público e os roteiristas conversarem. Os produtores-executivos Damon Lindelof e Carlton Cuse também têm um podcast muito popular, onde comentam cada episódio que passou.
- Elementos surpresas: Os roteiristas de Lost, aliás, espalham pelas cenas alguns easter eggs, elementos surpresas que não são vistos ao primeiro olhar. Eles sabem que os fãs pausam as imagens e dão zoom em tudo que é canto da tela à procura de pistas. Sempre encontram algo precioso, claro.

- Viva o download!: Lost é o grande responsável pelo fenômeno atual que é baixar seriados pelo mundo. Sua narrativa e construção obrigam o espectador a ficar envolvido com a história, ou seja, fica impossível esperar meses para ver no Brasil (na TV a cabo) algo que passou nos EUA. Por aqui, um episódio pode ser baixo pela internet minutos depois de ele ter sido exibido nos Estados Unidos.

- TV globalizada: Justamente pelo motivo acima, Lost popularizou o live streaming: o mundo inteiro agora vê seriados ao mesmo tempo em que eles são exibidos no território americano. Basta um morador de lá retransmitir o sinal da TV pela internet. A imagem não é tão boa, mas ninguém se importa: o que vale é a experiência.

- Legendas made by fãs: Os fãs xiitas de seriados odeiam as traduções oficiais, pois elas são feitas por profissionais que costumam não estar habituados com o conteúdo exibido. Um novo episódio de Lost traz muitas referências de temporadas anteriores e os fãs gostam que os termos sejam padronizados. Grupos de legenders de Lost, como Psicopatas, são endeusados.

13 de set. de 2009

Entrevista com Alexander Skargård: "o Eric é um cara legal"


Conforme eu tinha prometido, deixo hoje a entrevista, na íntegra, que fiz com Alexander Skargård, ator sueco que faz o vampiro Eric Northman, de True Blood. O seriado tem neste domingo o final de sua 2ª temporada, nos Estados Unidos. A conversa foi feita em julho, durante uma junket da HBO com jornalistas de fora dos EUA, do qual o Estadão fez parte. Ele é alto, mais de 1,90m e, ao vivo, não tem nada daquele charme que emana na telinha - tem um jeitão até meio jeca-tatu, inclusive.

Mesmo assim, deixou a mulherada (e alguns homens) babando: o cara é um gentleman, daqueles que levanta da cadeira quando uma mulher vai se sentar. Uma curiosidade: foi o único ator da série a cumprimentar todos os jornalistas da mesa do qual fiz parte. Os outros só sentavam e davam um "oi geral" - a Anna Paquin nem isso.

Parece besteira, mas tal gesto nos conquistou.

A entrevista abaixo foi feita em duas partes - durante a junket e, depois, na sala do café da manhã. O Four Seasons de Los Angeles tinha um brownie que era uma coisa de louco. Acabei trombando com o Alexander por lá: assim como eu, ele tava se sujando todo com a guloseima de chocolate.

Você ainda filma na Suécia?
Sim, estou voltando daqui uns dias. É importante voltar para a Suécia e filmar na sua própria lingua.

Seu pai (Stellan Skarsgård) é um famoso ator. O quanto isso o influenciou?
Meu pai é ator e ele me dirigiu uma vez quando eu tinha 7 anos. Uma coisa levou a outra, e trabalhei até os 13 anos como ator na Suécia, onde fazia filmes e programas. Daí parei, não gostava da atenção, é uma época estranha para ser famoso, sabe? Não sabia quem eu queria ser... Meus pais me incentivaram muito, diziam que se eu não tivesse paixão pela coisa deveria largar mesmo. Eles nunca me empurraram, se tivessem feito o contrário eu não estaria aqui. Quando fiz 20 anos, voltei (a atuar).

E como foi essa transição de astro adolescente na Suécia para ator desconhecido de Hollywood?
Eu fiz teatro em Nova York aos 20 anos e queria saber no que isso ia dar. Eu sentia falta (de atuar). Voltei para a Suécia e fiz alguns trabalhos. Em 1999, meu pai estava divulgando um filme na Califórnia. Eu estava de férias e o agente dele perguntou se eu não queria fazer um teste para o Zoolander. E eu consegui o emprego!

