22 de set. de 2010

Miike Snow toca em São Paulo após show no Rio financiado por fãs

Com tantos artistas internacionais de peso vindo para o Brasil, as apresentações da banda sueca Miike Snow por São Paulo e Porto Alegre tinham tudo para passarem despercebidas. Até a mobilização de 60 fãs cariocas do grupo alternativo, que pagaram do próprio bolso um show extra no Rio, que aconteceu na última segunda-feira (20).

“Todos nós ficamos empolgados, nos sentimos muito honrados. Nunca soubemos de algo parecido e, quanto mais casos assim acontecerem, melhor. O incrível da internet é esse contato pessoal que acontece facilmente que ela proporciona”, diz Pontus Winnberg, em entrevista por telefone ao G1.



Ao lado do vocalista Andrew Wyatt e Christian Karlsson, ele forma o projeto musical que surgiu há três anos a partir do Bloodshy & Avant, dupla de produtores que ganhou fama no começo da década passada ao produzir faixas de estrelas pop como Madonna, Kylie Minogue e, principalmente, Britney Spears. Eles, aliás, que são os autores de “Toxic”.

“Não nos incomoda ser chamados de ‘os produtores de Toxic’. Somos o Miike Snow, é por ele que viajamos pelo mundo. Não nos importa como as pessoas nos conhece, o importante é saírem do show cantando nossas músicas”, diz Winnberg.

 

A banda toca nesta quarta-feira (22) em São Paulo, no Estúdio Emme, a partir das 23h (ingressos a R$ 80). O show, explica o músico, só tem faixas do primeiro e único álbum grupo, lançado em 2009. O disco, aliás, esteve em diversas listas de melhores do ano e produziu sucessos como “Animal”, “Black and blue”, “Burial” e o hit “Silvia”, cujos remixes ganharam as pistas de dança.

“Ao contrário do álbum não usamos nada de eletrônico no palco, somos uma banda mesmo. Ainda buscamos uma maneira de conseguir apresentar nossos remixes ao vivo”, explica o músico, que assim como Wyatt e Karlsson costuma se apresentar de máscara nas primeiras músicas de cada apresentação.



Ele e Karlsson são amigos de infância e, ao ldo de Wyatt, criaram um estúdio em Estocolmo, que visa produzir novos artistas, principalmente aqueles da “geração MySpace”. A cantora portuguesa Sky Ferreira foi uma das primeiras a assinar com o trio. Jovens revelações, como Lykke Li, também já gravaram algumas músicas por lá.

Bem humorado, Winnberg tem uma teoria bem peculiar para explicar a fama de seu país ser um ótimo exportador de música pop. “Talvez por ser frio e escuro. Não temos muito o que fazer por lá”, ri.

* Matéria publicada no G1


Nenhum comentário: