28 de jan. de 2008

Esporte de macho?

Está cada vez mais sofrível ver uma partida de futebol no Brasil. O jogo não se desenvolve, a cada cinco passes alguém faz uma faltinha boba. Alguém viu São Paulo e Corinthians ontem? Poxa, foi de doer. Falta atrás de falta. Não é um jogo violento, mas de interrupções. Um puxão aqui, uma cutucada acolá. E não pode nem mais encostar no atleta do outro clube. Sentiu o cangote do negão atrás? Dobra os joelhos e se joga no chão. O juiz sempre marca. Batata.

Aquele ditado de que "Futebol é coisa pra macho" não existe mais. No Brasil. Veja uma partida do futebol inglês e do espanhol? Não adianta dizer que na Europa pode dar encontrão, carrinho e o escambau. Não é isso. O jogo por lá é dinâmico, a bola só pára quando sai do campo. E se o atleta recebe uma falta, mas tem a oportunidade de prosseguir a jogada, ele o faz, ao contrário daqui. Cada time inglês não faz mais de 10 faltas por partida. Por aqui, se um time fizer menos de 25 é exemplo para os outros.

No clássico de ontem, houve um lance que será assunto nos botequins durante toda a semana. Em bola alçada pelo tricolor Hernanes, Adriano veio na corrida e ganhou a disputa no alto contra o zagueiro Williams, do Corinthians. Golaço! Daqueles de dar gosto. Mas...

O árbitro anulou. Falou que o atacante são-paulino fez falta, apoiou-se no ombro do adversário. Ao acabar a partida, Adriano reclamou: "Na Itália não seria falta."

Não estou escrevendo este texto para reclamar do lance (todos sabem que sou são-paulino roxo). Adriano é um tanque, e óbvio que ele sempre ganhará na força física. Mas reparem no vídeo, como William vê o jogador se aproximar, vê que vai perder na impulsão e já deixa o corpo mole, para levar um encontrão. No ar mesmo ele já abre os braços e reclama. E, como hoje qualquer contato físico no futebol brasileiro é falta, não dá outra.

O que anda matando o futebol brasileiro é essa mania de Lei do Gérson, de sempre querer levar vantagem, de querer iludir os outros. Você vai numa escolinha de futebol e vê um monte de guri habilidoso. Daí, no primeiro drible, ele toma um encontrão e se joga, fica rolando no chão, se contorcendo de dor. É mole? Eu já vi, sem brincadeira.

Acho que isso é coisa nossa. O basqueteiro Anderson Varejão foi no ano passado o jogador da NBA a mais conseguir cavar faltas de ataque. Malandro, ele sabe como ninguém fazer isso. Em vez de tentar brigar pela bola, ele se joga na frente do adversário no garrafão para levar uma trombada. Os americanos não acharam essa "habilidade" engraçada, e Varejão tomou esporro até dos colegas de time.

Hoje, gol no Brasil só sai de bola parada. Não sei se há algum dado sobre isso, mas vou tentar achar. Do que deve ter crescido o número de gols saídos de cobranças de falta e escanteio... Você vê os Gols do Fantástico e não dá outra. Um tento criado por tabelinhas, filas e chutes do meio da rua estão cada vez mais raros.

Eu estou ficando velho ou alguém mais concorda comigo?

27 de jan. de 2008

Lost in Lost
Caros:

desculpem a ausência de uma semana. Estou freneticamente produzindo uma baita reportagem sobre Lost, que também consumirá todas as minhas energias nos próximos dias. Agora só falo da série, de teorias, estou lendo livros... Coloquei até um widget que faz um countdown para a estréia da 4ª temporada ali no canto da página.

Volto em breve. Namaste!

19 de jan. de 2008

Nós sempre teremos Paris

Finalmente pude assistir a Paris, Te Amo (Paris, Je T’Aime, 2006). Vi agora pouco. Na locadora perto de sua casa deve ter o DVD para alugar. Recomendo, é bem interessante.

