1 de out. de 2010

A história do rap, segundo Jimmy Fallon e Justin Timberlake

Amor estranho amor

Não sei é o que mais foda nesse comercial da Gucci - que só fui descobrir hoje, com um mês de atraso: a fotografia do diretor Frank Miller ou a Evan Rachel Wood inebriante como sempre.



Brinco, sei sim. Que do ca-ra-lho ficou essa versão do Friendly Fires para "Strangelove", minha predileta do Depeche Mode.  Ouçam só que beleza:

  STRANGELOVE by Gucci Guilty

28 de set. de 2010

Regina Spektor: ela não sabe tocar guitarra

Ela tem uma voz tão delicada que é preciso pressionar o ouvido contra o telefone para entender o que fala do outro lado da linha. Feito isso, a impressão é a de se conversar com uma menina, pelo jeito infantil de se expressar e pelas risadas que permeiam suas longas respostas.

Regina Spektor, 30 anos no documento de identidade, é uma das atrações do SWU Music and Arts, festival musical que acontece na cidade de Itu, interior de São Paulo, nos dias 9, 10 e 11 de outubro. A cantora e pianista russa irá se apresentar no segundo dia, ao lado de artistas como Dave Matthews Band e Kings of Leon - estes velhos conhecidos dela.

“Já abri alguns shows do Kings of Leon há uns anos. Sempre que posso os vejo ao vivo, você já viu? Nossa, eles são incríveis”, recomenda.

Esta é a sua primeira visita ao país. O seu show é baseado no terceiro álbum de estúdio, “Far”, que a consolidou entre as grandes artistas pop com formação clássica de sua geração. Em entrevista por telefone ao G1, Regina falou sobre seu passado musical, cinema e o musical da Broadway que está escrevendo baseado em “A bela adormecida” - além do show que fará no Brasil, claro.



Ano passado pude ver um show seu em Los Angeles e me chamou a atenção como você é popular entre as adolescentes americanas. E no resto do mundo, o seu público também é, em sua maioria, juvenil?
Regina Spektor - Geralmente quem assiste aos meus shows são meninas, garotos, crianças... Não sei. É algo bem único, nunca vi um certo estilo na minha audiência, o que é bom, pois gosto de ver diferentes pessoas. Depende muito do lugar e do palco, isso influencia bastante. Meus shows não servem para tipos de grupinhos. Seria triste se eu olhasse para baixo e todo mundo parecesse igual (risos).

Isso é bom, não? Essa heterogeneidade não é um espelho de seu estilo musical?
Regina - Legal isso, pode-se dizer que sim! Sabe, às vezes me interesso por algo, noutras não. Eu amo punk e por isso escrevi uma música assim. Se eu quero fazer uma country, faço. Definitivamente quero produzir de tudo e juntar isso em um único show, em um único álbum, pois assim se terá um retrato verdadeiro de quem realmente sou. Eu amo artistas, pintores e escritores que passaram por muitas transformações. Consigo me relacionar facilmente com gente assim.

Você não acha que o seu som ficou claramente mais pop e bem produzido com o passar dos anos? O álbum “Soviet kitsch” (2004), no caso, tem momentos de puro rock
Regina - Não. É difícil dizer quem você é, eu apenas sento e faço uma música. Mas quando eu faço isso, não sinto se está vindo algo pop ou não. Veja [a música] “Human of the year”: quando fiz [o álbum] “Begin to hope” (2006) eu tive canções como o single “Better”, que é considerado mais pop. Mas eu o escrevi quando tinha 18 anos, ou seja, era bem mais velho do que as canções de “Soviet kitsch”. Em muitos dos meus álbuns eu coloco canções de diferentes épocas de minha vida. “Blue lips” é muito velha.



Você sabia que uma de suas músicas (“Fidelity”) entrou na trilha de uma novela brasileira (“A favorita”) e isso a ajudou a ficar famosa no país? O que acha de ter tantas canções usadas em comerciais e filmes?
Regina - Soube agora pouco! Eu adoro estar em qualquer tipo de filme ou programa de TV, é uma grande chance de ter meu trabalho escutado e ser ouvida por alguém que nunca soube de mim. Não me importo nem com o conteúdo, é um privilégio ser descoberta por meio de uma revista ou por uma trilha sonora.

