22 de dez. de 2004

Então é Natal...

Natal tem lá as suas coisas legais. As ruas enfeitadas, cheias de pisca-pisca. Natal é uma época em que o pessoal desencana da conta de luz, já perceberam? Na casa da minha avó chega a haver uma competição entre os prédios. À noite, isso aqui parece Las Vegas, de tão iluminado. Só faltou aquele cowboy da Camel soltando baforadas.

Natal é a época predileta dos gordinhos - junto da Páscoa, óbvio. Papai Noel recheado é bem gostoso. Pegar a cabeça do Bom Velhinho e nhac! Sentir um gostinho de creme. Peru, chester e tender rolam a vontade. Não sou muito fã daquelas frutas caramelizadas, sabe? Figo com não sei o quê, abacaxi com molho de outra coisa. Panetone nem se fala: simplesmente horrível! É amargo, sem gosto, não fede nem cheira. Os pobres economizam o ano inteiro apenas para saborearem o maravilhoso panetone da Bauducco. Eca! Ninguém merece uva passa. Para os enjoados, existe a salvação: o Chocotone. Também não gostei, Panetone é ruim de qualquer jeito.

Não sou ovelha negra, mas também não sou fã do cara do Pólo Norte. Quando brejeiro, odiava ter que pedir presentes para ele. Ia com um baita mau humor. Preferia olhar as pernas de suas ajudantes, as noeletes. Simpáticas e de mini-saias, não tinha como não se apaixonar por elas. Aliás, não me recordo de acreditar em Papai Noel. Que criança mais infeliz eu fui.

Natal é bom para ganhar presentes. Em época de vacas gordas, recebia vários. As várias meias e cuecas dadas pela tia Noêmia foram de bom agrado durante anos. Hoje, devido à crise, o pessoal prefere o amigo-secreto. Gasta-se em apenas um presente e todos saem felizes - menos a economia. Repare como alguns presentes vivem em voga: ano passado todos davam o CD da Maria Rita; em 2004 é bacana presentear alguém com O Código Da Vinci.

Eu gosto de Natal, veja só. O pessoal fica mais alegre, aquela tal sensação de união parece que volta. É pretexto para rever os amigos, os primos pentelhos e as tias gordas e encalhadas. O que mata é ouvir a Simone no Faustão cantarolando: "Então é Natal...".

Desejo a todas as pessoas que me agüentaram durante esses meses, um ótimo Natal. Trepem, comam peru e o malfadado Panetonne. Não façam cara feia ao se depararem com a Sidra Cereser comprada com tanto carinho pelo teu avô, pois, afinal, é Natal!

Agora, só ano que vem.

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