23 de ago. de 2005

Priééégo!


Quando estou sem fazer nada à tarde - o que, digamos, é bem comum - sento no sofá, ao lado da vovó, e fico a apreciar os seus peculiares gostos televisivos. É um sarro! Isso acontece há muito tempo, desde quando eu passava as minhas férias em sua casa, e brigávamos quando passava um programa, o Super Market, e ela sabia de cor e salteado os preços dos produtos dos supermercados, e eu errava todos. Bom mesmo mesmo era Super Vicky. Aquilo era demais!

Levei a velha para o mau caminho, fazendo ela ficar viciada em Malhação. Eu sei, é terrível, mas eu tinha 10 anos, ora bolas! E que atire a primeira pedra quem não dava risada com o Dado, o Mocotó e toda aquela trupe da academia. Hoje não, é essa escola chata, onde todos pedem mais uma rodada de suco natural na lanchonete. Eca! Sou mais os dilemas amorosos da Fernanda Rodrigues, enquanto ao fundo tocava: "Quem sabe eu ainda sou uma garotinha...". E o que dizer do Claudio Heinrich, que pegava todas as menininhas no almoxarifado? Eu queria muito ser o Dado quando ele dava umas catracadas na Nivea Stelmann.

E vendo os atores atuais, confesso que um me tira do sério, tamanho a raiva que tenho por ele. Não, não é aquela Jaqueline, a Cicarellinha; muito menos aquela cantora de cabelo espetado e ruivo, que canta umas músicas de corno e agora toca na Jovem Pan. É o namorado dela, um tal de João, que é o exemplo perfeito do carioca escroto a partir de uma visão paulistana. Entrei no site da trama e aqui diz que ele é um pitboy, todo do mal e tals.

Assim: aquele magricela de luzes no cabelo não parece valentão e nem um exemplo de surfista pegador e galinha. Ele interpreta muito mal (só perde para aquela grandão e bobo, um tal de Marcão). E, irritantemente, tem a mania de chamar os outros de "prego". Cara, eu nunca ouvi ninguém chamar alguém de prego, porca, ventoinha, martelo ou coisa parecida. Isso só deve existir nas cacholas dos redatores da novelinha matinal.

E ele ainda fala "priééégo". Se eu estiver realmente errado, e existir algum carioca magricelo, metido a surfista, de luzes no cabelo, que não pega nem vento e ainda chama os outros de "priégo", juro, meus amiguinhos: esse mundo realmente está perdido.

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