Você assistiu a “500 dias com ela?” A música “Us” toca no começo do filme e é a canção que define o casal protagonista

Regina - Sabe o diretor do filme, Marc Webb? Ele dirigiu os clipes de “Better” e “Fidelity”, então ficamos amigos. Acredito que por isso ele escolheu minha música. E a maneira como ele a usou é ótima!

Sua família se mudou da União Soviética durante a Perestroika. Depois você viveu em países como Itália, Áustria e Estados Unidos. Essas experiências de vida a influenciaram musicalmente?
Regina - Eu acredito que a maior importância do meu crescimento foi a paixão que desenvolvi pela música clássica. É um gênero tão rico! Você escuta Beethoven e depois começa com Tchaikovsky, depois com Bach, depois com Chopin... E vai longe. Em Nova York escutava muito Beatles e, para mim, eles são tão influentes quanto música clássica. Gosto também de músicas russas, de bares (risos).



Quando ficará pronto o musical da Broadway que você está escrevendo, baseado no conto de “A bela adormecida?"
Regina - É muito difícil escrever um musical inteiro: não escrevo a letra, apenas a melodia. É muito diferente, mas é uma ótima experiência. Ele é baseado no conto, mas é muito diferente: a história se passa no futuro, em um mundo pós-moderno. Ele mostra a ideia do que as pessoas consideram belo neste mundo. Esperamos que seja lançado no começo de 2012 e, se estivermos sorte, no final de 2011.

É verdade que você já escreveu mais de 700 músicas?

Regina - Provavelmente, mas eu esqueço a maioria depois (risos).

Os seus shows têm momentos em que você toca guitarra e até canta uma música apenas batucando em uma cadeira. Como será a estrutura da apresentação brasileira?
Regina - É um show bem similar, comigo, um piano e músicos no cello, violino e bateria. Em “Boobing for apples” eu toco guitarra, mas, bem, você vão ver que eu não sei tocá-la tão bem assim (risos).

* Entrevista publicada no G1

A útima sessão do Gemini


Ele não tinha pipoca com azeite trufado, projeção em tecnologia 3D nem som desenvolvido por George Lucas, mas, mesmo assim, era um dos cinemas mais queridos pelos paulistanos. Fechou as portas na noite deste domingo (26) o Gemini, tradicional cinema de rua da Avenida Paulista.

Fundada em 1975, a casa teve o seu fim anunciado na semana passada. “É verdade que hoje é o último dia do cinema?”, perguntou um homem à caixa da bilheteria, que dava tickets de papel (o lugar não tinha sistema de cartão de crédito) a quem pagasse R$ 14 para assistir à última sessão, das 21h40, com um filme chamado, ironicamente, de “Cabeça a prêmio”.

“Não posso dizer que é uma honra ter um filme meu fechando um cinema, quando, na verdade, queria ter um servindo para abrir”, diz o ator Marco Ricca, diretor de “Cabeça a prêmio”, por telefone ao G1. “Passei minha juventude no Gemini, você podia ir lá que sempre tinha filme bom. Era um local que lutava por exibir filmes alternativos. Mais um que acaba”, lamenta.

Nos últimos anos, com o avanço dos cinemas de shopping, dedicados a blockbusters, o Gemini se tornou uma espécie de refúgio para os apreciadores da sétima arte, que viam na casa um “símbolo de resistência” mesmo com todos os seus defeitos.

Os filmes ali exibidos já podiam ser alugados em DVD ou Blu-ray, com qualidade superior à da projeção das duas salas, cujas poltronas de couro não reclinavam nem tinham apoio para bebidas, pernas e o que mais se possa imaginar. O tapete da bela sala de espera muitas vezes cheirava a mofo e não era incomum encontrar meninos de rua durante as solitárias sessões das tardes, que tinham como espectadores cinéfilos, estudantes do cursinho e da faculdade em frente ou apenas pessoas que estavam ali “fazendo hora” antes de uma reunião ou do médico.


