28 de jun. de 2005

Do you wanna get hiiiiigh?

Alguém viu esses novos outdoors do Unibanco? O banco passou por uma reformulação, as agências agora estão nas cores azul-claro, o logotipo está mais moderninho, as propagandas agora não estão mais com a Deborah Bloch e o Miguel Falabella... Enfim, alguém viu os outdoors do banco?

Para representar as novas facilidades do novo Unibanco, os publicitários, da Agência F/Nazca, bolaram uns personagens meio infantis. Tem um ovo que anda, um carrinho, um símbolo de interrogação que pula... Todos possuem pernas e olhos, algo bem típico do cartoon.

Mas o que mais me chamou a atenção foi o boneco da nota de dinheiro. Verde, com uns sapatinhos toscos e uns olhos azuis bem caídos - o que parece que a nota acabou de acender aquele baseado.

Agora me digam: é muita coincidência ou a nota chapada do Unibanco não é cara do:

Towelie, a toalha maconheira do South Park!

Estranho, muito estranho...

27 de jun. de 2005

Canibal
Voltando ao assunto da religião, lembrei de uma estória engraçada. Estava na sétima série, estudava no mesmo colégio católico que citei no último post, e era aniversário de algum santo - ou seria do patrono do colégio? Enfim, era um dia de celebração, que acontecia todo santo ano, lá no ginásio. Todo mundo ia, menos eu e o Felipe, um japonês loiro e budista.

Eu não ia porque diziam que só podia ir à festa quem fosse catequizado. Eu, jovem honesto que sou, fiquei uns três anos sem ir. Eu e o Felipe, o japonês loiro e budista. O cara era chato, todo ano contava uns papos sobre religião; eu não estava nem aí. Vendo-me mais uma vez ao lado do Felipe, o japonês loiro e budista, resolvi que, sim, eu iria até o ginásio e participaria do babado. "Mas você não é catequizado, meu!", ouvi do meu colega de sala. "Ah, não enche o saco!", respondi.

O corredor estava vazio. Foi fácil escapar, assim que cheguei ao pátio do recreio, estava tendo a maior algazarra. Sabe quando você está na terceira série e a tia pede para os alunos fazerem uma fila indiana, do menor para o maior estudante, a fim de que ninguém se perca? Era isso que rolava com a pirralhada. Andando apressado, cheguei ao ginásio. A quadra de esportes tinha um padre, o diretor da escola segurava um microfone, havia algumas freiras ou coisas do tipo. O padre dizia coisas sem nexo, e após uns 15 minutos ele disse que era para os alunos virem receber a óstia.

Eu sempre tive vontade de saber o que era a tal da óstia. Todo mundo na televisão comia aquele treco, meus amigos católicos também. Para piorar, eu estava com fome. Não pensei duas vezes: adentrei na fila para receber o tal do pedaço do corpo de Jesus. Na maior cara de pau, diga-se de passagem. A coordenadora Roseli me olhou feio, fez que viria até mim, mas uma mãe a chamou de canto. Pouco tempo depois estava eu e o padre, cara-a-cara.

Como vi que todos que estavam na minha frente se curvavam para receber aquele pedaço de pão, fiz o mesmo. O padre fez o sinal da cruz e disse algo como, "Aceita o corpo de Jesus em nome do Espírito Santo?". Balancei a cabeça positivamente, e mordi a óstia, na cara do padre, que fez uma cara de espanto, mas não disse nada, fazendo com a mão para que eu fosse adiante e deixasse a fila andar. A feira também me olhou assustada.

Depois, já em casa, minha mãe, dando risada, explicou-me o porquê do espanto do padre. Depois que a óstia é abençoada, ela torna-se o corpo de Jesus, disse ela. O correto é mandá-la goela abaixo, não pode mastigar, como eu fiz. Uma prima minha chegou a engasgar com a óstia, quando foi comunhada. Também, engolir a seco, sem água nem nada (água benta serve?).

23 de jun. de 2005

Sem título
Eu nunca fui chegado em religião. Costumo dizer que sou agnóstico, pois eu não sei se aquele Cara existe de fato. Também não acho que ele seja barbudo, cabeludo ou de olhos claros. Eu não acho que Jesus seja o Jim Caviezel, pois ele não parece ser filho da Alanis Morissette nem do Morgan Freeman.