O longa de quase duas horas é composto de 18 curtas-metragens com cerca de 5 minutos de duração cada, onde todos têm em comum a temática de um encontro amoroso em Paris, a Cidade do Amor. O bacana é que cada curta remete a um ponto histórico ou bairro parisiense, então realmente dá para admirar a Cidade da Luz por vários ângulos.

21 diretores participam do projeto, dentre eles o brasileiro Walter Salles - junto de Daniela Thomaz -, Alexander Paine, o chato do Gus Van Sant, os irmãos Coen e Wes Craven. Também há a presença de rostos famosos, como Natalie Portman, Juliette Binoche, Elijah Wood e o acabado Nick Nolte

Para dar um gostinho do filme, deixo abaixo o meu curta predileto dele: o diferente e simpático Tour Eiffel, de Sylvain Chomet.


16 de jan. de 2008

Ô, lá em casa

HD de 80 GB, 2 GB de memória, tela de 13 polegadas, processador Intel Core 2 Duo, US$ 1.800 e tão fino e leve, que cabe dentro de um envelope de papel.




13 de jan. de 2008

O carnaval e o suco de laranja

Sabe uma coisa que eu não entendo no carnaval paulistano? É que todo ano eu escuto, da boca de jornalistas e carnavalescos, que ele está cada vez mais igual ao carnaval carioca.

Já repararam? É sempre uma história de que antes ele era patinho feio, renegado. Agora, musas do calibre de Solange Gomes e Renata Banhara desfilam por aqui, sambistas cariocas da antiga compõem o samba-enredo destas bandas. Aí vem o repórter e faz a pergunta:

- Como você avaliou o carnaval paulistano deste ano?
- Ah, uma maravilha! Olha, vou te dizer: o carnaval de São Paulo está cada ano melhor e mais parecido com o carnaval do Rio.

Pergunto: quando seremos iguais ou melhores que os cariocas? Nunca, né? Faz 20 anos que eu escuto esta ladainha.

Isso me lembra uma vez um trecho de stand-up do Seinfeld (ou do Letterman?), que reclamava dos sucos de laranja de caixinha. A cada nova embalagem ou versão do suco, vinha escrito na embalagem do produto: “agora com o sabor ainda mais próximo do suco natural”.

- Por que raios eles não colocam de uma vez o suco natural?! , reclama o comediante.

Entenderam o meu ponto de vista?

Carnaval paulistano = suco de caixinha

Sabe uma coisa que eu não entendo no carnaval paulistano? É que todo ano eu escuto, da boca de jornalistas e carnavalescos, que ele está cada vez mais igual ao carnaval carioca.

É sempre uma história de que antes ele era patinho feio, renegado. Mas, agora, musas do calibre de Solange Gomes e Renata Banhara desfilam por aqui, sambistas cariocas da antiga compõem o samba-enredo destas bandas. Aí vem o repórter e faz a pergunta:

- Como você avaliou o carnaval paulistano deste ano?
- Ah, uma maravilha! Olha, vou te dizer: o carnaval de São Paulo está cada ano melhor e mais parecido com o carnaval do Rio.

Pergunto: quando seremos iguais ou melhores que os cariocas? Nunca, né? Faz 20 anos que eu escuto esta ladainha.

Isso me lembra uma vez um trecho de stand-up do Seinfeld (ou do Letterman?), que reclamava dos sucos de caixinha. O texto falava do fato que a cada nova embalagem ou versão de um suco de caixinha, sempre vem escrito na embalagem do produto: "agora com o sabor ainda mais próximo do suco natural".

- Por que raios eles não colocam de uma vez o suco natural?! , reclama o comediante.

Entenderam o meu ponto de vista?

11 de jan. de 2008

Aqui também?

Impressionante como o Big Brother pegou no Brasil. Lá em Sorocaba, há duas TVs ligadas no programa; aqui em São Paulo, na casa da Bem Amada, idem. Olhei pela janela e vi os televisores dos vizinhos do prédio dela. Adivinhem?