'Tudo pode dar certo'
“Eu tenho todo um carinho por aqui, era o cinema perfeito. Comecei a vir em 2008 quando me mudei de Belém para São Paulo. Estava desempregado na época, vinha sozinho. O primeiro filme que vi foi ‘Traídos pelo destino’”, recorda o jornalista Thyago Gadelha, que enfrentou a chuva paulistana para assistir "Cabeça a prêmio".

“Vinha aqui desde a época do cursinho. Quando você vai ver um filme no shopping, você tem um passeio pronto, sabe onde comer. Aqui não, o foco era apenas o cinema”, completou o químico Fábio Dias, de 26 anos.

No domingo havia quatro funcionários trabalhando no Gemini. Nenhum deles aceitou dar entrevista – apenas se soube que eles tinham sido avisados sobre o fim do cinema dias antes. Um faxineiro revelou torcer para alguém investir e salvar o local, cujo destino é incerto.

Antes de a exibição de “Cabeça a prêmio”, o público fez uma pequena fila em frente à bilheteria, cena incomum nos últimos anos. Muitos tiravam fotos com seus celulares e câmeras digitais. “É triste ver as pessoas fazendo isso”, disse a economista Marina Pacini, de 25 anos, que às 19h50 assistiu a “Tudo pode dar certo”, de Woody Allen.

Um nome de filme que seria muito mais sugestivo para encerrar as atividades do Gemini.

* Matéria publicada no G1

22 de set. de 2010

Miike Snow toca em São Paulo após show no Rio financiado por fãs

Com tantos artistas internacionais de peso vindo para o Brasil, as apresentações da banda sueca Miike Snow por São Paulo e Porto Alegre tinham tudo para passarem despercebidas. Até a mobilização de 60 fãs cariocas do grupo alternativo, que pagaram do próprio bolso um show extra no Rio, que aconteceu na última segunda-feira (20).

“Todos nós ficamos empolgados, nos sentimos muito honrados. Nunca soubemos de algo parecido e, quanto mais casos assim acontecerem, melhor. O incrível da internet é esse contato pessoal que acontece facilmente que ela proporciona”, diz Pontus Winnberg, em entrevista por telefone ao G1.



Ao lado do vocalista Andrew Wyatt e Christian Karlsson, ele forma o projeto musical que surgiu há três anos a partir do Bloodshy & Avant, dupla de produtores que ganhou fama no começo da década passada ao produzir faixas de estrelas pop como Madonna, Kylie Minogue e, principalmente, Britney Spears. Eles, aliás, que são os autores de “Toxic”.

“Não nos incomoda ser chamados de ‘os produtores de Toxic’. Somos o Miike Snow, é por ele que viajamos pelo mundo. Não nos importa como as pessoas nos conhece, o importante é saírem do show cantando nossas músicas”, diz Winnberg.

 

A banda toca nesta quarta-feira (22) em São Paulo, no Estúdio Emme, a partir das 23h (ingressos a R$ 80). O show, explica o músico, só tem faixas do primeiro e único álbum grupo, lançado em 2009. O disco, aliás, esteve em diversas listas de melhores do ano e produziu sucessos como “Animal”, “Black and blue”, “Burial” e o hit “Silvia”, cujos remixes ganharam as pistas de dança.

“Ao contrário do álbum não usamos nada de eletrônico no palco, somos uma banda mesmo. Ainda buscamos uma maneira de conseguir apresentar nossos remixes ao vivo”, explica o músico, que assim como Wyatt e Karlsson costuma se apresentar de máscara nas primeiras músicas de cada apresentação.



Ele e Karlsson são amigos de infância e, ao ldo de Wyatt, criaram um estúdio em Estocolmo, que visa produzir novos artistas, principalmente aqueles da “geração MySpace”. A cantora portuguesa Sky Ferreira foi uma das primeiras a assinar com o trio. Jovens revelações, como Lykke Li, também já gravaram algumas músicas por lá.

Bem humorado, Winnberg tem uma teoria bem peculiar para explicar a fama de seu país ser um ótimo exportador de música pop. “Talvez por ser frio e escuro. Não temos muito o que fazer por lá”, ri.

* Matéria publicada no G1


Promo ge-ni-al da nova temporada de The Office




Fica só mais um ano, Steve Carell, fica...