Mamãe e papai me batizaram. Foi o máximo. Minhas tias-avós faziam figa para a minha primeira comunhão. "Nem a pau", disse eu. Já fiz parte de um coral, infelizmente. Escola católica, apresentação em algumas igrejas do interior paulista. Fazia número, na verdade eu gostava porque a Juliana Rosa, uma loira de cabelos encaracolados, adorava cantar. E eu "cantava" atrás dela, um lugar acima. Era legal!

Esse ano eu fui à Aparecida, e achei aquilo monstruoso, belo e assustador. "Não, não quero nenhum santinho do São Jorge ou do São Bento". Nunca fui devoto de nada. Minha vó me deu uma correntinha de ouro aos 10 anos, com uma cruz estilosa e pequena. Meu avô tinha uma igual, mais bonita, e isso me fazia sentir como se eu fosse ele. Não gosto de como a igreja católica capitaliza tudo, isso me assusta. Minha tia tem dois ursos de pelúcia que rezam "Ave Maria" e "Pai Nosso". Tenho vontade de atirá-los pela janela.

E só estou escrevendo isso porque esqueci deste blog. Não agüento mais fazer trabalhos, e escolhi para tema de um deles aquela Bola de Neve Church. Domingo eu fui no culto, fiquei ao lado de milhares de fiéis. Engraçado como eles dizem ter Jesus no coração o tempo todo. Alguns ajoelham, outros erguem os braços em direção ao céu, como o Kaká faz ao marcar um tento, sabe? E tem aqueles que fecham os olhos e choram. Vai entender. Será que não sou puro?

E, a fazer o trabalho agora mesmo, estou a cantar algumas das canções apresentadas na igreja. É tudo "derrama a tua sede" e "glória ao Pai". Não, eu acho que não vou virar evangélico. As músicas que ficam na cabeça mesmo. Elas foram feitas para isso mesmo: serem repetidas.

Por isso que gospel é a música do Senhor e Axé é a do diabo.
...

16 de jun. de 2005

"Tchunf!"

Eu tenho uma mania estranha: ler no banheiro. Quando eu digo isso, é comum ouvir: "Ah, isso é normal, todo mundo gosta de ler sentado no trono enquanto faz as suas necessidades". Mas comigo é de outra forma, caro leitor. Eu gosto de ficar no toalete mesmo sem estar com vontade de fazer o número dois. Por ser um lugar ermo, jamais perco a concentração de leitura nesse ambiente.

E o que isso tem a ver com o texto? Acontece que, ontem, após a aula de Sociologia, faltavam cinco páginas para eu terminar Ensaio sobre a Cegueira, do Saramago. É óbvio que eu não queria descer para o recreio (eu ainda falo isso) deixando a minha leitura por incompleta. "Na sala de aula não dá, pois o professor vai trancá-la", pensei. "No corredor também não, lá tem muito barulho", raciocinei. Uma pequena lâmpada acende sobre a minha cabeça, tal qual nos desenhos animados. Sim, acreditem: eu resolvi terminar o livro sentado no trono do banheiro da faculdade.

Eu odeio as cabines do toalete masculino da universidade. São apertadas demais, mas, para sorte minha, a cabine reservada para deficientes estava vaga. Celebrei comigo mesmo. Entrei, tranquei a porta, abaixei a tampa da privada e abri o livro. Mal termino a primeira linha quando escuto alguns passos apressados adentrar o recinto. A pessoa entra na cabine ao lado da minha, bate a porta e passa a tranca. O som do papel higiênico sendo puxado rapidamente, aos montes, faz-me segurar a risada. Julgo que ele vai soltar aquele barro. Em seguida o homem diz um "Ai caralho!" , e a calça, arriada, choca-se violentamente contra o chão. A dificuldade com que o sujeito teve para abrir o cinto foi sensacional! Pelo o que eu ouvi, a situação era calamitosa.

Milésimos depois ecoa pelo vaso sanitário vizinho aquele som que nós sabemos muito bem qual é, daquilo que fica horas guardado em nosso organismo, que quando escapa vem acompanhado de uma sensação de alívio e frescor, sabe? O mau odor é o seu parceiro, é óbvio. Um "tchunf" -recuso-me a explicar essa onomatopéia - completa a seqüência sonora. É lógico que a cena protagonizada pelo meu companheiro de privada me fez deixar o escritor português de lado.

Saio do banheiro, pois a coisa por lá estava feia, e ouço uma colega de sala reclamar: "Meu, tô há horas para falar com o professor de Sociologia, mas o cara deve ter ficado entalado lá no banheiro!".

