Sobre a Páscoa
Não tenho nada interessante a dizer sobre a Páscoa. Sei que é um feriado religioso, que em alguns dias da semana é vetado comer carne e só. E tem coelhos e ovos de chocolate. Uma de minhas alegrias é ir aos supermercados e passar por aquela galeria com um pancada de ovos sobre minha cabeça. Bem legal. Lembra uma plantação de cacau (será esse o motivo para eles ficarem dependurados?).
Sobre a Páscoa, eu me recordo de duas coisas. O primeiro momento é longínquo, lá pelos meus cinco anos, enquanto fazia o pré, na Escola Chapeuzinho Vermelho, em Tupã, interior paulista. Estava eu, cabelo tigelinha, band-aid no joelho ralado. Era hora do recreio. Na minha lancheira sempre tinha chá e algum sanduíche. Raramente minha mãe deixava alguma guloseima. Enquanto meus coleguinhas se entupiam de coisas gordurosas na cantina e tomavam refrigerantes, eu bebia chá-mate e comia patê de atum. Maravilha...
Naquele dia, porém, semana de Páscoa, havia um pedaço de chocolate crocante embrulhado em papel alumínio para mim. Recordo-me que no primeiro "nhac" eu senti uma sensação estranha, algo parecia estar fora do comum - e estava mesmo. Caía o meu primeiro dente de leite, logo o da frente, o que me deixou com uma janelinha pra lá de simpática. Aliás, durante anos a Páscoa foi sinônimo de dentes de leite caindo. Uma festa! No dia seguinte eu jogava-os em riba do telhado, pois vovó dizia que trazia sorte.
Em 93, casa de vovô, o domingo foi dia de corrida em Interlagos. O Ayrton Senna brigava pela liderança, junto com o Nigel Mansel (acho). Lembro-me que caiu um baita toró, e no momento em que caiu a primeira gota de chuva no autódromo, meu tio vibrou, já que Senna amava guiar com a ajuda de São Pedro. Foi muito legal: eu mandando a pau no pedaço de cacau ao leite, todo nervoso, e o piloto tupiniquim dando uma baita ultrapassada em Mansel. Depois o povo invadiu a pista e foi comemorar a vitória com o seu ídolo.
Demais.
Sobre a Páscoa, eu me recordo de duas coisas. O primeiro momento é longínquo, lá pelos meus cinco anos, enquanto fazia o pré, na Escola Chapeuzinho Vermelho, em Tupã, interior paulista. Estava eu, cabelo tigelinha, band-aid no joelho ralado. Era hora do recreio. Na minha lancheira sempre tinha chá e algum sanduíche. Raramente minha mãe deixava alguma guloseima. Enquanto meus coleguinhas se entupiam de coisas gordurosas na cantina e tomavam refrigerantes, eu bebia chá-mate e comia patê de atum. Maravilha...
Naquele dia, porém, semana de Páscoa, havia um pedaço de chocolate crocante embrulhado em papel alumínio para mim. Recordo-me que no primeiro "nhac" eu senti uma sensação estranha, algo parecia estar fora do comum - e estava mesmo. Caía o meu primeiro dente de leite, logo o da frente, o que me deixou com uma janelinha pra lá de simpática. Aliás, durante anos a Páscoa foi sinônimo de dentes de leite caindo. Uma festa! No dia seguinte eu jogava-os em riba do telhado, pois vovó dizia que trazia sorte.
Em 93, casa de vovô, o domingo foi dia de corrida em Interlagos. O Ayrton Senna brigava pela liderança, junto com o Nigel Mansel (acho). Lembro-me que caiu um baita toró, e no momento em que caiu a primeira gota de chuva no autódromo, meu tio vibrou, já que Senna amava guiar com a ajuda de São Pedro. Foi muito legal: eu mandando a pau no pedaço de cacau ao leite, todo nervoso, e o piloto tupiniquim dando uma baita ultrapassada em Mansel. Depois o povo invadiu a pista e foi comemorar a vitória com o seu ídolo.
Demais.
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