20 de set. de 2010

'Criamos uma nova maneira de fazer videoclipes', diz baixista do OK Go

 

A carreira de uma banda pode mudar de rumo graças a uma música, a uma gravadora ou mesmo devido a um empresário. No caso do OK Go, a fama veio a partir de oito esteiras de corrida. O grupo de Chicago, formado originalmente em 1998, virou febre mundial com um clipe musical que se tornou um dos vídeos mais famosos da história do YouTube.

Desde 31 de julho de 2006, mais de 52 milhões de pessoas já assistiram ao videoclipe em que os quatro músicos da banda protagonizam uma divertida coreografia de dança em cima de esteiras em movimento. “Esse vídeo nasceu de um erro”, ri Tim Nordwind, baixista do OK Go, em entrevista por telefone ao G1.
O OK Go se apresenta às 22h na premiação Video Music Brasil, da MTV, nesta quinta-feira (16) e realiza show na sexta-feira (17), em São Paulo, e, no sábado (18), em Porto Alegre.

“A indústria fonográfica tradicional estava ruindo e, aos nossos olhos, havia diversos tipos de espaços e plataformas para trabalharmos além da MTV e do rádio”, cita. “A indústria via os clipes como uma simples propaganda de um disco, então se punha muito dinheiro nisso, o que hoje não acontece tanto. Nossos vídeos são projetos artísticos de ideias nossas e boas ideias podem ser baratas. Críamos um novo gênero, uma nova maneira de fazer videoclipes”, acredita.


YouTube virou patrão
Com o sucesso virtual, o OK Go se tornou uma das primeiras bandas a entrar no sistema de parcerias do YouTube, ou seja, o portal de vídeos do Google os paga de acordo com o número de acessos que cada vídeo da banda apresentar – o filme só precisa ter um pequeno anúncio em forma de pop-up. “É dinheiro, ótimo, mas é só mais uma maneira alternativa de ganhar um troco. Não é nada que nos faça ficar aposentados”, brinca Nordwind.


Desde “Here it goes again” o OK Go lançou uma série de clipes inovadores, divertidos e com extremo potencial de se espalhar pela na web. O segredo da banda é ficar de olho naquilo de amador que faz sucesso no YouTube – em especial material que utiliza técnicas simples de filmagem, como o stop motion e o plano sequência, que não exige cortes de edição.

“Cada vídeo é diferente do outro. A segunda versão de 'This too shall pass' demorou sete meses para ficar pronta, sendo dois deles apenas de brainstorming sobre o que queríamos fazer. Ela foi patrocinado por uma empresa de seguro e, pela quantidade de voluntários que trabalharam nela, deveria custar US$ 7 milhões. No fim custou US$ 100 mil, 200 mil dólares. Foi extremamente barato”, diz.

Críticos da banda costumam argumentar que o OK Go utiliza os videoclipes para disfarçar o som da banda – que seria ruim, no caso. Nordwind diz não se importar com isso e também nega que os clipes ponham no grupo a fama de “engraçadinhos”.


“As pessoas esperam algo inesperado de nós, há sempre uma expectativa de surpresa. Nosso show ao vivo traz esse elemento para a audiência, ele tem bastante energia e momentos especiais que ninguém espera. É bastante divertido”, promete o baixista, que aponta o diretor de clipes Eric Wareheim como o melhor da atualidade.

“Já viu ‘Pon de floor’ do Major Lazer? É absurdo, tem uma dança sensual e psicodélica, algo que nunca vi antes”, comenta Tim, que não pensa duas vezes ao ser perguntado sobre qual o melhor vídeo de todos os tempos do YouTube.

“'Charlie bit my finger'. É um clássico!”

* Matéria publicada no G1

13 de set. de 2010

Usher with lasers

Curto um laser verde. Daquele brega que o RPM exibia nos seus shows há 20 anos, até aquele que fazia desenhinho no ar, que o Coldplay usava (ainda usa?) na hora de tocar "Clocks" em suas apresentações ao vivo.

Bem, esse nariz de cera só serviu para eu embedar o vídeo abaixo, do Usher no VMA's. MANO, olha quanto laser, é praticamente uma suruba!