Zoolander? Um clássico!
(Risos) Achei até fácil e, por causa do filme, consegui alguém para me representar. O mercado na Suécia é muito pequeno, não temos tantos diretores bons quanto antigamente, você tem de aceitar qualquer trabalho para pagar suas contas. Então eu filmava na Suécia, juntava uma grana e vinha fazer umas entrevistas na Califórnia. Ficava na casa de uns amigos e, se nada desse certo, voltava para a Suécia e depois fazia tudo de novo. Fiz isso durante três anos e em 2007 eu entrei em outra série da HBO, Generation Kill.



Você está bronzeado agora. Durante as filmagens você tem de evitar o sol?
Por seis meses eu não vou à praia e uso protetor solar fator 50... (risos)

Qual é o gosto do sangue que vocês bebem nas gravações?
É muito doce, como um xarope.

O Eric é o vampiro mais "fodão" de True Blood?
Não concordo que eu seja um vampiro muito mal. Na primeira temporada, o Eric é intimidador, o vampiro vinking, chefe do Bill. Ele tem esse lado diabólico por dentro, mas na segunda temporada você entende como ele surgiu, o seu lado legal e como é um grande amigo. O sumiço do criador dele em Dallas acaba sendo a primeira vez em que vemos ele tomar uma atitude em razão de um motivo pessoal.

Como é ser um vampiro?
Como vampiro, eu faço o que quero, crio minhas próprias regras. Não acredito em vampiros na vida real. Eu assisti aos filmes clássicos de vampiros, como Nosferatu, aqueles clássicos antigos, e esses personagens são muito diferentes do Eric, que é mais moderno. Ele tem 1000 anos de vida, é alguém quase humano. E um predador.

Foi divertido gravar o bizarro videclipe de Paparazzi, com a Lady Gaga?
Foi algo divertido, interessante, adorei quando li o roteiro! Eu tento matá-la e ela me mata. (risos)

9 de set. de 2009

Os perdedores contra-atacam


NOVA YORK - Pense naqueles personagens clássicos dos filmes teens americanos. O jogador de futebol americano que é a estrela da escola e que namora a chefe de torcida loirinha e popular. Ou o nerd que é enfiado na lata de lixo todo dia. Ou o cara estranho que não se encaixa em nenhum grupo... Agora pense neles cantando, felizes, como se não houvesse amanhã. Lembrou de High School Musical? Pois saiba que assim pode ser resumida Glee, a comédia sensação dos Estados Unidos que terá sua pré-estreia no Brasil no domingo, dia 13, às 22h, na Fox.

Antes, vale o aviso: não se deixe levar pelo pré-conceito desta breve sinopse. Glee é uma comédia musical de uma hora cheia de humor negro, que leva a assinatura de Ryan Murphy, a "mente doentia" por trás de Nip/Tuck. Exemplos: sabe o quarterback popular? Então, ele gosta mesmo é de cantar e dançar. Sua namorada cheerleader? Na verdade, ela é uma religiosa fervorosa, que adere ao voto de castidade. Isso sem falar do cadeirante dançarino, da lésbica punk e da filha de um casal de homens. Ficou mais interessante, não?

A história de Glee se passa dentro do McKinley High School. O professor de espanhol Will Schuester (Matthew Morrison) é um idealista, que assume a coordenação do Glee Club do colégio, um clube musical largado às traças. Como Will fez parte dele quando estudante, aceita o desafio de deixá-lo pronto para o campeonato regional de glees. Não será fácil: o diretor cortou todas as verbas e sua esposa simula uma gravidez para que ele largue o "frila gratuito" e arranje um emprego extra.

Os alunos que entram na empreitada são os losers . Só quando o astro de futebol americano Finn Hudson (Cory Monteith) se junta ao grupo é que toda a escola fica de olho no projeto. "O glee é o elo de todo mundo, que mostra que é O.k. ser quem você é", diz ao Estado a atriz Lea Michele, em evento para a imprensa mundial em Nova York.

Ela vive a protagonista Rachel, a menina sacaneada por todos, que é adotada por um casal gay e se acha a melhor cantora do mundo. Seu hobby é se filmar cantando para se exibir no MySpace.

DE REHAB A CHICAGO

O trunfo do seriado são os ensaios musicais dos alunos, que fazem releituras de sucessos do passado e do presente. "A música traz alegria às pessoas. O show vai abrir os horizontes musicais dos espectadores, as crianças agora vão ouvir John Denver", acredita Matthew Morrison, o professor Will.

O primeiro episódio de Glee é um bom aperitivo do que virá pelos próximos 21 capítulos da 1ª temporada. Os atores cantam hits radiofônicos da hora, como Rehab, de Amy Winehouse, e I Kissed a Girl, de Katy Perry. Mas também interpretam Mr. Cellophane, do musical Chicago, e Don’t Stop Believin, da banda de hard rock Journey.