Os blogs especialistas em fofoca só falam disso. O Deu Zebra, do Eric, deixou Amy Winehouse e Britney Spears de lado para apenas comentar sobre o BBB. Já o pessoal do Te Dou um Dado? esqueceu do site, passando, mesmo, o dia inteiro postando no ótimo Big Bosta Brasil.

Por enquanto eu não estou vendo direito o programa. O início é sempre chato, todo mundo é amiguinho, gosto mesmo quando pega fogo. Depois, até chego a ficar nervoso nos paredões.

Durante sete edições, minha justificativa para ver o BBB era uma: a edição ­- principalmente de domingo, quando rola a votação do líder, e de terça, que é quando alguém se escafede. Acho genial as montagens feitas, as músicas utilizadas (iguais as do Pânico nesta edição, repararam?). Eu sei que a edição é feita para criar histórias batidas, que é tendenciosa... Mas, como programa de entretenimento, acho tudo válido.

Um dia usei essa desculpa para um amigo. Ele respondeu: "Isso não é motivo. Os filmes que o Hitler mandava fazer também eram um primor de técnica, mas tinha algo errado ali no conteúdo".

Agora toda vez que ligo a TV e está passando BBB eu me sinto mal...

7 de jan. de 2008

Eu sou fã do SBT!!!!

Desde que comecei a trabalhar no jornalismo, tive a oportunidade de conhecer e conversar com pessoas cujo trabalho sempre admirei. Já conversei sobre cinema com o Carlos Saldanha, de Seinfeld com Rafinha Bastos, de videoclipes com Jarbas Agnelli, de bandas japonesas com a Fernanda Takai, de quadrinhos com o Maurício Ricardo e até de cachorros com a Luisa Mell (essa não entra na lista de admiráveis, mas enfim).

Confesso que poucas vezes fiquei nervoso ao falar com alguém famoso ou me senti emocionado por trocar umas palavras com algum ídolo. Nem quando assisti a um treino do São Paulo, com os jogadores ao meu lado. Mas, na última quinta-feira, foi difícil separar um pouco o lado "Gustavo repórter" do "Gustavo viciado em TV". O motivo? Fui conhecer o SBT.

Foi duro. Imagina você entrar em um lugar com uma van lotada de garotas do Fantasia? Imaginou? Bem, isso aconteceu comigo. Um monte de meninas saradinhas, com blusinhas, cabelos lisos e fofocando alto. Foi surreal! O mais maluco de tudo é que elas andam em bandos. Enquanto um grupo de 10 está almoçando, outras 10 estão no banheiro. Imagino elas lá dentro, brincando de "passa o papel higiênico".

Depois, você entra no estacionamento e vê um Passat alemão azul, com o insufilm todo descascado. "Nossa, que podre!", pensei. Daí você chega perto do automóvel e vê que ele está parado em uma vaga com uma estrela gigante no chão com os dizeres "SILVIO SANTOS". Do lado direito dele, a vaga destinada a Hebe Camargo, do esquerdo, para Gugu Liberato.

Logo em seguida, ao passar por uma porta você tromba com ninguém menos que o Roque. Baixinho, de camisa aberta, exibindo uma corrente de prata reluzente, com um pingente de ouro gigante, de algum santo aí. Ele me cumprimenta. Eu gaguejo. "O... Oi! Você é o Roqueee, digo, Roque!". Ele sorri, pergunta se eu quero tomar algo. Nem me dou conta que logo em seguida ele conversa comigo, brincando que está puto com o Silvio, que ele conhece há mais de 40 anos, porque o Homem do Baú falou que ele não está em seu testamento.

Jorge Kajuru, ao meu lado, ri. Minutos depois, ele começa a falar mal do Ricardo Teixeira e da CBF. No caminho até o restaurante, Patrícia Abravanel, a filha nº4 do seu Silvio, passa com pressa, ao lado de um segurança. Uma baita mulher emperiquitada, pouco lembra aquela menina de moletom vermelho seqüestrada há alguns anos.