U2 + Homem-Aranha = FAIL

Daí você lê que Bono e The Edge escrevendo canções para um musical do Homem-Aranha e pensa, "poxa, que massa". Daí você assiste ao vídeo abaixo e pensa, "poxa, que mierda".

12 de set. de 2010

Skank lança 2º álbum ao vivo e diz que nunca quis fazer acústico

“Temos muito tesão de entrar em estúdio”. É assim que o baterista do Skank, Haroldo Ferreti, resume a discografia da banda, em entrevista ao G1. Com 19 anos de estrada e 11 álbuns lançados, o grupo divulga na próxima semana o seu segundo registro ao vivo: um show no Mineirão para mais de 50 mil pessoas que virou CD e DVD pelo canal Multishow. A apresentação também vai ao ar neste domingo (12), às 22h30.

Segundo Ferreti, os integrantes não se preocuparam em criar novos arranjos para as 31 músicas que entraram no disco duplo. “É o que já fazíamos nos shows. Só temos ‘Tanto’, que saiu dos nosso repertório há um tempo e o Samuel puxou de improviso, e ‘Ali’, que o pessoal sempre pede”, explica, citando faixas de CDs de 1993 e de 2004.

Pelo repertório do show, é possível perceber como o estilo musical do grupo mineiro sofreu uma metamorfose ao longo dos anos, do reggae com ska de “Calango” (1994) a um certo brit pop da velha-guarda que marcou os últimos discos a partir de “Cosmotron”(2003).

Ao assistir a gravação, nota-se que “Jackie tequila”, “Te ver” e outras “das antigas” animaram muito mais o público do Mineirão, mas Ferreti não acredita que faixas mais recentes, como a balada “Ainda gosto dela”, não sejam também “de estádio”.

“A banda mudou, tivemos algumas rupturas e o público passou a nos enxergar desse jeito. ‘Resposta’ foi lançado há 12 anos depois de uma série de músicas vibrantes, então nada mais choca. Os fãs também apreciam a ‘fase violão’: veja um DVD do Queen e me diga se ‘Love of my life’ não é música de estádio também?”, provoca.

“’De repente’, que é uma das três músicas inéditas do CD, é um reggae que parece de nosso primeiro disco”, completa.

‘Não basta ser músico, tem de participar’
Apesar da forte ligação que o Skank tem com a capital mineira, Ferreti comenta que essa foi a primeira vez que a banda gravou um material ao vivo na cidade. E por se tratar do segundo registro desse tipo do grupo (em 2001 eles fizeram um "MTV ao vivo" em Ouro Preto), fica difícil não fazer a pergunta sobre o clássico - e manjado - projeto acústico, item que falta na discografia dos músicos.

“Toda vez que renovamos contrato com a gravadora ou lançamos algo novo surge o tema do acústico. Mas nunca tivemos vontade de fazer um! Não vou dizer nunca, quem sabe um dia não fazemos uma releitura ‘desvalvulada’ de nosso cancioneiro?”, brinca.

O baterista cita que a escolha pelo estádio do Mineirão para a gravação foi até óbvia, devido a ligação do Skank com o esporte bretão – além do hino “Uma partida de futebol”, a banda chegou a ter um uniforme oficial, criado por uma fabricante esportiva.

Ferreti diz que a sensação de tocar no estádio “dificilmente irá se repetir”. Isso pode ser visto na reação dos integrantes durante o show – em certos momentos, o guitarrista e vocalista Samuel Rosa pega uma câmera de vídeo portátil e filma o público. O material é depois editado pelo baterista, que o disponibiliza no site oficial do grupo.

Outra curiosidade é que dá para notar o próprio Ferreti, em um trecho específico, apontando o seu celular para a plateia. “Foi um momento de registrar e twittar. O Skank, modéstia à parte, usa bem as novidades tecnológicas e se dedica a dar informações aos fãs. Hoje em dia não basta ser músico, tem de participar.”


* Matéria publicada no G1

10 de set. de 2010

A garota da capa

Não sei você, mas eu fiquei hipnotizado quando vi no começo do ano a figura da garota que estampa a capa de "Contra", do Vampire Weekend. Linda, linda, linda.


