29 de jul. de 2005

Algumas lembrancinhas


Pois é, meu aniversário está perto. Exatamente, no dia 9 de agosto, o guri que vos escreve assoprará 20 velhinhas. Ao contrário do Ronald, eu gosto do esquema padrão: assoprar velinhas e receber cumprimentos de felicitações. O meu aniversário é um dos poucos momentos na vida em que posso ter ao meu redor as pessoas as quais amo tanto - todas juntas em um mesmo espaço (além dos presentes, óbvio!).

Falando nos presentes, àqueles que gostam de minha pessoa e querem me agraciar com um pequeno mimo no próximo dia nove, fiz uma pequena lista de alguns presentes que eu adoraria receber. São bens básicos, coisas necessárias para o meu bom-humor para o resto do ano - alguns imprescindíveis.

Não fiquem tímidos. É só clicar na lembrancinha e enviar para a minha casa. Receberei de braços abertos, podem apostar. Ao menos eu não vou precisar trocar o presente que vocês me darão, não é mesmo?

http://www.submarino.com.br/wishlist_client.asp?wlid=246235442770

27 de jul. de 2005

Enquanto isso, no Oftalmologista...

- E aí, doutor, mudou alguma coisa?
- Seu grau? Nadica!
- E essa dor de cabeça que eu tenho quando uso óculos?
- Como assim?
- Tipo, eu me sinto melhor sem usá-los. Enxergo até melhor, não vejo tudo nublado.
- Isso é fácil de resolver, sabia?
- Sério?
- Lógico, é só limpar as lentes. Não tem como ver algo com essa sujeira aqui!

24 de jul. de 2005

Você ligou...


Eu sempre quis ter uma saudação na secretária eletrônica que fosse engraçada. Daquelas que os amigos ouvem e, assim que forem deixarem o recado, estariam dando risada e comentando: "Só você mesmo!". Mas eu insisto em deixar saudações sérias e curtas. "Oi! Você ligou para o Gustavo, mas no momento eu não posso atender...".

Admiro quem seja criativo. Tem gente que canta, solta os cachorros... Coragem, diga-se de passagem. Ano passado, quando eu ganhei um "celular 11", prefixo de São Paulo, fiz uma saudação que terminava assim: "Esta mensagem de auto-destruirá em três, dois, um... Piiii!". Tinha me achado o máximo. Coincidentemente, no mesmo dia eu mandei um currículo para uma vaga de estágio. Daí eu pensei comigo mesmo: eu contrataria ou chamaria para uma entrevista alguém que tenha uma saudação ridícula dessas na secretária eletrônica? Pelo sim e pelo não, resolvi apagar e continuar com: "Você ligou para o Gustavo, mas no momento eu não posso atender...".

Uma vez eu precisava da ajuda de um colega de trabalho para agendar uma entrevista. Ele, o colega, não respondia aos meus emails, mas eu consegui o número do telefone da casa dele e fiquei ligando direto. Só chamava. Na terceira tentativa deixei um recado. De repente escuto o Marcelo Camelo cantando: "Olha lá, quem vem do lado oposto vem...". Só não foi pior porque eu gosto do Los Hermanos. Detalhe: o garoto dividia o apartamento com outro cara, daí os dois cantarolavam a canção e pediam para deixar o recado, todos serelepes. Nem preciso dizer a primeira impressão que eu tive do sujeito.

O meu pai era o mais chato para gravar uma saudação na secretária eletrônica. Chegava a fechar as janelas da sala - para não ter nenhum som vindo da rua - e mandava todos nós calarmos a boca. Gravava uma, duas, três vezes. Nunca ficava satisfeito. "Está com chiado", reclamava o João Gilberto. Daí pressionava rec e dizia, com uma voz à la Tim Maia: "Você ligou para número tal...".

Mas, enfim, acordei hoje com vontade de mudar a saudação do meu telefone. Após algumas tentativas, ficou assim: "Olá, olá! Aqui é o Gustavo, só que agora eu não posso atender - como você deve ter percebido. Talvez eu esteja ocupado e não pude ter atendido, ou quem sabe eu não ouvi o celular tocando, o que é bem comum. Enfim, deixe o seu recado que eu já te ligo, certinho? Beijocas!".

Entre o ridículo e o padrão comum, acabei optando pelo meio-termo.

21 de jul. de 2005

"Vai quebrar!"


