28 de set. de 2010

Regina Spektor: ela não sabe tocar guitarra

Ela tem uma voz tão delicada que é preciso pressionar o ouvido contra o telefone para entender o que fala do outro lado da linha. Feito isso, a impressão é a de se conversar com uma menina, pelo jeito infantil de se expressar e pelas risadas que permeiam suas longas respostas.

Regina Spektor, 30 anos no documento de identidade, é uma das atrações do SWU Music and Arts, festival musical que acontece na cidade de Itu, interior de São Paulo, nos dias 9, 10 e 11 de outubro. A cantora e pianista russa irá se apresentar no segundo dia, ao lado de artistas como Dave Matthews Band e Kings of Leon - estes velhos conhecidos dela.

“Já abri alguns shows do Kings of Leon há uns anos. Sempre que posso os vejo ao vivo, você já viu? Nossa, eles são incríveis”, recomenda.

Esta é a sua primeira visita ao país. O seu show é baseado no terceiro álbum de estúdio, “Far”, que a consolidou entre as grandes artistas pop com formação clássica de sua geração. Em entrevista por telefone ao G1, Regina falou sobre seu passado musical, cinema e o musical da Broadway que está escrevendo baseado em “A bela adormecida” - além do show que fará no Brasil, claro.



Ano passado pude ver um show seu em Los Angeles e me chamou a atenção como você é popular entre as adolescentes americanas. E no resto do mundo, o seu público também é, em sua maioria, juvenil?
Regina Spektor - Geralmente quem assiste aos meus shows são meninas, garotos, crianças... Não sei. É algo bem único, nunca vi um certo estilo na minha audiência, o que é bom, pois gosto de ver diferentes pessoas. Depende muito do lugar e do palco, isso influencia bastante. Meus shows não servem para tipos de grupinhos. Seria triste se eu olhasse para baixo e todo mundo parecesse igual (risos).

Isso é bom, não? Essa heterogeneidade não é um espelho de seu estilo musical?
Regina - Legal isso, pode-se dizer que sim! Sabe, às vezes me interesso por algo, noutras não. Eu amo punk e por isso escrevi uma música assim. Se eu quero fazer uma country, faço. Definitivamente quero produzir de tudo e juntar isso em um único show, em um único álbum, pois assim se terá um retrato verdadeiro de quem realmente sou. Eu amo artistas, pintores e escritores que passaram por muitas transformações. Consigo me relacionar facilmente com gente assim.

Você não acha que o seu som ficou claramente mais pop e bem produzido com o passar dos anos? O álbum “Soviet kitsch” (2004), no caso, tem momentos de puro rock
Regina - Não. É difícil dizer quem você é, eu apenas sento e faço uma música. Mas quando eu faço isso, não sinto se está vindo algo pop ou não. Veja [a música] “Human of the year”: quando fiz [o álbum] “Begin to hope” (2006) eu tive canções como o single “Better”, que é considerado mais pop. Mas eu o escrevi quando tinha 18 anos, ou seja, era bem mais velho do que as canções de “Soviet kitsch”. Em muitos dos meus álbuns eu coloco canções de diferentes épocas de minha vida. “Blue lips” é muito velha.



Você sabia que uma de suas músicas (“Fidelity”) entrou na trilha de uma novela brasileira (“A favorita”) e isso a ajudou a ficar famosa no país? O que acha de ter tantas canções usadas em comerciais e filmes?
Regina - Soube agora pouco! Eu adoro estar em qualquer tipo de filme ou programa de TV, é uma grande chance de ter meu trabalho escutado e ser ouvida por alguém que nunca soube de mim. Não me importo nem com o conteúdo, é um privilégio ser descoberta por meio de uma revista ou por uma trilha sonora.