Nem fazia ideia de que se tratava de uma imagem de 1983, da modelo Ann Kirsten Kennis, que agora resolveu processar o grupo em US$ 2 milhões por suposto uso indevido da imagem.

A Vanity Fair foi atrás de outras fotos dela e, de boa, brochei. A única coisa que presta no book da mina é justamente a imagem que saiu no disco. Sente o drama dos trabalhos de Ann "modelando".





















E vejam a tia hoje, com um jeito de quem precisa de US$ 2 milhões na conta...


"Sô rykah"

Kate Moss = Olympia

Sente a capa de "Olympia", novo álbum do Bryan Ferry ("slave to loooooove"). O nome faz referência ao quadro do Manet - e a pose da modelo, ninguém menos que Kate Moss, faz uma releitura da obra. 


 Abaixo, o quadro para quem não conhece o trabalho do francês impressionista (post arrogante, eu sei). Tipo, nada parecido, mas curti a ideia.

8 de set. de 2010

Pela volta da caipirice do Kings of Leon

Ouçam e vejam "Radioactive", single do novo álbum dos sobrinhos do tio Leon, "Come around the sundown".




Só eu tenho saudades daquele tempo em que Caleb e companhia não pareciam modelos da Gap e não eram U2 wannabes?

PS: Comentário maldoso: tem coisa mais clichê que chutar bola com criançadinha do 3º mundo?

1 de set. de 2010

'I guess he's an Xbox and I'm more Atari'

O clipe final de 'Fuck You', do Cee-Lo Green, é ainda mais legal do que aquele outro que estava rolando.


40 filmes, 40 dancinhas

Se você não imitou os passos de pelo menos dez longas dessa lista, amigo, você não é feliz.

US$ 30 mil pelo filme do Pirate Bay (and couting...)

O diretor sueco Simon Klose passou os últimos dois anos acompanhado os três revolucionários que criaram o Pirate Bay. Desde então foram 200 horas de filmagem, segundo suas contas.

Para finalizar o documentário “The Pirate Bay: away from keaboard”, ele criou uma campanha na internet para arrecadar US$ 20 mil: o objetivo é contratar um editor e uma sala de edição profissionais para que se possa fazer a montagem da produção. Em apenas três dias, mais de mil usuários do site doaram US$ 30 mil ao projet.



Em menos de um mês começará em Estocolmo, na Suécia, o início do julgamento do recurso que condenou, em abril de 2009, os três criadores do Pirate Bay e um investidor há um ano de prisão e a pagarem US$ 4,5 milhões de multa por crimes de propriedade intelectual.

As sessões judiciais também farão parte do documentário, que deverá ser lançado em 2011. Além de ser registrado com a licença de código aberto, e livre de direitos autorais, Creative Commons, o filme será distribuído gratuitamente na internet.

“Dizem que compartilhamento de arquivos é matar a criatividade, mas para mim a resposta é simples: não acredito nisso. Acredito em novas formas de se premiar a cultura. Essa [campanha] é uma maneira”, marreta Klose.

30 de ago. de 2010

Ben Folds + Pomplamoose + Nick Hornby

Você vai ficar com esse refrão na cabeça o dia inteiro.

Liniers entrevista Ricardo Darín

 


Interpol: Barricade

Single bacana, clipe ótimo. Pena que o último CD seja uma lástima.

Glee + Jimmy Fallon + Tina Fey + Jon Hamm + Jorge Garcia + Nina Dobrev + Joel McHale = Bruce Springsteen

O melhor do Emmy 2010 - depois das vitórias de Modern Family e do Jim Parsons, claro.

'Jackie nunca poderia ser a esposa de Tony Soprano', brinca Edie Falco


Edie Falco é uma das atrizes mais importantes da TV americana deste século. Dona de três prêmios Emmy, a eterna Carmela de “Família Soprano” volta nesta noite a maior premiação da TV americana com uma personagem muito diferente da esposa do mafioso Tony Soprano.

Sua enfermeira Jackie não tem o cabelo armado nem jóias ostentosas, mas um corte moderninho e uma humilde aliança na mão esquerda – que esconde ao marcar seus encontros sexuais com o farmacêutico do hospital, que lhe fornece os remédios do qual é viciada.

