18 de dez. de 2008

10 Discos de 2008: 9) Black Kids - Partie Traumatic


Tenho uma grande simpatia por bandas familiares (vocês verão isso quando chegarmos ao número desse Top 10). E a novata que eu mais curti nesse ano foi Black Kids, dos irmãos afro-americanos (pescou o nome? pescou?) Reggie e Ali Youngblood. Os dois dividem os vocais e tocam guitarra e teclado no quinteto, respectivamente.

O grupo, para variar, estourou primeiro na internet e logo foi tratado como melhor banda da última semana, com um apanhado de boas músicas que logo caíram no gosto da geração MySpace. Mesmo sem "CD oficial", eles sairam em turnê, gravaram videoclipes e tinham seus singles dissecados por DJs. O som do grupo é aquele indie básico do século 21: guitarras rápidas e batidas espertas, com alguns dedos do pé na eletrônica e nos sintetizadores dos anos 1980. São músicas gostosas de cantar (a voz de Reggie, à la Robert Smith, sempre faz uma tabelinha legal com a de sua irmã) e com refrões bem pegajosos.

Com o primeiro disco produzido pelo ex-Suede Bernard Butler, as críticas em relação a Partie Traumatic foram bem divididas. Eu gostei bastante, apesar da letra ridícula de Hit The Heartbrakes - alguém me explica o que é esse "Knock, knock. Who's there? Call the ghost in your underwear. Call the ghost in your underwear who?"

Cuecas a parte, o CD de estréia dessa banda multiracial é um pop muito legal. O hit I'm Not Gonna Teach Your Boyfriend How To Dance With You é uma das melhores do ano (a melhor, se considerarmos o remix incrível do The Twelves), Love Me Already é aquela faixa gostosinha de cantar e Partie Traumatic também poderia ser fácil a faixa que abre o disco. É um disco regular, que não perde o pique e reserva ao seu final as ótimas I Wanna Be Your Limousine e Look At Me (When I Rock Too).

É um som de fórmula conhecida, OK, mas nem todo mundo precisa ser um Radiohead da vida.

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