13 de jun. de 2005

As mais pedidas


E a campanha "Sai, Grazi!" deu resultado. Atendendo aos apelos da cuecada, ansiosa para saber o que só o Alan viu, a guria mais linda de todos os BBB resolveu que vai mostrar a perseguida para a Playboy. Aliás, se tem algo que esta loira não deve ser é burra. Fez o que quis com os executivos da revista e ainda assinou um contrato que, segundo se especula, diz que ela vai receber a bolada de 700 mil reais e mais alguma participação nas vendas. Jesus...

Outro dia comentei a um amigo que a Grazi deve entrar tranqüilamente na lista das Playboys mais vendidas. Analisando o TOP 10, que só tem produto criado pelo Luciano Huck e ex-dançarina do É o Tchan - exceções à Marisa Orth e Adriane Galisteu - a tarefa da Grazi em entrar nesse seleto clube não é algo fácil. A revista do Hefner custa quase 10 reais, para começar. Sai mais barato entrar no Dedada e conferir as fotos no dia seguinte. Não é a mesma coisa, mas você economiza.

Em rodas repletas de testosterona, é comum às apostas sobre qual mulher pode bater o recorde da Joana Prado. Alguns afirmam que é impossível, os mais animados possuem de gráficos a tabelas demonstrando quais características que pesariam a favor para que algumas musas destronem a Feiticeira.

Xuxa e Eliana Dedinhos teriam a seu favor o fato de mexerem com a imaginação daqueles que um dia foram os seus "baixinhos", por exemplo. Luana Piovani, que diz que só libera a perereca por um milhão, é outro nome forte, devido ao fato dela ser a Luana Piovani, ora bolas! Alinne Moraes corre por fora, ao lado de Malu Mader, que há décadas diz "não" às tentadoras investidas da Playboy. Outros arriscam até na Angélica.

Um nome bem forte é o de Daniella Cicarelli. Além de toda a sua boniteza, que alguns insistem em negar, o seu casamento com o Fenômeno aumentaram progressivamente a suas chances - enquanto casada, diga-se de passagem. Caso o Ronaldo morresse em um desastre aéreo ou automobilístico, Cicarelli seria a número um facilmente. "A viúva de um ídolo nacional mostrando como veio ao mundo". Vocês já não viram esse filme com alguém? Uma tal de Galisteu que ficou por anos como a recordista? Sorte do atacante que ele caiu fora enquanto pode.

Mas, caso eu arriscasse um pitaco, diria que a mulher (menina, no caso) que tem as maiores chances de ultrapassar a barreira dos dois milhões de exemplares, e entrar na história de capa mais vendida da Playboy, não é nenhuma musa. Bonita ela é, mas não é gostosa. É cabeçuda e irritante, e ainda posa de sex symbol. De boa, eu apostaria as minhas fichas na Sandy, a filha do Xororó.

"Mas, Gustavo, você teria coragem de ver a irmã do Junior sem roupa alguma?". É óbvio, caro leitor. O motivo que me levaria a gastar o meu suado dinheiro na Sandy é um só: curiosidade. Do resto, não gastaria um tostão sequer nessa xarope.

10 de jun. de 2005

Ato de repúdio contra a mercantilização do The Killers


Dói-me o coração saber que o The Killers toca na Jovem Pan, que virou ringtone, e até se tornou "a banda do mês" da Rádio Rock, há alguns meses. Agora todos conhecem a banda, o CD está em promoção nas Lojas Americanas, perdeu-se o gostinho de "só eu conheço eles". Tenho vontade de espancar a anta que achou que "Somebody Told Me" poderia ser um smash hit nacional. Morra, ser humano do inferno!

Para piorar ainda mais a reputação, outro dia estava eu a xeretar a coisas da irmã da Irena, e eis que vejo "Somebody Told Me" em sua lista de músicas a serem baixadas no Kazaa (ela tem 16 anos e adora baladinhas que tocam na Pan ). Depois dessa, aí que avacalhou tudo, não há chance de recuperação emocional por minha parte. Repito novamente: isso me dói o coração.

