5 de set. de 2004

Poupem seus reais. Não assistam!

Benzadeus, que filme horrível! Alguém leva o tal de M. Night Chihuahua pro inferno! Vá ser pedante lá na casa do chapéu, meu querido! Não sei como um estúdio financiou o seu "filme". Dá até dor de barriga, de tão ruim que é a película. Poupem seus reais, queridos leitores!

A história é essa: numa vila muito distante, os seus moradores são aterrorizados por criaturas (aquelas-de quem-nunca-falamos), que vivem no bosque ao lado. Há uma fronteira e tudo, separando o bosque da vila. Ninguém ousou sair da vila, ultrapassar a fronteira e ir ao bosque. Mas há uma esperança: o personagem de Joaquin Phoenix (Lucious).

Saco roxo, ele é destemido. Mostra ter colhões e quer ir ao bosque, mas nunca consegue a aprovação dos diretores do vilarejo. A criatura, num tal dia, "visita" a cidade. Todos saem correndo, morrendo de medo. Outra personagem corajosa é uma ceguinha (Kitty), filha do Ron Howard na vida real, que se apaixona pelo Phoenix e ele idem. O casório está marcado.

Adrien Brody faz um retardado, apaixonado pela ceguinha. Acaba esfaqueando o Phoenix por ciúmes (ele vai passar o resto do filme em uma cama, num morre não morre). O ferido precisa de remédios, mas eles só podem ser adquiridos na cidade. Quem teria coragem de ir até ela, enfrentando o bosque, as criaturas? A ceguinha.

A moça acaba por descobrir pelo seu pai (um dos diretores da vila) que toda a lenda por trás do bosque é uma falácia. Os diretores inventaram a criatura (uma fantasia tosca, na verdade) e seus derivados (a cor vermelha é maldita, atrai as criaturas). Tudo para que ninguém pudesse ir à cidade, aonde tudo é perigoso e a vida não é justa. A vila foi criada pelo pai da ceguinha, junto de outras pessoas, cujo elo em comum é o fato de terem diversas tragédias familiares envolvidas enquanto moravam na cidade. Fugiram e se isolaram, criando uma comunidade.

Gente, o filme é isso. A ceguinha vai à cidade, pega os remédios e volta. Como ela é cega, não viu como é a cidade, o bosque ou a criatura. Todos ficam felizes: ela, o esfaqueado, os moradores e diretores da vila. Menos o retardado do Brody, que morre (ele roubou a fantasia e acabou caindo num buraco do bosque). A teoria do medo continuará a viver sobre os moradores da vila e pronto!

Sim, eu desobedeci ao pedido feito pelos comerciais. Eu contei o final do filme. E daí? Estou ajudando muitas pessoas, que assim como eu fiz, desejam gastarem um pouco mais que cinco reais para desvendarem todo os mistério por detrás daquele trailler maldito. Não gastem seus dinheiros, não vão ao cinema ver essa merda!

Alguns críticos afirmam que o bom do filme é a metáfora por trás dele: a fomentação do medo na sociedade dos EUA, como forma de manipulação do governo. Bush usa do medo para criar uma ilusão à realidade americana. Até aceito esta teoria, porém não imagino que o Shyamalan tenha tido tal idéia ao escrever o roteiro de "A Vila".
Ele é ruim e ponto final. Hitchcock é único, sua anta!

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