Com muito orgulho e quase caindo aos prantos, digo-lhes que terminei a Fisioterapia. Após longas e intermináveis dez sessões, o meu tornozelo não está mais uma bisnaguinha. Foram duas semanas de muita paciência e conversa fora. Chega de ultra-som e choquinhos! Não quero mais saber de ficar com gelo no machucado por 20 minutos! Pular na cama elástica e jogar uma bola de tênis na parede, nunca mais!

Apesar de tudo, dava para se divertir a cada sessão. Por mais azarado que você se julgue, sempre haverá alguém mais estropiado ao seu lado. Sério! Isso é até lei. O pior é que os pacientes adoram contar sobre seus casos, e exibem com orgulho os membros inchados ou pós-operados. Rola até uma competição quando um operado encontra um outro operado.

- Vixi, mano! Operou o joelho, é?
- Pois é, foi jogando bola.
- Isso não é nada, eu operei os dois joelhos, ó!
- O meu irmão operou os joelhos e o tornozelo!
- O Zé, vizinho do amigo da prima da minha cunhada, caiu duma ribanceira, quebrou a tíbia, perônio, o úmero, operou os dois joelhos, quebrou três costelas, e deslocou a clavícula!

Alguns já se julgam doutores, inclusive, apenas olhando as cicatrizes nos joelhos dos pacientes:

- Aquele ali foi ligamento cruzado, o outro fez artroscopia...

Os mais idosos, recuperando-se de alguma queda no box do banheiro ou apenas "recalibrando as juntas", não me deixavam em paz. Um tiozinho, bastou saber que eu era são-paulino, ficava horas e mais horas conversando comigo sobre como o futebol de hoje não é digno dos tempos de Zizinho, Vavá e Canhoteiro. Retribuía o papo com um sorriso amarelo, enquanto punha rapidamente os meus fones de ouvido. E quem disse que ele parava de falar?

Por eu ser um dos únicos a não ter entrado na faca, sempre fui o mais zoado a cada sessão feita. Enquanto eu puxava e virava o meu tornozelo com algumas fitas elásticas, vinha sempre uma voz atrás de mim: "Ih, esse aí volta daqui um mês" ou "Vai quebrar, ó, vai quebrar!". Morria de medo, e logo depois escutava a risada geral. Retrucava rapidamente:

- Ao menos eu termino essa porcaria semana que vem, e vocês em dezembro!

Era um sarro. Ontem, assim que fui embora, dei um "até logo" e fui-me embora. Ainda consegui ouvir algumas gargalhadas assim que cruzei a porta de saída. Para me garantir, não tive dúvidas: voltei dois passos e bati três vezes na porta de madeira.

19 de jul. de 2005

Adam Smith é melhor que Marx

Eu sou fã da seleção italiana de vôlei. Feminina, diga-se de passagem. É uma beleza, amiguinhos. Tudo começou com as Olimpíadas de Sydney, em 2000. Varava a madrugada para acompanhar a Maurizia Cacciatori jogando. A cada levantada da loira eu dava um suspiro. Quando ela alçava a gorduchinha para uma cortada da Francesa Piccinini, rapaz, era sensacional! Pouco me importava o resultado ou o talento de ambas. Era essa a graça da seleção italiana.

Ontem, quando as meninas brasileiras paparam o Grand-Prix, pude acompanhar como anda a minha querida Itália. Diacho, cadê a Cacciatori e a Piccinini? Foram embora, cederam lugar a umas ragazzas de mais de 1,90m e que cortam uma bola acima de 3,00m. Ao invés daquela graciosa levantadora, agora há em quadra uma tal de Anzanello, que mede 1,92m e pula até 3,24m. Feia que nem o diabo, mas joga melhor que as duas beldades. Uma pena.

Na seleção canarinho o destino foi o mesmo. Com a reformulação ocorrida nesse ano, não há nenhuma musa brasileira no time, alguma jogadora de shortinho que levante a moral da cuecada. Ana Paula e Leila? Os tempos mudaram, amiguinhos. Dêem boas-vindas a Valeskinha e Cia. Jogam bem, principalmente a Paula Pequeno (que de pequena não tem nada), Sheila e a Carol. A levantadora nacional, uma loira, é bem bonitinha. Pena que a Mári, que está mais para a seleção sueca, machucou o ombro. Tadinha.