Você assistiu a “500 dias com ela?” A música “Us” toca no começo do filme e é a canção que define o casal protagonista

Regina - Sabe o diretor do filme, Marc Webb? Ele dirigiu os clipes de “Better” e “Fidelity”, então ficamos amigos. Acredito que por isso ele escolheu minha música. E a maneira como ele a usou é ótima!

Sua família se mudou da União Soviética durante a Perestroika. Depois você viveu em países como Itália, Áustria e Estados Unidos. Essas experiências de vida a influenciaram musicalmente?
Regina - Eu acredito que a maior importância do meu crescimento foi a paixão que desenvolvi pela música clássica. É um gênero tão rico! Você escuta Beethoven e depois começa com Tchaikovsky, depois com Bach, depois com Chopin... E vai longe. Em Nova York escutava muito Beatles e, para mim, eles são tão influentes quanto música clássica. Gosto também de músicas russas, de bares (risos).



Quando ficará pronto o musical da Broadway que você está escrevendo, baseado no conto de “A bela adormecida?"
Regina - É muito difícil escrever um musical inteiro: não escrevo a letra, apenas a melodia. É muito diferente, mas é uma ótima experiência. Ele é baseado no conto, mas é muito diferente: a história se passa no futuro, em um mundo pós-moderno. Ele mostra a ideia do que as pessoas consideram belo neste mundo. Esperamos que seja lançado no começo de 2012 e, se estivermos sorte, no final de 2011.

É verdade que você já escreveu mais de 700 músicas?

Regina - Provavelmente, mas eu esqueço a maioria depois (risos).

Os seus shows têm momentos em que você toca guitarra e até canta uma música apenas batucando em uma cadeira. Como será a estrutura da apresentação brasileira?
Regina - É um show bem similar, comigo, um piano e músicos no cello, violino e bateria. Em “Boobing for apples” eu toco guitarra, mas, bem, você vão ver que eu não sei tocá-la tão bem assim (risos).

* Entrevista publicada no G1

A útima sessão do Gemini


Ele não tinha pipoca com azeite trufado, projeção em tecnologia 3D nem som desenvolvido por George Lucas, mas, mesmo assim, era um dos cinemas mais queridos pelos paulistanos. Fechou as portas na noite deste domingo (26) o Gemini, tradicional cinema de rua da Avenida Paulista.

Fundada em 1975, a casa teve o seu fim anunciado na semana passada. “É verdade que hoje é o último dia do cinema?”, perguntou um homem à caixa da bilheteria, que dava tickets de papel (o lugar não tinha sistema de cartão de crédito) a quem pagasse R$ 14 para assistir à última sessão, das 21h40, com um filme chamado, ironicamente, de “Cabeça a prêmio”.

“Não posso dizer que é uma honra ter um filme meu fechando um cinema, quando, na verdade, queria ter um servindo para abrir”, diz o ator Marco Ricca, diretor de “Cabeça a prêmio”, por telefone ao G1. “Passei minha juventude no Gemini, você podia ir lá que sempre tinha filme bom. Era um local que lutava por exibir filmes alternativos. Mais um que acaba”, lamenta.

Nos últimos anos, com o avanço dos cinemas de shopping, dedicados a blockbusters, o Gemini se tornou uma espécie de refúgio para os apreciadores da sétima arte, que viam na casa um “símbolo de resistência” mesmo com todos os seus defeitos.

Os filmes ali exibidos já podiam ser alugados em DVD ou Blu-ray, com qualidade superior à da projeção das duas salas, cujas poltronas de couro não reclinavam nem tinham apoio para bebidas, pernas e o que mais se possa imaginar. O tapete da bela sala de espera muitas vezes cheirava a mofo e não era incomum encontrar meninos de rua durante as solitárias sessões das tardes, que tinham como espectadores cinéfilos, estudantes do cursinho e da faculdade em frente ou apenas pessoas que estavam ali “fazendo hora” antes de uma reunião ou do médico.