A versão de Glee para essa música, aliás, vendeu 400 mil downloads no iTunes, o que mostra a euforia inicial em torno da produção, que terá o seu segundo episódio exibido nos EUA na semana que vem (e em 4 de novembro no Brasil). "Nossas versões são até melhores que as originais", diz Matthew, sobre o sucesso precoce da série. "Glee mostra mais a realidade de ser um estudante. No High School é todo mundo bonito", brinca Chris Colfer, que interpreta o gay/pavão Kurt.

Entre as músicas que aparecerão nos próximos episódios estão Love of My Life (Queen), Gold Digger, do rapper Kanye West, e inúmeros trechos de musicais famosos. O elenco é categórico ao afirmar que a mais talentosa ali é a atriz Amber Riley, intérprete da deslumbrada Mercedes. Perguntada sobre quem a inspirou para a construção da personagem, Amber falou, séria. "Em mim, na minha diva interna!"

OFF-BROADWAY

Cory Monteith, que faz o quarterback Finn, é o único que não cantava ou dançava antes – todo o cast tem formação teatral ou musical, com passagens pela Broadway. "Trabalhava em uma construção, só atuo há 6 anos. As danças do primeiro episódio eram até simples, mas apanhei horrores", ri. Ele também nunca tinha jogado futebol americano até então. "Não sabia para onde devia correr."

A molecada tem entre 18 e 25 anos e se considera uma família. Muitos dos atores até moram juntos em Los Angeles. "Fica um escutando o iPod do outro no set, mas sempre tomando cuidado com a cera alheia", brinca Chris. "Todo mundo canta nos intervalos. É para chamar a atenção do Ryan (Murphy), ele sempre inclui no roteiro as músicas que a gente gosta", diz Kevin Mchale, o nerd Arty.

Duas curiosidades sobre Kevin. Um: seu melhor amigo é brasileiro, então sempre passas as férias aqui. Dois: é um excelente dançarino. Mas Ryan Murphy, e seu conhecido humor negro, fez dele um cadeirante na série.

***

Entrevista com Ryan Murphy: 'Glee é igual aos filmes do Rocky'
Ryan Murphy é o mandachuva de Glee. Além de ser um dos três roteiristas, é o principal produtor executivo da Fox. Nada entra no ar sem sua aprovação. Mas isso não faz dele alguém temido nos bastidores, ao contrário. Ele falou com o Estado um dia depois do evento com o elenco.

É verdade que a série tem muito da sua infância?

Me envergonha o fato de ter sido muito Rachel: era presidente de todos os clubes do colégio. Cresci em Indiana, era obsessivo com a ideia de ser maior que a minha cidade. O personagem gay de Chris Colfer foi tirado da minha vida. O primeiro filme que vi foi Funny Girl – A Garota Genial. Sempre quis usar a faixa Don’t Rain On My Parade deste musical nos meus trabalhos. Agora pude.

Você também criou 'Popular'. Isso ajudou na hora de voltar a escrever sobre adolescentes?

Popular foi sobre sobre seus problemas e incompreensões, era cínico e obscuro. Nunca quis fazer um show sobre teens, mas explorá-los.

Como será conduzida a história durante a temporada? O piloto mostra tudo de uma vez!

Não sei o que o futuro me reserva, faço isso mesmo. Mas sempre sei onde a história termina. Glee é igual aos filmes do Rocky. O primeiro tem os perdedores, que vêm do nada pelo amor de uma grande pessoa e buscam sair vitoriosos de uma competição. No segundo ano eles são campeões. O quarto vai ser na Rússia! (risos)

Como é o processo de gravação de 'Glee'?

É produzir um filme a cada seis dias. Definimos o tema do episódio e depois passo uns dias dirigindo por Los Angeles para selecionar umas seis músicas. As músicas têm de ser aprovadas pelos artistas, nenhum ainda disse não. Grandes estrelas, como Barbra Streisand, Billy Joel e Beyoncé, amam o tema do show. Depois escuto a demo da música, faço anotações e eles gravam. Daí são mais uns dias para a coreografia.

Existe a hipótese de pôr músicas originais na série?

Sempre disse que não, gosto do show porque as pessoas identificam as faixas. Recebo ligações de compositores todos os dias. Agora posso chegar nos tops do mundo e falar: "a Rachel tá se sentindo assim, me escreva uma canção, Diane Warren". Vamos ter um episódio com oito músicas originais para serem vendidas como singles depois.