E jogam bem as garotas, de ambos os lados. Melhor ver atletas nacionais e italianas em quadra, disputando um troféu, do que acompanhar um final entre as cubanas e as chinesas. Credo, como elas são horrendas! Talvez por ambos os países viverem em ditaduras, as jogadoras da China e Cuba não sabem o que é maquiagem ou depilação de sobrancelhas. Um pouco de ocidentalização faria bem às meninas.

E viva o capitalismo!

15 de jul. de 2005

Tri!


Desculpem, amiguinhos, mas hoje estou feliz. Como é bom ver o seu amado clube ensacar um time de pernas-de-pau vindo do Paraná. Deus do céu, como batem esses caras do Atlético Paranaense! Levaram uma bordoada que não esquecerão tão cedo - nem nós, são-paulinos, os seres mais alegres desse 15 de julho de 2005.

Ir ao estádio em dia de final, só quem já foi pode saber como é. 70 mil neguinhos com as cores tricolores, berrando, descabelando-se, comemorando, xingando, abraçando o torcedor ao seu lado, seja ele seu conhecido ou não. E fazer parte desse momento tão especial é algo único. Já fui a outros momentos decisivos do meu tricolor, mas nada chega aos pés desta final de Libertadores. Saí do Morumbi sem voz, abraçado a minha bandeira, estampando, de peito aberto, a camisa do campeão dos campeões.

Pena que tem torcedor babaca (e quem disse que eles são torcedores?) que confundem alegria com selvageria, quebrando o que encontra pela frente, seja orelhões, janelas, carros e até pessoas. Mas tem aqueles que amam demais esse esporte, que pagam mais de 100 reais em um ingresso, 10 reais para alguém não riscar o seu carro, e ainda se sentem inseguros enquanto caminham até o espetáculo, pois o trabalho da polícia é de uma incompetência enorme. Infelizmente, para muitos, esse maldito jogo de bola é a única alegria que há. Ver 22 jogadores correndo em um gramado. Gastar metade do salário mínimo para ter poucas horas de diversão e esquecer do mundo que há do lado de fora do estádio.

Mas nada é mais gostoso do que chegar no quarto de sua avó, que, julga você, está no décimo round do sono. Mas que, no primeiro ranger do armário, diz com aquela voz rouca e calma que só os bons dorminhocos têm: "É campeão, Gu!".

Foto: Lancenet!

12 de jul. de 2005

Relato de um ex-viciado

Soube ontem que o VJ Léo Madeira, da MTV, quebrou ao vivo o novo CD do Oasis. Foi naquele programa Vjs em Ação, onde alguns apresentadores do canal discutem sobre vários temas, seja música ou política. Um Saia Justa, digamos. Enquanto os personagens conversam e emitem opiniões, alguma música toca ao fundo - geralmente um dos discos sugeridos pela produção ou pelos próprios Vjs. Parece que o Madeira pegou o Don?t Believe The Truth, fez um sinal de negativo com o polegar e espatifou o disco contra o chão. Lamentável.

Condeno a atitude do garoto. Não por eu ser um grande admirador do trabalho dos irmãos Gallagher (não tanto quanto nos anos 90), mas pelo ato em si. Meio bobo, parece ter sido feito porque sabe que vai gerar repercussão e protestos. Coisa feia, seu Madeira! Aliás, esses VJs da MTV, metidos a dizer que admiram Björk, Mars Volta ou qualquer coisa sugerida pelo Lúcio Ribeiro - só porque são cults - são uns cabeças ocas. Foi-se o tempo em que o canal era digno de minha audiência. Chris Rock, certa vez disse que o canal produz de tudo, menos música. E vão me dizer que ele não está certo?

O Cazé e o João Gordo, os remanescentes da melhor trupe que a emissora já teve, são mal aproveitados. O primeiro deu pra bancar o Roberto Justus e deixou de lado aqueles programas críticos de sempre, baseados em seu improviso. O segundo foi sujeitado a comandar um programa de coisas freak e viu o seu talk-show, que era demais, ser reduzido em horário e número de entrevistados. Tá um cocô ligar a MTV! A Didi, Hermes e Renato, Thaíde, RockGol e o cara do Mochilão ainda conseguem segurar a peteca. E só.

O Lado B, como o Riff, foram sucumbidos. O Thurderbird se restringe a cobrir eventos da Coca-Cola. Reprises de programas de paqueras e dicas de moda são reprisados a exaustão. Quando um clipe é televisionado, é sempre o mesmo. Good Charlotte, Simple Plan... É o mesmo que ouvimos nas principais rádios nacionais. Agora é tudo produto do jabá no Disk MTV. Em "Escola do Rock", Jack Black diz que a MTV acabou com o rock. Será?