“Tenho de dizer que tenho sorte, estou sempre melhorando. Sempre acho que estou em algo ótimo, mas daí vem algo e supera. Tenho muitos amigos da minha idade que não conseguem se sustentar como atores. Sou muito agradecida”, diz a atriz ao G1, em entrevista por telefone.

No Emmy 2010, que será transmitido ao vivo no Brasil pelos canais fechados AXN e Sony a partir das 20h, tanto Edie quanto “Nurse Jackie” concorrem em categorias importantes – melhor série cômica e melhor atriz de comédia, no caso.

Os holofotes devem estar direcionados para “Glee”, “Mad men”, “Modern family” e “The pacific”, os favoritos da noite, mas com Edie sempre é bom não brincar. Ela não é favorita ao prêmio que disputa com feras como Tina Fey (“30 rock”), Toni Collete (“United states of Tara”) e Julia Louis-Dreyfus (“The new adventures of old Christine”), mas sua personagem é muito significativa por representar um modelo de protagonista em moda na televisão dos EUA: o anti-herói.

Sua personagem cativa mesmo sendo uma figura socialmente errada - esposa infiel e viciada em drogas. “As pessoas estão cansadas do ideal perfeito do herói, então entendem muito mais os defeitos do anti-herói. O público em geral está mais aberto, existe hoje uma mudança de apetite, diria”, explica Edie, que ri ao ser perguntada sobre qual é o segredo de uma enfermeira nada vaidosa (e grosseira) que, em certo momento do programa, é cortejada por três personagens.

“Os roteiristas vieram com essa [história], não sei”, ri. “Acho que há algo atraente em alguém que não se parece com ninguém. Isso tende a chamar a atenção. Jackie é ótima no que faz, é confiante, faz tudo rápido e bem”, resume.

Questionada então se Jackie poderia ser esposa de Tony Soprano, Edie novamente acha graça. “Ela nunca poderia ser a esposa de Tony, nem em 1 milhão de anos! Ela é o oposto do tipo de mulher que ele gosta. Ela não se importa muito com o visual, vai para o trabalho e pronto. E também não liga para o que os outros pensam dela”.

'A TV me dá o que preciso'
Na 2ª temporada de “Nurse Jackie”, exibida no país pelo canal a cabo Studio Universal, Jackie sofre ainda mais com os conflitos de se levar uma vida dupla. “Sua vida pessoal que sofre com seus vícios, não sua habilidade profissional”, acredita Edie. “Acho que Jackie precisaria ir à terapia e, claro, parar com as drogas. Fazer os 12 passos do AA (Alcoólicos Anônimos) ou algo assim. Mas acho que ela nunca vai fazer isso”, ri.

A atriz diz não acreditar que “Família Soprano” possa render um filme, como se especula há tantos anos. Comenta até que ficaria surpresa se isso um dia se tornasse verdade – e aproveita para explicar que não ficou presa à Carmela após o fim da premiada produção do HBO, que ficou no ar entre 1999 e 2007.

“Quando acabou, acabou. Sinto o mesmo em relação a Jackie: sou ela no set, mas quando a gravação acaba, em minha casa sou apenas Edie, a mamãe”, explica a atriz, mãe de dois filhos adotivos.

Após “Sopranos”, Edie se arriscou no teatro e no cinema. Mas não tem jeito, parece que ela foi feita apenas para o tubo, hoje LCD e plasma – em 2008, inclusive, ela foi indicada ao Emmy pela sua participação especial na comédia “30 rock”.

“Minha experiência pessoal diz que os papéis que acho mais interessantes estão na televisão. No cinema eles são sempre estereotipados, parecem com algo que já fiz e isso não me atrai. Voltei para a TV porque ela me dá o que preciso”.
 # Matéria publicada originalmente no G1

Jerry Stiller visita o verdadeiro apartamento dos Costanza

É emocionante, acreditem.

 

O retorno

Desculpem a ausência por esses meses - posso falar aqui no plural ou no singular -  mas a mudança de trabalho, de relacionamento, enfim, de vida, fez-me ignorar este nobre espaço, pensar no seu significado e em algumas mudanças.

