24 de fev. de 2005

Ô, Dumbo!


Irmão é craque em pôr apelido. É uma habilidade fraternal, digamos. Sempre zoei o meu mano pelo fato dele ter sido muito gordinho e desajeitado. "Ô, Nhonho!". Ele ficava uma arara, enchia-me de bifas. Eu era mais fraco, porém era mais rápido.

Eu também tive lá as minhas graciosas alcunhas. Quando eu nasci, minhas orelhas eram enormes. Grandes mesmo. Imagino os amigos e parentes de meus pais, querendo saber quem é o filhote do sortudo naquele berçário cheio de indivíduos iguais. "O Dumbo lá no fundo, tá vendo?", devia ser a resposta de papai na época. Aliás, Dumbo foi um apelido que me marcou. Quando eu corria, meu irmão já vinha com: "Toma cuidado pra não voar, ô, Dumbo!".

Mamãe dizia que conforme eu fosse crescendo, a cabeça aumentaria, as orelhas não. Psicologia materna é o que há - e deu certo. Hoje, as minhas orelhas estão de um tamanho até que legal. Não ser chamado de Alfafa (o do Batutinhas) é uma dádiva. Mas não é que eu ainda me recordo dos tempos de orelhudo?

Estava a ler a coluna do José Simão e leio o melhor apelido para um ser orelhudo. Não sei se é velho, mas, confesso: estou a rir até agora. O colunista da Folha falou que a Natália, do BBB, parece um Fusca com as portas abertas!

E eu achando que o meu irmão foi maldoso...

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