29 de out. de 2004

Saudades


Porra! Hoje eu me toquei que faz um ano que o Seu Gilberto partiu. Fez as malas e voou para a sua Pasárgada. Longe de parentes enjoados, senis companheiros de asilo, idas e vindas de hospitais. Achou melhor cair fora, dar tchau pra gente. Foi numa boa, tranqüilo, rapidão.

Usou da velocidade que nunca teve andando, para voar, ir a um lugar mais bacanudo, onde ele pudesse chamar as mulheres de chuchu, os garotos loiros de alemão, e, o melhor do pacote: contar as suas famosas historietas. Seu Gilberto pode não estar mais aqui, mas pode deixar que de seus casos eu me recordo muito bem. Ouvi tantas vezes os momentos de viagens do velho, das escalações clássicas do São Paulo, de suas excursões junto ao time da Portuguesa... O sujeito era uma figuraça.

Outro dia sonhei com o seu Gilberto. Foi engraçado, ele me aplicava diversas peças, contava piadas, tirava um sarro de cada brincadeira minha. Foi muito divertido, deu saudades. Lembro direitinho do sonho - e acreditem: só ao acordar é que me toquei que ele não está mais entre nós.

Ele está entre nós, Gustavo! Larga de ser bobo! Está mesmo; foi tanta coisa boa acontecendo neste ano, que vejo o Seu Maia lá em riba, arquitetando algo de bom para mim, servindo de anjo da guarda do seu neto são-paulino.

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