Não quero um outro Fábio Massari, mas pelo menos alguém que entenda aquilo que apresenta. Já fui um "MTViciado", fã do Radiola e apaixonado pela Sabrina Parlatore. Antes tinha música, agora futilidade. E é com os programas, com quem os produz, com a escolha dos Vjs... A MTV, que nasceu com a proposta de nadar contra a corrente e produzir coisas bacanas para os jovens, hoje faz essa porcaria que vemos. Os apresentadores têm que ser bonitões ou estilosos, que exibam a barriga sarada ou a tatuagem moderna no braço. Afinal, o telepronter faz todo o serviço, não é mesmo?

O nível é tanto, que o Léo Madeira (ele de novo) já chamou o Kofi Annan de Nelson Mandela, durante a transmissão do Live 8.

10 de jul. de 2005

Some itens?


Originalidade da Zoomp do Esplanada Shopping, Sorocaba. "Some itens up to 60% off".

Obs: Eu realmente sou péssimo em tirar fotos pelo celular.
Obs2: Agradecimentos ao Filippe pela "câmera" emprestada.

8 de jul. de 2005

Como tudo deve ser


A vida realmente passa rápido. Enquanto esperava por minha terceira sessão de fisioterapia, folheando um livro, vejo de canto de olho um vulto branco vir até a minha direção. Levanto o olhar. O vulto branco, uma mulher morena e alta, leva as mãos à boca e exclama:
- Meus Deus, quanto tempo!

A garota, estagiária de fisioterapia, estudou comigo por anos. Amiga de colegial, amigona mesmo, que na oitava série dizia que o Limp Bizkit era a melhor banda do mundo e que o Fred Durst era um tesão. Saudades. Beijos trocados, nós colocamos em segundos o papo em dia. Engraçado como anos podem ser repostos em alguns minutos, já perceberam?

Enquanto ela via o meu tornozelo machucado e começa a falar da vida, namoro, faculdade e recordações antigas, penso silenciosamente em como tudo na vida acontece rápido e nós nem notamos. Há três anos essa menina estava comigo prestando vestibular. Lembro direitinho de nossas conversas furadas, de quando eu a usava para fazer ciúmes infantis na outra guria de quem eu gostava. Parece que aconteceu ontem. E agora, vejo esta minha amiga, de jaleco branco e cuidando profissionalmente do meu tornozelo inflamado.

Meu pai diz que quando temos 20 anos, tudo voa. Meus melhores amigos, por exemplo; há meses não os vejo. Cada um seguiu o seu rumo, nos reencontramos quase nunca. Alguns já trabalham, bebem cerveja aos montes e exibem os primeiros indícios de pança. Daqui a pouco eles casam, vou ser padrinho. Um colega de faculdade me anunciou na semana passada, todo orgulhoso, que estava noivo. Dei um parabéns e um grande abraço, e depois fiquei lembrando de que há um ano eu o vi pela primeira vez e achava que ele fosse bicha.

Há pessoas que dizem que meus textos são saudosistas, falo muito de minha infância. Respondo que tudo o que ponho na tela são pensamentos que muitas pessoas da minha idade também têm. Acho que faz parte de um amadurecimento dos meus 20 anos; quando a gente começa a sair da saia da mamãe e parte para o mundo. Virar hominho, costumo dizer.

E tenho certeza que daqui um tempo (pouco ou muito, quem sabe?) um grande amigo vai me reencontrar. Dirá que estou mais gordo, barrigudo. Perguntará como anda a minha vida, se estou trabalhando, se a minha mãe está boa. E um flashback tomará conta do ar. Daremos risadas de fatos da faculdade, comentaremos de causos acontecidos com cicranos e beltranos.

Depois cada um se despede e segue a sua vida. Como tudo deve ser.

6 de jul. de 2005

Phallic Logo Awards

O melhor das férias é procurar porcarias pela Internet. Estou achando coisas bizarras, o que é ótimo. Mas digo e confesso: nada supera isso.

Adentrem e vejam que bacana essa premiação sobre desenhos fálicos escondidos aos olhos humanos em alguns logotipos de empresas pelo mundo. Tem uns bem forçados, e outros geniais. O Brasil, com mérito, é dono do logotipo fálico número um:

Genial!