Gente, é sério! Estou ficando deprimido. Fecho os olhos e vejo o The Killers vindo tocar em nosso país varonil. Só de pensar em ver aquelas garotinhas de 14 anos, com a camiseta da banda e dizendo: "Ai, eu sou fã deles há séculos!", me deixa louco! Pior, só se virar parte da trilha sonora da Malhação, sendo a canção da Jaque ou do Cabeção. É de morrer! Daí os garotos da high-society vão começar a copiar o estilo do The Killers. Os mesmos cortes de cabelo, a aparência sujinha... Vão aprender a tocar no violão "Somebody Told Me" para pegar as menininhas nas rodinhas de viola. Ninguém mais vai dizer: "Toca Pais e Filhos!". As pessoas gritarão: "Toca Somebody Told Me!".

E, seguindo a ordem das conseqüências, visualizo aquela Vj da MTV - aquela loira chester (osso e peito) de voz anasalada e vesga que ganhou um concurso há pouco tempo - anunciando para milhares de televisores: "E agora, em primeiro lugar pela quarta semana consecutiva, os meninos do The Killers...". Depois, alguma dupla sertaneja vai fazer uma bela tradução da música, ela vai tocar na Rádio Nativa e será coreografada pelas dançarinas do Faustão. Se piorar estraga, não é mesmo?

Olha, eu ainda me considero um privilegiado. Sorte a minha de que eu nunca fui um grande admirador do Nightwish...

8 de jun. de 2005

Crônicas

Segunda e terça-feira eu fui um Ferry Bueler tupiniquim. Matei aula, na cara dura. Decidi ficar em casa, em Sorocaba. Estava com saudades do meu quarto, do meu cachorro, das minhas tranqueiras, dos meus pais... Em suma, estava com saudades de casa, da minha casa. Curiosamente, a Lísia fez o mesmo que eu na semana passada. Alegou o mesmo motivo que o meu para cabular algumas matérias: saudades.

Completando quase um ano e meio que vim para morar com minha avó, em São Paulo, é impressionante como parece que tenho duas vidas. A que eu deixei há 90km da capital, e a que eu vivo no presente, aquela que eu sempre sonhei ter, com novos amigos, com a bem-amada ao meu lado, usufruindo de todas as atividades diferentes que eu nunca pude fazer. Mas mesmo assim eu sinto saudades de casa.

Digo para o meu amor que, se pudesse, a melhor coisa do mundo seria transportar a minha casa, lá de Sorocaba, e trazê-la para cá, em São Paulo. Seria perfeito. Chegaria da faculdade e o Billy correria e pularia em minha direção, pegaria milhares de filmes da locadora e passaria tardes debaixo do edredom; ficaria a baixar dezenas e dezenas de músicas no meu computador, sem ter que ouvir meu tio me amolando para usá-lo também.

Escutaria o som bem alto e, assim que a empregada fosse embora, andaria pela casa de cueca. Iria ser tão gostoso. Daria uma volta no quarteirão com aquele cachorro sem-vergonha, e, quando voltasse, uma coxinha, trazida quentinha da padaria pela minha velha, estaria lá, em cima da mesa, para a minha degustação. Depois era só pegar o telefone, discar o número que não sai de minha cabeça, e fazer o convite: "Nê, vem pra cá jantar comigo!".

Durante esses poucos dias em casa eu zanzei de madrugada por aquele corredor gelado. Ouvia meu pai roncando e dei uma bronca em mamãe, que insistia em ver novamente uma reprise do Friends. Fui à cozinha, tomei aquele chá gostoso, e fiquei sentado no sofá da sala, observando pela janela as folhas da árvore da rua balançarem com o vento forte. Estava tudo tão tranqüilo, calmo. O único barulho era o guarda-noturno, que rondava de bicicleta pela vizinhança, apitando toda vez que via uma casa com a luz acessa.

Acho que estou amadurecendo...

6 de jun. de 2005

Eu fui!


Olha, quem não foi perdeu, e se quiser saber como foi, reza para que saia um DVD do show. Porque, meus amiguinhos, o dia 4 de junho foi a data de um dos - e provavelmente o melhor - show de rock que eu já vi em minha vida.

Sim, meus anos de fanatismo foram recompensados, pude ver com os meus próprios olhos ao vivo, a alguns poucos metros, os irmãos White arrebentando no Credicard Hall. Desde o solo enfurecedor de Jack em Red Rain, a seu virtuosismo musical, que o faz tocar qualquer instrumento de corda, passando pelo piano e indo até a uma marimba! E o que dizer de Meg, com seu jeito fofo e meigo, que faz umas carinhas tímidas a cada bumbada, que, mesmo sem ser um às nas baquetas, esmurra naquela bateria preta e vermelha que é uma beleza.