'Tudo pode dar certo'
“Eu tenho todo um carinho por aqui, era o cinema perfeito. Comecei a vir em 2008 quando me mudei de Belém para São Paulo. Estava desempregado na época, vinha sozinho. O primeiro filme que vi foi ‘Traídos pelo destino’”, recorda o jornalista Thyago Gadelha, que enfrentou a chuva paulistana para assistir "Cabeça a prêmio".

“Vinha aqui desde a época do cursinho. Quando você vai ver um filme no shopping, você tem um passeio pronto, sabe onde comer. Aqui não, o foco era apenas o cinema”, completou o químico Fábio Dias, de 26 anos.

No domingo havia quatro funcionários trabalhando no Gemini. Nenhum deles aceitou dar entrevista – apenas se soube que eles tinham sido avisados sobre o fim do cinema dias antes. Um faxineiro revelou torcer para alguém investir e salvar o local, cujo destino é incerto.

Antes de a exibição de “Cabeça a prêmio”, o público fez uma pequena fila em frente à bilheteria, cena incomum nos últimos anos. Muitos tiravam fotos com seus celulares e câmeras digitais. “É triste ver as pessoas fazendo isso”, disse a economista Marina Pacini, de 25 anos, que às 19h50 assistiu a “Tudo pode dar certo”, de Woody Allen.

Um nome de filme que seria muito mais sugestivo para encerrar as atividades do Gemini.

* Matéria publicada no G1

22 de set. de 2010

Miike Snow toca em São Paulo após show no Rio financiado por fãs

Com tantos artistas internacionais de peso vindo para o Brasil, as apresentações da banda sueca Miike Snow por São Paulo e Porto Alegre tinham tudo para passarem despercebidas. Até a mobilização de 60 fãs cariocas do grupo alternativo, que pagaram do próprio bolso um show extra no Rio, que aconteceu na última segunda-feira (20).

“Todos nós ficamos empolgados, nos sentimos muito honrados. Nunca soubemos de algo parecido e, quanto mais casos assim acontecerem, melhor. O incrível da internet é esse contato pessoal que acontece facilmente que ela proporciona”, diz Pontus Winnberg, em entrevista por telefone ao G1.



Ao lado do vocalista Andrew Wyatt e Christian Karlsson, ele forma o projeto musical que surgiu há três anos a partir do Bloodshy & Avant, dupla de produtores que ganhou fama no começo da década passada ao produzir faixas de estrelas pop como Madonna, Kylie Minogue e, principalmente, Britney Spears. Eles, aliás, que são os autores de “Toxic”.

“Não nos incomoda ser chamados de ‘os produtores de Toxic’. Somos o Miike Snow, é por ele que viajamos pelo mundo. Não nos importa como as pessoas nos conhece, o importante é saírem do show cantando nossas músicas”, diz Winnberg.

 

A banda toca nesta quarta-feira (22) em São Paulo, no Estúdio Emme, a partir das 23h (ingressos a R$ 80). O show, explica o músico, só tem faixas do primeiro e único álbum grupo, lançado em 2009. O disco, aliás, esteve em diversas listas de melhores do ano e produziu sucessos como “Animal”, “Black and blue”, “Burial” e o hit “Silvia”, cujos remixes ganharam as pistas de dança.

“Ao contrário do álbum não usamos nada de eletrônico no palco, somos uma banda mesmo. Ainda buscamos uma maneira de conseguir apresentar nossos remixes ao vivo”, explica o músico, que assim como Wyatt e Karlsson costuma se apresentar de máscara nas primeiras músicas de cada apresentação.



Ele e Karlsson são amigos de infância e, ao ldo de Wyatt, criaram um estúdio em Estocolmo, que visa produzir novos artistas, principalmente aqueles da “geração MySpace”. A cantora portuguesa Sky Ferreira foi uma das primeiras a assinar com o trio. Jovens revelações, como Lykke Li, também já gravaram algumas músicas por lá.