Mais chamativa está Mariana Küpfer. Vestido justíssimo, todo branco, que termina logo abaixo de seus quadris. Um "abajur de buceta", como diria José Simão. Magra demais, morena demais, cabelo à la Victoria Beckham. Desliga o celular e entra em uma Palio Weekend com o logo da reportagem. Mariana Kupfer indo fazer uma reportagem? Só no SBT.

E só no SBT mesmo para você fazer o caminho de volta dividindo o carro com o Josias do Qual é a Música?. Mais: com ele cantarolando durante todo o trajeto!!!

Saí do Complexo da Anhangüera sem acreditar. Só faltou eu ver o Silvio, mas nem imagino como iria reagir. Provavelmente ele diria. "Gustavooonn, qual é a sua profissão? Jornalista? Ah, então você trabalha com notícias? Isso quer dizer que você faz reportagens? Hi-hi, de que caravana você veio?".

Inesquecível.

3 de jan. de 2008

Jogos para sempre

Confesso que visto muito mais a camiseta da ESPN Brasil do que a do SporTV, mas um programa do canal da Globosat, exibido por apenas 10 dias, foi um dos melhores que eu já vi na TV a cabo: Jogos para Sempre.

Foi muito legal! Documentários de uma hora de duração que reviviam um grande jogo da história do futebol brasileiro. O formato era simples e bem bacana: um apresentador e dois convidados, geralmente um jogador de cada time que participou do prélio.

O atleta pertencente à equipe que venceu o jogo é entrevistado ao ar livre (sempre em algum lugar com muito verde), caminhando e batendo papo com o apresentador. Este, relembra momentos cruciais da disputa, como uma falta, um lance perigoso, e por aí vai. Pelo outro lado, aquele que fez parte do time derrotado é entrevistado em uma sala, sozinho, com a câmera focando em seu rosto. Misturado às falas são exibidos os melhores momentos do jogo.

Ah, somado a tudo isso, alguém que viu a partida no estádio ou pela televisão, como o escritor Luis Fernando Veríssimo ou o ator Marcos Palmeira, comentam como eles quase morreram assistindo determinado jogo. Os depoimentos são engraçadíssimos.

Dentre os jogos exibidos teve um 6 a 0 do Flamengo no Botafofg, em 1981, aquela clássica final do campeonato carioca de 1995, entre Flamengo e Botafogo, com o gol de barriga do Renato Gaúcho, e uma partida que sempre foi motivo de piada na minha família: a final do Brasileirão de 1986 entre São Paulo e Guarani.

O jogo acabou 3 a 3, e o tricolor sagrou-se campeão nos pênaltis. Diz a lenda, digo, meu tio, que aos 43 minutos do segundo tempo da prorrogação, quando a partida estava 3 a 2 para o time de Campinas, meu avô saiu da sala xingando o tricolor paulista de pipoqueiro. Mal ele subiu as escadas para o Careca soltar uma bomba e empatar a partida. Depois ele tentou voltar para ver o jogo e acabou sendo expulso por meu tio.

Eu fiquei viciado no programa, e me senti desolado ao saber que ele foi um especial de 19 a 30 de dezembro. De boa, os caras do SporTV deveriam deixar essa atração quinzenal ou mensal, pois faz falta programas esportivos assim. Não agüento mais aquelas mesas-redondas com um jornalista falando mais alto do que o outro.

Inspirado pelo programa, baixou um Nick Hornby em mim e fiz uma seleção dos 5 jogos do futebol brasileiro memoráveis da minha vida. Estes eu lembrarei para sempre – por motivos bons ou ruins.

5) Palmeiras 3 x 4 Vasco (Final da Copa Mercosul de 2000)

No primeiro jogo da final, no Rio, o time de São Januário bateu a porcada por 2 a 0. No segundo confronto, em São Paulo, 1 a 0 para o Palmeiras. No confronto final, no Palestra Itália, o jogo acabou 3 a 0 para o time alviverde no primeiro tempo. Caneco garantido? Não para Romário, Viola e Juninho Paulista, que viraram a partida para 4 a 3.

