10 de ago. de 2005

Crônica dos 20 anos


Agradeço desde já pelas congratulações recebidas. Dezenas de amigos e conhecidos lembraram de ontem, uma data tão especial para este guri aqui, que completou 20 anos de idade. Ah, se não existisse o Orkut, pois ninguém ia lembrar, hein! Brincadeira...

Engraçado notar como as pessoas dizem saber como eu sou. "Gu, comprei isso aqui porque achei que era a sua cara!". Abro o embrulho e me deparo com um livro de quadrinhos pornô. Aliás, tenho livro para ler até as próximas férias. Ganhei várias camisetas, e todas são verde-claras, azul-calcinha... Falam que as cores são alegres por eu ser uma pessoa alegre. Que bonito!

Há dez anos eu fiz uma baita festança para celebrar a minha primeira década de vida. Até apareceu parente que eu não conhecia. Foi o primeiro (e único) momento que eu vi a minha família inteira reunida. "Fazer dez anos é especial", disse um primo distante. Achei naquela época a frase meio boba, e hoje entendo como ela faz sentido. Pulei e brinquei naquele dia até me esgotar. Pedi ao Papai lá de riba que me desse um aniversário desses todos os anos. Foi tão maravilhoso que a minha tia Noêmia não me deu cuecas ou meias.

Com 20 anos nas costas, não sei dizer como sou nesse momento. Sempre achei que ter essa idade fosse sinônimo de ser barbudo e correr bastante no futebol. Começar a namorar as menininhas, fumar um cigarro com os amigos e tomar cerveja em todo boteco de esquina. Aliás, eu nunca tomei um porre e nem traguei tabaco. Será que eu sou careta? Não tenho essa aura de juventude transgressora, que lê On the Road e já pensa em cruzar o país de carona. Eu achei o livro do Jack Kerouac um pé no saco, vejam só!

Escuto histórias de pessoas mais velhas que fariam de tudo para ter 20 anos de novo. Quando se fuma o primeiro baseado e se transa sem pudores... Ouço e fico na minha. Prefiro não demonstrar a minha opinião contrária. Eu gosto de ter uma Bem-Amada, e ter a certeza de que só ela basta. Eu sei o quanto já sou bem bobo naturalmente, e que não preciso enfiar uma bola alucinógena para baixo da garganta para poder me sentir mais feliz. Eu ainda me acho uma criançona, acima de tudo.

Tanto que o presente que eu mais gostei foi um Patrick de pelúcia dado pela Nenoca (igualzinho o de cima). Eu sou um amendo-bobo!

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