Você aceita as sugestões musicais dos atores?

Quando se trabalha com um monte de crianças talentosas, seu trabalho é espioná-las. Teve um dia que eles cantaram Ride With Me do rapper Nelly, e amei. Na outra semana estava lá. Também estava conversando com o Chris Couler, que falou que as melhores canções da Broadway são cantadas por mulheres e que queria ser garota por um dia, só para cantar algo de Wicked. Falei: "você não precisa ser". E pus. Matthew é um grande dançarino e fez certa vez a dancinha do Thong Song ("música do fio dental"). Já viu... (risos)

* Matéria publicada no Estadão

7 de set. de 2009

Duas séries, duas épocas

Passei este feriado tirando o atraso que tinha em relação à algumas séries televisivas do qual sou fã. Neste último domingo, matei o que faltava de Mad Men, para que eu ficasse sincronizado com o espectador americano. Vi também mais alguns episódios da 2ª temporada de Breaking Bad, que já terminou por lá. Ambos são programas do canal a cabo AMC.

Mad Men, para quem não sabe, retrata a vida de uma agência de publicidade de NY no começo dos anos 60. Não parece muito convidativo, eu sei, mas o bacana da série é como os costumes e hábitos culturais dessa época são ali retratados.


Para eu, filho do final do século 21, chega a ser chocante ver cenas como a que acompanho nesta 3ª temporada da obra de Matthew Weiner. Betty Drapper (January Jones), grávida do terceiro rebento, acende um cigarro no outro, enquanto perambula pela casa com seus belos vestidos floridos. Ninguém diz nada.

Daí eu pulo quase 50 anos e chego em Breaking Bad. Skyler White (Anna Gunn) também está grávida, mas do seu segundo filho. Gravidez inesperada, ela já passou dos 40 anos. Bateu aquela vontade de fumar um cigarrinho. Escondida, no carro, umedece a ponta dele e olha com culpa pela janela. Uma senhora, em outro veículo, faz um sinal de reprovação.

Betty leva a vida idealizada pela sociedade americana, aquilo que lemos nos livros de história sobre o pós 2ª Guerra Mundial como American Way of Life. É rica, jovem, tem uma bela casa. Nem cuidar dos filhos precisa, já que tem uma babá o tempo todo. Fuma por prazer - ou "imposição cultural", já que 95% dos personagens de Mad Men vivem na fumaça de suas baforadas.

Skyler é uma fodida, da classe média americana, com sua hipoteca para pagar. Não tem emprego fixo, seu marido tem câncer terminal e seu filho adolescente sofre de paralisia cerebral. É repreendida pelo esposo quando decide comer um mero panini porque ele tem sódio, o que faria mal ao nenê. Fumou três cigarros e meio por um breve momento de prazer, enquanto tudo ao seu redor se desmorona.


Fiz esse paralelo com o objetivo de chegar a uma conclusão, mas tá difícil. Só consigo pensar que nossa vida está mais chata. Há quase um ano, quando me vi primeira vez na indo morar numa casa sem ninguém de minha família por perto, passei por uma situação engraçada no supermercado: eu podia decidir o que comprar.

Sempre tive tudo light nos meus lares, do refrigerante à maionese. O pão, aos poucos, virou integral, assim como as bolachas foram sendo substituídas pelas barras de cereais. Dez meses depois cá estou: vivo e mais magro, inclusive. Na minha geladeira só há "alimentos normais", imorais, que ainda não são ilegais, mas dizem que engorda.

Tava conversando outro dia sobre a primeira vez que vi um refrigerante diet, no começo dos anos 90. Era coisa de gente doente, diziam, como meu avô diabético. Hoje todo mundo bebe a mesma parada sobre o rótulo de Zero, porque os publicitários dizem que é mais juvenil.

Quando estive nos EUA, há algumas semanas, fiquei com vontade de alugar um carro à diesel, só para protestar contra a onda "Go Green" que assolou aquele país. A prefeitura de Los Angeles tá implementando o cartão de bilhete único em seu transporte público, com a desculpa de que isso vai evitar o gasto com papéis e ajudar ao meio-ambiente.

[Gente, o cartão é ótimo porque é uma tecnologia feita para deixar nossa vida mais prática, para que ninguém mais pegue filas nos ônibus ou nos metrôs. E ponto final!]

Não gosto de cigarro, acho ótimo ir à balada e voltar para casa com o cheiro do meu perfume, mas toda essa proibição, essa vigilância, incomoda-me um bocado. O pior é que a gente vai integrando essas regras em nossos cotidianos sem perceber. Minha mãe diz que adorava jogar lança-perfume em seus amigos nos carnavais de sua infância. No domingo ela tentou me convencer a experimentar um hambúrguer de soja.

Sei que essas restrições têm o objetivo de tornar nossa vida mais saudável. Mas fico imaginando como ela será daqui uns anos. Tipo ser chamado pela diretora da escola porque meu filho foi pego levando Coca-Cola normal na lancheira.

Algo assim.

Enquanto isso, em Farmville...

Filippe Ykeuti - take a chance on me... diz:
logo vou ter meu trator

Gustavo diz:
esse é meu objetivo

Filippe Ykeuti - take a chance on me... diz:
pelo menos você já tem um guarda solzinho

Gustavo diz:
ahahaha
aquilo eu ganhei

Filippe Ykeuti - take a chance on me... diz:
ahhh eu ganhei a arvore q vc me deu ahueahae

Gustavo diz:
esquema para ganhar coisas legais é assim, só no free gift
me dá algo maneiro
nenhum vizinho meu me dá

Filippe Ykeuti - take a chance on me... diz:
deixa eu ver aqiu
quer uma vaca?

Gustavo diz:
ah, vaca eu já tenho
duas, aliás
deixa ver oq eu quero, peraí

Filippe Ykeuti - take a chance on me... diz:
hummm, arvore de pessego?

Gustavo diz:
nem sabia que pessego dava em arvore ahahaha
só vejo isso nas latinhas, com calda

Filippe Ykeuti - take a chance on me... diz:
pois é!

Gustavo diz:
tá abrindo aqui não
dá qq coisa vai
menos essa arvore de pessego
que arvore de viadinho eu não gosto

Filippe Ykeuti - take a chance on me... diz:
uma galinha? ahuehauea isso vc já tem
maçã entao

Gustavo diz:
maça? puta arvore de pobre

Filippe Ykeuti - take a chance on me... diz:
figo

Gustavo diz:
tem outro animal, não?
tá, figo serve

Filippe Ykeuti - take a chance on me... diz:
plum
sei lá que porra é essa

Gustavo diz:
plum?

Filippe Ykeuti - take a chance on me... diz:
só tenho vaca e galinha

Gustavo diz:
deixa eu ver no google
plum é ameixa
dá essa vai

Filippe Ykeuti - take a chance on me... diz:
ok

Gustavo diz:
ameixa é bom, ajuda a cagar

Filippe Ykeuti - take a chance on me... diz:
isso é verdade
tem um monte de activia de ameixa aqui

Gustavo diz:
ahahahahaha
nem deve ser da sua mãe...

Filippe Ykeuti - take a chance on me... diz:
é dela

Gustavo diz:
eu odeio essas comidas invasivas, manja?
tipo, que querem te fazer cagar
deixa o estomago trabalhar sozinho, porra!

Filippe Ykeuti - take a chance on me... diz:
é que tem gente que precisa de um empurraozinho hauehauhea
pra que serve feno?

Gustavo diz:
feno? pro cavalo dormir em cima ahaha
eu vendi o meu. coisa inutil da porra

Filippe Ykeuti - take a chance on me... diz:
é... você que me deu??

Gustavo diz:
não
o jogo que dá

Filippe Ykeuti - take a chance on me... diz:
alguém me deu
ah tá
mas eu nem tenho cavalo

Gustavo diz:
AHAHAHA

Filippe Ykeuti - take a chance on me... diz:
acabei de comprar uma vaca

Gustavo diz:
começa aos poucos, né?
daqui a pouco tu ganha uma ferradura

Filippe Ykeuti - take a chance on me... diz:
nossa, a galinha é mais cara que a vaca

Gustavo diz:
essa frase pode ser colocada em outro contexto

Filippe Ykeuti - take a chance on me... diz:
that's what she said

6 de set. de 2009

Conheça FarmVille, o maior game social da história

Tudo bem que o reality show da Rede Record já acabou, mas ser fazendeiro continua na moda. Faz sucesso no Facebook - e ponha sucesso nisso -, o aplicativo FarmVille, um game social que já vem sendo chamado de o maior da história. Mais de 35 milhões de pessoas o jogam pela rede social de Mark Zuckerberg. A cada semana, 4 milhões de novos usuários aderem a ideia de se tornar um fazendeiro virtual.