Bem humorado, Winnberg tem uma teoria bem peculiar para explicar a fama de seu país ser um ótimo exportador de música pop. “Talvez por ser frio e escuro. Não temos muito o que fazer por lá”, ri.

* Matéria publicada no G1


Promo ge-ni-al da nova temporada de The Office




Fica só mais um ano, Steve Carell, fica...

20 de set. de 2010

'Criamos uma nova maneira de fazer videoclipes', diz baixista do OK Go

 

A carreira de uma banda pode mudar de rumo graças a uma música, a uma gravadora ou mesmo devido a um empresário. No caso do OK Go, a fama veio a partir de oito esteiras de corrida. O grupo de Chicago, formado originalmente em 1998, virou febre mundial com um clipe musical que se tornou um dos vídeos mais famosos da história do YouTube.

Desde 31 de julho de 2006, mais de 52 milhões de pessoas já assistiram ao videoclipe em que os quatro músicos da banda protagonizam uma divertida coreografia de dança em cima de esteiras em movimento. “Esse vídeo nasceu de um erro”, ri Tim Nordwind, baixista do OK Go, em entrevista por telefone ao G1.
O OK Go se apresenta às 22h na premiação Video Music Brasil, da MTV, nesta quinta-feira (16) e realiza show na sexta-feira (17), em São Paulo, e, no sábado (18), em Porto Alegre.

“A indústria fonográfica tradicional estava ruindo e, aos nossos olhos, havia diversos tipos de espaços e plataformas para trabalharmos além da MTV e do rádio”, cita. “A indústria via os clipes como uma simples propaganda de um disco, então se punha muito dinheiro nisso, o que hoje não acontece tanto. Nossos vídeos são projetos artísticos de ideias nossas e boas ideias podem ser baratas. Críamos um novo gênero, uma nova maneira de fazer videoclipes”, acredita.


YouTube virou patrão
Com o sucesso virtual, o OK Go se tornou uma das primeiras bandas a entrar no sistema de parcerias do YouTube, ou seja, o portal de vídeos do Google os paga de acordo com o número de acessos que cada vídeo da banda apresentar – o filme só precisa ter um pequeno anúncio em forma de pop-up. “É dinheiro, ótimo, mas é só mais uma maneira alternativa de ganhar um troco. Não é nada que nos faça ficar aposentados”, brinca Nordwind.


Desde “Here it goes again” o OK Go lançou uma série de clipes inovadores, divertidos e com extremo potencial de se espalhar pela na web. O segredo da banda é ficar de olho naquilo de amador que faz sucesso no YouTube – em especial material que utiliza técnicas simples de filmagem, como o stop motion e o plano sequência, que não exige cortes de edição.

“Cada vídeo é diferente do outro. A segunda versão de 'This too shall pass' demorou sete meses para ficar pronta, sendo dois deles apenas de brainstorming sobre o que queríamos fazer. Ela foi patrocinado por uma empresa de seguro e, pela quantidade de voluntários que trabalharam nela, deveria custar US$ 7 milhões. No fim custou US$ 100 mil, 200 mil dólares. Foi extremamente barato”, diz.

Críticos da banda costumam argumentar que o OK Go utiliza os videoclipes para disfarçar o som da banda – que seria ruim, no caso. Nordwind diz não se importar com isso e também nega que os clipes ponham no grupo a fama de “engraçadinhos”.


“As pessoas esperam algo inesperado de nós, há sempre uma expectativa de surpresa. Nosso show ao vivo traz esse elemento para a audiência, ele tem bastante energia e momentos especiais que ninguém espera. É bastante divertido”, promete o baixista, que aponta o diretor de clipes Eric Wareheim como o melhor da atualidade.

“Já viu ‘Pon de floor’ do Major Lazer? É absurdo, tem uma dança sensual e psicodélica, algo que nunca vi antes”, comenta Tim, que não pensa duas vezes ao ser perguntado sobre qual o melhor vídeo de todos os tempos do YouTube.

