27 de fev. de 2004

Peixe Grande


Rapaz, que filme lindo! Que fotografia, que história! Bem, como fã declarado de Tim Burton, fica difícil não elogiar algum trabalho seu. Quando ele resolve emocionar a platéia, sai de baixo! São imagens enredadas com momentos tocantes, onde de fundo é possível ouvir uma linda melodia, que aumenta um pouquinho de volume conforme o grau de emoção retratada na cena. Muitos choram, e não deviam ter vergonha. Que atire a primeira pedra que não derramou uma simples lágrima na cena final de Edward – Mãos de Tesoura? Lembram? Começa a cair uma leve neve, um lindo coral de fundo musical, e a personagem de Winona Ryder abre os braços e rodopia sem sair do lugar, sentindo a neve cair lentamente em sua face. São poucas pessoas que conseguem transmitir sentimento para uma tela, para um simples objeto. Tim Burton tem esse dom.

Assistam ao filme, e vejam a beleza das imagens, das fabulosas histórias de Edward Bloom, do sentimento que toma conta de seu filho na cena final. Às vezes, a realidade é tão monótona, que a fantasia ganha forma e vida. E nada é tão gostoso como fantasiar, contar histórias que emocionam, que jamais envelhecem.

Lembrei de meu avô em algumas cenas. Ele tinha um pouco de Edward Bloom (Ewan McGregor). Fiquei triste, alegre e tocado. Podem me chamar de maricas, ou qualquer coisa parecida. Eu prefiro a fantasia à realidade. Gosto de lembrar daqueles que fizeram parte de minha vida. Gosto de sonhar e fantasiar. Gosto de sumir - nem que seja através de algumas palavras.

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