4 de jul. de 2005

\o/

As férias de julho são o meu karma ultimamente. Ano passado, por exemplo, fui "obrigado" a realizar baterias de exames alérgicos. Fiquei por uma semana com 30 patches, pequenos adesivos, em minhas costas. O intuito era saber se eu tinha alergia a várias coisas. Cada patch tinha uma substância - engraçado que eu descobri que sou alérgico a amendoim. Que porcaria.

Há quase um mês, jogando bola, dividi uma bola e saí mancando. Na hora doeu pra chuchu, óbvio, mas achei que foi "coisa do jogo". Depois passou, fiz um pouco de gelo, e dormi. Dia seguinte, o meu tornozelo parecia uma bisnaguinha, tamanho o inchaço. Depois de dois dias parou a minha dor, e achei que tudo estava às pampas. Voltei a jogar futebol, e novamente o meu tornozelo ficou uma bola.

Usei tornozeleira, fiquei duas semanas sem chutar uma bola ou correr, fiquei com o pé descansando e, inclusive, engordei dois quilos. Melhorou minha torção? Lógico que não. Criei vergonha na cara só hoje. Fui em um ortopedista, tirei umas radiografias e recebi o meu presente de férias: vou ter que fazer fisioterapia.

Danei o ligamento do meu tornozelo direito por duas vezes. Jóia! Só não o estourei porque Deus olha para as pessoas, e vendo-me sem plano de saúde, resolveu dar uma canja. Agora vou reservar, do meu precioso tempo ocioso, para dez sessões de exercícios repetitivos, choques dados em meu machucado, gelo no local...

Ótimas férias.

2 de jul. de 2005

O mais legal do esporte bretão


Estava observando com muita festa essa discussão sobre qual será o estádio a ser usado pelo tal do Atlético Paranaense contra o meu glorioso tricolor paulista. Rá, se ferraram! Constroem o estádio mais bacanudo da América Latina, mas o deixam com uma capacidade ridícula. Vão ter que jogar no Rio Grande do Sul, tadinhos. Avante, São Paulo!

Aliás, o que eu mais adoro no futebol é essa rivalidade. Divertidíssimo essa história do presidente do Coritiba se negar a ceder o estádio para o rival praticar a sua peleja, alegando que o campo do Coxa ainda está em reformas e não pode acomodar um jogo de tamanha importância. Ok, caro presidente. Sua desculpa foi fenomenal (aposto que o senhor está se deliciando pelo fato de ver os atleticanos se esborracharem lá no sul porque a cidade de Curitiba não tem um estádio maior). Sacanagem, caro dirigente!

O Atlético, por curiosidade, tem um "buraco" em seu estádio. Assim: ele não está completo até hoje, falta um pedaço para finalizar a arquibancada. Isso graças ao dono do terreno da discórdia, o "buraco", que não deixa nem que se passe por cima do seu cadáver que os atleticanos ampliem o espaço para a torcida. O terreno, um escola infantil, é de um fanático torcedor do Coritiba. Já viram o porquê do tio não liberar aquele pedaço de terra.

Nos anos 80, a Coca-Cola patrocinava grande parte dos clubes tupiniquins. Quando a empresa de refrigerantes fechou a parceria com o Grêmio, os dirigentes do time gaúcho se recusaram a estampar no uniforme gremista o logo da Coca-Cola nas cores vermelho e branco. Qual o motivo? O Internacional, arqui-rival do Grêmio, possui tais cores. A solução foi pôr nas camisetas de jogo o Coca-Cola estampado em preto e branco.

Mais legal ainda é na Turquia. Em Istambul, o Galatasaray, junto do Besiktas, são os principais times de futebol da capital do país. O Galatasaray, que já teve vários brasileiros, tem as cores vermelho e amarelo como símbolo. Já o Besiktas, preto e branco. Tá e o que tem isso? Acontece que o McDonald's me abre uma filial ao lado do estádio do Besiktas. Daí houve protestos por todas as partes dos fãs do clube, que não queriam um restaurante daqueles perto do campo do time de seus corações.

Nossa! , pensa o leitor. Como os turcos são anti-americanos, né? Politizados, nacionalistas. Nada a ver, eles não queriam um McDonald's por lá porque as suas cores são justamente as mesmas do Galatasaray. Adivinhem qual foi a solução? Não construir, certo? Errado.

Aquele "M" gigante e todo o resto do restaurante estão nas cores branco e preto.
*Fonte: Loucos por Futebol