“'Charlie bit my finger'. É um clássico!”

* Matéria publicada no G1

13 de set. de 2010

Usher with lasers

Curto um laser verde. Daquele brega que o RPM exibia nos seus shows há 20 anos, até aquele que fazia desenhinho no ar, que o Coldplay usava (ainda usa?) na hora de tocar "Clocks" em suas apresentações ao vivo.

Bem, esse nariz de cera só serviu para eu embedar o vídeo abaixo, do Usher no VMA's. MANO, olha quanto laser, é praticamente uma suruba!


U2 + Homem-Aranha = FAIL

Daí você lê que Bono e The Edge escrevendo canções para um musical do Homem-Aranha e pensa, "poxa, que massa". Daí você assiste ao vídeo abaixo e pensa, "poxa, que mierda".

12 de set. de 2010

Skank lança 2º álbum ao vivo e diz que nunca quis fazer acústico

“Temos muito tesão de entrar em estúdio”. É assim que o baterista do Skank, Haroldo Ferreti, resume a discografia da banda, em entrevista ao G1. Com 19 anos de estrada e 11 álbuns lançados, o grupo divulga na próxima semana o seu segundo registro ao vivo: um show no Mineirão para mais de 50 mil pessoas que virou CD e DVD pelo canal Multishow. A apresentação também vai ao ar neste domingo (12), às 22h30.

Segundo Ferreti, os integrantes não se preocuparam em criar novos arranjos para as 31 músicas que entraram no disco duplo. “É o que já fazíamos nos shows. Só temos ‘Tanto’, que saiu dos nosso repertório há um tempo e o Samuel puxou de improviso, e ‘Ali’, que o pessoal sempre pede”, explica, citando faixas de CDs de 1993 e de 2004.

Pelo repertório do show, é possível perceber como o estilo musical do grupo mineiro sofreu uma metamorfose ao longo dos anos, do reggae com ska de “Calango” (1994) a um certo brit pop da velha-guarda que marcou os últimos discos a partir de “Cosmotron”(2003).

Ao assistir a gravação, nota-se que “Jackie tequila”, “Te ver” e outras “das antigas” animaram muito mais o público do Mineirão, mas Ferreti não acredita que faixas mais recentes, como a balada “Ainda gosto dela”, não sejam também “de estádio”.

“A banda mudou, tivemos algumas rupturas e o público passou a nos enxergar desse jeito. ‘Resposta’ foi lançado há 12 anos depois de uma série de músicas vibrantes, então nada mais choca. Os fãs também apreciam a ‘fase violão’: veja um DVD do Queen e me diga se ‘Love of my life’ não é música de estádio também?”, provoca.

“’De repente’, que é uma das três músicas inéditas do CD, é um reggae que parece de nosso primeiro disco”, completa.

‘Não basta ser músico, tem de participar’
Apesar da forte ligação que o Skank tem com a capital mineira, Ferreti comenta que essa foi a primeira vez que a banda gravou um material ao vivo na cidade. E por se tratar do segundo registro desse tipo do grupo (em 2001 eles fizeram um "MTV ao vivo" em Ouro Preto), fica difícil não fazer a pergunta sobre o clássico - e manjado - projeto acústico, item que falta na discografia dos músicos.

“Toda vez que renovamos contrato com a gravadora ou lançamos algo novo surge o tema do acústico. Mas nunca tivemos vontade de fazer um! Não vou dizer nunca, quem sabe um dia não fazemos uma releitura ‘desvalvulada’ de nosso cancioneiro?”, brinca.

O baterista cita que a escolha pelo estádio do Mineirão para a gravação foi até óbvia, devido a ligação do Skank com o esporte bretão – além do hino “Uma partida de futebol”, a banda chegou a ter um uniforme oficial, criado por uma fabricante esportiva.