4) Santos 5 x 2 Fluminense (Semifinal do Campeonato Brasileiro de 1995)

Por duas vezes nessa vida eu torci para um time brasileiro que não foi o meu tricolor: a Portuguesa de 1996, que foi vice-campeã brasileira, e o Santos de 1995, que teve o mesmo destino. No primeiro confronto, o time carioca venceu o santista por 4 a 1, lá no Rio. Ir para a final era tarefa quase impossível para o esquadrão comando por Giovanni, e lembro que são-paulinos, corintianos e palmeirenses lotaram o Pacaembu para ajudar o Santos a vencer por três gols de diferença. O primeiro-tempo acabou 2 a 0 para o time santista, que nem desceu para o vestiário no intervalo para sentir o apoio da (s) torcida (s). Dito e feito: 5 a 2 na segunda etapa.

3) Cruzeiro 2 x 1 São Paulo (Final da Copa do Brasil de 2000)

Jogo mais triste de minha vida. Até hoje o São Paulo não ganhou esse título, e em 2000 esteve com uma mão e meia na taça. No primeiro jogo da final, no Morumbi, 0 a 0. Já no Mineirão, em uma partida duríssima, Marcelinho Paraíba fez um baita gol de falta, e abriu o placar para o tricolor. O título estava perto, até que Müller, que fez história no São Paulo, entrou no final da partida, junto de Fábio Jr. Aos 34, o primeiro deu um passe açucarado para o segundo empatar o jogo, resultado que ainda era nosso. 10 minutos depois, minha tia pé-fria entra na sala. Bastou ela sentar no sofá para o Axel recuar uma bola bizarra e o atacante Giovanne roubar a bola e sair cara-a-cara com Rogério Ceni. Para evitar o desastre, o zagueiro Rogério Pinheiro puxou o adversário e foi expulso. Xinguei ela de tudo quanto é nome, o que a fez ir embora lacrimejando. Müller avisa Giovanne para bater a falta rasteiro. A bola passa pelo meio da barreira e entra, aos 44 minutos. O São Paulo perde e minha família briga comigo. Raí aposenta logo depois. Uma verdadeira tragédia grega!

2) São Paulo 3 x 2 Ponte Preta (Quartas de final do Brasileiro de 1999)

Mais uma virada inesquecível. E eu estava no estádio. Deu a louca no meu tio, e ele resolveu levar seu sobrinho para ver o jogo no Morumbi, dirigindo correndo de São Paulo até Sorocaba. Compramos as entradas de cambistas para o único lugar disponível: arquibancada inferior, o pior lugar do Morumbi. Primeiro tempo acaba e 2 a 0 para o time campineiro. Lembro que meu tio ficou puto, falando para os céus como tamanha aventura podia acabar daquele jeito. Acho que Deus ouviu o reclame e incorporou em Marcelinho: ele fez três golaços na segunda etapa, todos tirambaços do meio da rua. Ao comemorar o terceiro tento, levantou a camisa. Por baixo dela havia outra com os dizeres "100% Paraíba". Depois desse jogo ele até mudou de nome, tornando-se o Marcelinho Paraíba.

111) São Paulo 3 x 1 Corinthians (Final do Paulista de 1998)

Fazia anos que o tricolor não ganhava um título decente. Para piorar, eu era muito criança na época do Bi-Mundial de 1992/93 e achava que nunca viria meu clube do coração ganhar alguma coisa. Na primeira final, isso parecia ser realidade: 2 a 1 para os gambás. Na finalíssima, algo inacreditável aconteceu, digno de Hollywood: o rei Raí voltava para o São Paulo, após cinco anos na França - isso há três dias da partida. Raí mostrou ser o terror do Morumbi e, em uma bela cabeçada, marcou 1 a 0. O Corinthians até empatou depois com Didi, mas, junto de França e Denílson, Raí comandou um 3 a 1 que poderia ser goleada. Foi um dos momentos mais felizes de minha vida, e até chorei naquele dia.