Bonito ver o público trajado das cores da dupla. Parece torcida organizada, que ao ouvir os primeiros acordes de Dead Leaves and the Dirty Ground explode em um mar branco e vermelho. Jack estava estiloso, de chapéu e jaqueta de couro, um cowboy roqueiro que faz de uma canção da ídola country Dolly Parton ser cantada em uníssono pela platéia indie, onde muitos pareciam só quererem ouvir àquela música, que toca na rádio, cujo riff foi sampleado e virou hino da música eletrônica, sabe?

Mas Jack e Meg são mais que essas músicas, cujos clipes dirigidos por Michel Gondry vivem arrematando prêmios nos VMAs. "Eu posso tocar Seven Nation Army e ir embora se vocês quiserem", diz Jack, em tom jocoso. Mas, ainda bem, que aquele gordinho exótico estava de brincadeira. Caso contrário, eu teria perdido You've Got Her in Your Pocket ser cantada por milhares, tirando até um sorriso do garoto, ou não veria a Meg cantar, por alguns segundos, a bonitinha Passive Manipulation, aconselhando as garotas a tomarem cuidados com os rapazes.

Olha, sou fã mesmo e desculpem a babação de ovo. Se não deu para tocarem You're Pretty Good Looking ou Fell In Love With a Girl, tive o deleite de escutar Black Math, Ball and Biscuit, Blue Orchid, Little Bird, Apple Blossom, Death Letter, The Nurse, Little Ghost, Hotel Yorba, I Think a Smell a Rat e muitas outras das quais não me recordo agora.

Eu vi The White Stripes, lá lá!

3 de jun. de 2005

Vaga de estágio achada na Internet

"O Grupo MK de Comunicação seleciona estagiário para trabalhar com webjornalismo. O candidado deve cursar a partir do quinto período de jornalismo, ter noções de internet, Photoshop e ser evangélico. Os interessados devem enviar currículo até sexta-feira para jdias@elnetcorp.com.br"

OBS: Pena que eu estou apenas no terceiro período...

1 de jun. de 2005

Me dá, me dá, me dá...

Desde que eu vim morar com vovó, engordei seis quilos. Num espaço de um ano, veja só! Também, que culpa tenho eu que a nona satisfaz todas as minhas vontades. Se eu peço para ela fritar uns bolinhos de carne, ela logo corre para o fogão. Quando ela me vê um pouco cansado e dorminhoco, pega várias frutas e bate uma tremenda vitamina para o seu neto do coração. Ser mimado é pouco, viu!

Semana passada ela foi ao supermercado. "Quer que eu compre algo para você, Gu?", perguntou. Pensei um pouco e, neto folgado que sou, pedi algo inusitado, que não comia há anos: Danoninho.

Amigo, vai ver foi coisa de "grávido". Bateu aquela vontade, deu saudades de saborear um Danoninho sentado no sofá, usando uma colher pequenina, apenas para que o tempo de apreciação ser estendido. E não há nada mais infância que Danoninho. Quem não gostava e se deliciava com ele, bom sujeito não é. O mesmo acontece com Danette e Yakult - aliás, vovó sempre compra o tal do leite fermentado que combate os lactobacilos vivos.

E Yakult eu tomo até hoje. Quem vem me visitar, tira sarro, diz que eu não cresci, mas logo em seguida vejo o gozador bebericando daquele potinho, que todos já sonharam que um dia fosse maior - apesar das várias histórias de dor de barriga que isso pode causar. Conheço um louco que prefere Chambito. Bem, vindo de alguém que confessa, sem vergonha alguma, que nunca deu risada ao assistir Chaves...

Retomando o fio da meada, segunda-feira, abrindo a geladeira, não escondo a alegria ao ver uma bandeja cheia daqueles potinhos vermelhos. Puxo a gaveta dos talheres, pego a menor colher do faqueiro, abro o petit suisse e, em três colheradas, acabo com o iogurte feito para crianças. Como outro pote, em menor tempo ainda. É muito pequeno!

Inconformado, entrei no site da Danone e descobri que eles criaram um Danoninho para crianças com um maior apetite, um tal de Maxi Danoninho. Mesmo assim, achei muito pequeno, poxa! Estou aqui pensando que, caso eu elabore um abaixo-assinado pela Internet, eles não criam um desses iogurtes para crianças que já passaram da fase de crescimento. Alguém mais está comigo?

A gente pode chamá-lo de Danonão, que tal?