Ferreti diz que a sensação de tocar no estádio “dificilmente irá se repetir”. Isso pode ser visto na reação dos integrantes durante o show – em certos momentos, o guitarrista e vocalista Samuel Rosa pega uma câmera de vídeo portátil e filma o público. O material é depois editado pelo baterista, que o disponibiliza no site oficial do grupo.

Outra curiosidade é que dá para notar o próprio Ferreti, em um trecho específico, apontando o seu celular para a plateia. “Foi um momento de registrar e twittar. O Skank, modéstia à parte, usa bem as novidades tecnológicas e se dedica a dar informações aos fãs. Hoje em dia não basta ser músico, tem de participar.”


* Matéria publicada no G1

10 de set. de 2010

A garota da capa

Não sei você, mas eu fiquei hipnotizado quando vi no começo do ano a figura da garota que estampa a capa de "Contra", do Vampire Weekend. Linda, linda, linda.


Nem fazia ideia de que se tratava de uma imagem de 1983, da modelo Ann Kirsten Kennis, que agora resolveu processar o grupo em US$ 2 milhões por suposto uso indevido da imagem.

A Vanity Fair foi atrás de outras fotos dela e, de boa, brochei. A única coisa que presta no book da mina é justamente a imagem que saiu no disco. Sente o drama dos trabalhos de Ann "modelando".





















E vejam a tia hoje, com um jeito de quem precisa de US$ 2 milhões na conta...


"Sô rykah"

Kate Moss = Olympia

Sente a capa de "Olympia", novo álbum do Bryan Ferry ("slave to loooooove"). O nome faz referência ao quadro do Manet - e a pose da modelo, ninguém menos que Kate Moss, faz uma releitura da obra. 


 Abaixo, o quadro para quem não conhece o trabalho do francês impressionista (post arrogante, eu sei). Tipo, nada parecido, mas curti a ideia.

8 de set. de 2010

Pela volta da caipirice do Kings of Leon

Ouçam e vejam "Radioactive", single do novo álbum dos sobrinhos do tio Leon, "Come around the sundown".




Só eu tenho saudades daquele tempo em que Caleb e companhia não pareciam modelos da Gap e não eram U2 wannabes?

PS: Comentário maldoso: tem coisa mais clichê que chutar bola com criançadinha do 3º mundo?

1 de set. de 2010

'I guess he's an Xbox and I'm more Atari'

O clipe final de 'Fuck You', do Cee-Lo Green, é ainda mais legal do que aquele outro que estava rolando.


40 filmes, 40 dancinhas

Se você não imitou os passos de pelo menos dez longas dessa lista, amigo, você não é feliz.

US$ 30 mil pelo filme do Pirate Bay (and couting...)

O diretor sueco Simon Klose passou os últimos dois anos acompanhado os três revolucionários que criaram o Pirate Bay. Desde então foram 200 horas de filmagem, segundo suas contas.

Para finalizar o documentário “The Pirate Bay: away from keaboard”, ele criou uma campanha na internet para arrecadar US$ 20 mil: o objetivo é contratar um editor e uma sala de edição profissionais para que se possa fazer a montagem da produção. Em apenas três dias, mais de mil usuários do site doaram US$ 30 mil ao projet.



Em menos de um mês começará em Estocolmo, na Suécia, o início do julgamento do recurso que condenou, em abril de 2009, os três criadores do Pirate Bay e um investidor há um ano de prisão e a pagarem US$ 4,5 milhões de multa por crimes de propriedade intelectual.

As sessões judiciais também farão parte do documentário, que deverá ser lançado em 2011. Além de ser registrado com a licença de código aberto, e livre de direitos autorais, Creative Commons, o filme será distribuído gratuitamente na internet.

“Dizem que compartilhamento de arquivos é matar a criatividade, mas para mim a resposta é simples: não acredito nisso. Acredito em novas formas de se premiar a cultura. Essa [campanha] é uma maneira”, marreta Klose.