Mas qual é a graça disso? Foi o que tentei descobrir, após passar uma semana arando terra e espantando urubus alheios. O saldo final, adivinhem, é que FarmVille é mesmo viciante.

Para brincar de Dado Dolabella no jogo desenvolvido pela Zynga, é preciso ter cadastro no Facebook. Depois, é só entrar na parte de aplicativos e procurar por FarmVille. A ideia por trás dele é basicamente essa: criar o seu avatar de fazendeiro e começar a plantar em um pequeno terreno prévio. No canto direito da tela há botões para arar, semear ou apagar um bloquinho de terra fértil. Há um mercadinho onde é possível comprar sementes de frutas e legumes, animais, árvores, objetos de decoração para a fazenda e até mesmo máquinas que ajudem a automatizar o processo da colheita. Cada semente ou árvore tem o seu tempo exato de dar frutos. O mesmo acontece com os animais - a vaca precisa ser ordenhada a cada dia, por exemplo.

É preciso vender todos esses alimentos para aumentar a fazenda. Tudo é um investimento. Colheu os morangos? Você terá de preparar a terra e plantá-los de novo. Itens mais caros vão sendo desbloqueados com o tempo, pois tais tarefas o ajudam a ganhar experiência dentro do game - cujo ápice é expandir o seu pedaço de terra. Tudo isso faz com que o usuário passe alguns minutos do dia dentro do jogo; o objetivo é criar um hábito mesmo.

Os mais viciados podem comprar dinheiro virtual com o real mesmo. Você é quem decide.

GALERA DE COWBOY

Mas, como se trata de um game social, o grande barato de FarmVille vem na hora de compartilhar. Todas suas atividades podem ser divulgadas no Facebook. Isso o ajuda a ganhar moedas. Também é preciso que você tenha fazendeiros vizinhos. Convide seus amigos, é muito importante. Quando você se logar no game, a fazenda deles pode estar com problemas, como urubus comendo as plantações ou até ervas daninhas que não param de crescer. Sua tarefa será ajudá-los no momento em que eles estiverem ausentes. Isso lhe rende um dinheirinho extra, além de ganhar uma faixa de "boa praça".

Amigos também são a melhor forma de ganhar alguns ítens caros, como animais e árvores. São os free gifts. O limite é de 20 presentinhos por dia.

FarmVille é atualizado constantemente, há sempre uma novidade, o que é ótimo e o deixa ainda mais vicioso. A professora de idiomas Vera Gherardini que o diga. "Eu acho o jogo bacana e viciante por vários motivos. Particularmente, acho relaxante me dar um tempo nos intervalos de trabalho para arar, plantar, escolher a semente, cuidar dos animais... É meio atávico", admite ela, que tem mais de 20 vizinhos.

"Acho que o mais bacana dele é a competição silenciosa que provoca, todos querem evoluir para ter acesso a mais sementes, poder enviar presentes mais legais e ter muitos vizinhos para aumentar a terra. É um jogo que se joga entre amigos que, ao mesmo tempo em que disputam, ajudam os outros a ir para a frente."

* Especial para o Virgula

2 de set. de 2009

Pega no meu avatar!



Tinha esquecido de mostrar esse divertido videoclipe feito pelo pessoal da websérie nerd The Guild, que mostra a vida de jogadores viciados em games de MMO, tipo Warcraft.

O programa é um dos meus prediletos no gênero (ficou em 5º lugar no meu ranking do ano passado) e faz um baita sucesso lá nos EUA. A ruivinha Felicia Day, aliás, é considerada musa geek e a principal atriz de seriados online do momento - ela também fez Dr. Horrible's Sing-Along Blog.

Para quem está curioso, ficadica: dá para encontrar todos os episódios do The Guild no YouTube, inclusive com legendas em português.

1 de set. de 2009

Kurt Cobain cantando Bon Jovi, Billy Idol, Bush e Stevie Wonder?



Fiquei malzão, vendo esse vídeo do recém-lançado Guitar Hero 5. Sério.

Kurt, você devia ter apontado a espingarda para a cabeça da Courtney Love, isso sim.

Mixta

Tá cheio de blogueiro pop hoje pagando de DJ. Muito mais do que ex-BBB. Então se é para ver um @something comandando uma pick-up, que seja os autores dos meus dois sites de besteirol predileto: o mito Katylene e o veejay Didi, do Te Dou Um Dado?.

Capitaneada pelo ícone adulto Pedro Beck, a festa em questão é a Balada Mixta, na Funhouse, dia 10/09. Vamos lá?


PS: Gustavo faz post-pago em troca de nome na lista