Ele vinha se tornando um mero espaço para republicar aquilo que faço profissionalmente, o que nunca fui meu objetivo. Agora, e prometo, farei do Daqui pra Lá! um roteador, um hub daquilo que encontro na rua, digo, na internet.

Espero que goste (m) dessa nova fase.

Com carinho,

GM

18 de mai. de 2010

'Eu não vejo TV', brinca coelhinha da 'Playboy' e estrela de reality show

 Ela se diz modelo, atriz e até cantora. Mas, na verdade, é difícil pensar em uma profissão ou atividade que melhor defina Kendra Wilkinson sem ser “ex-namorada de Hugh Hefner”.

A loira de 24 anos é uma das coelhinhas mais famosas que o criador da “Playboy” teve ao longo de seus 84 anos. Algo digno de nota, que deve ser creditado a um reality show que manteve ao lado de Holly Madison e Bridget Marquardt, o “The girls of the Playboy mansion”.

Durante quatro anos, o trio teve o posto oficial de namoradas do bon vivant, com direito a ter sua vida filmada pelas câmeras de TV. À primeira vista, o programa parecia um convite a um universo de futilidade e luxúria. Mas o que se viu foi um show divertido, com ótimas histórias protagonizadas pelas carismáticas “playmates”.

As garotas amadureceram desde então e foram substituídas em 2009 por outras três jovens loiras platinadas. Kendra ganhou seu próprio reality show, sobre sua vida pós-mansão ao lado do novo namorado, um jogador de futebol americano. Desde então casou, virou dona de casa e teve seu primeiro filho.

O programa registrou recorde de audiência em sua estreia. Deu tão certo, que nesta quinta-feira (13), às 21h30, o E! lança sua 2ª temporada no Brasil. Divertida e piadista, Kendra falou por telefone ao G1 sobre as novidades que vêm por aí.

O que essa temporada terá de novo, além do bebê?
Kendra Wilkinson - A 2ª temporada é bem diferente da primeira. É mais pé no chão, real. A primeira tinha muita ação e falação, agora acho que os fãs vão me conhecer melhor, saber quem eu realmente sou. Ah, e minha família aparece bem mais.

Os boatos de que você estaria grávida novamente são verdadeiros? Como a maternidade mudou a sua vida?
Kendra - Não, não! Não sou louca! (risos) Estou esperando mais uns dois anos (para engravidar). Ser mãe foi a experiência mais linda da minha vida, eu nasci para isso. Amo cada passo de ser mãe, sabe? É tão divertido, cada segundo representa uma novidade e estar envolvida com cada momento do crescimento de uma nova vida é algo que não consigo explicar. É a coisa mais linda que se possa ter.

Como é hoje o seu relacionamento com Hugh, Holly e Bridget?
Kendra - Hugh e eu nunca fomos muitos próximos quando estávamos juntos, mas nos sentimos especiais um para o outro e agora fazemos questão de ter isso. Eu, Bridget e Holly temos nossas vidas, não somos de sair ou coisa do tipo. Às vezes nos encontramos em algum evento ou trocamos torpedos. Nem somos amigas de Facebook. (risos)
 
Você gostou do “The girls of the Playboy mansion” com as novas coelhinhas?
Kendra - Eu não assisti muito, mas gosto daquela garota, a Crystal. Mas não entendo o que acontece com aquelas gêmeas... Não é um tipo de show que eu veja. Fico feliz por Hugh, quero que ele atinja seus objetivos, o importante é ele estar feliz.
 
Não ver TV não é algo controverso?
Kendra - Não assisto TV, mas adoro ver Discovery Channel. Gosto muito desse novo programa “Vida”, já viu? Adoro esses programas do tipo “Planeta Terra”, sobre animais e nosso planeta.

Não é estranho ter cada segundo de sua vida documentado para o mundo inteiro assistir?

Kendra - Eu acho o máximo. Mas, falando a verdade, às vezes é dolorido. Não posso olhar para trás e falar algo ruim, porque deixo minha vida à mostra para os outros julgarem. Sou uma pessoa diferente, que gosta de abrir sua própria vida. Por isso agradeço a quem me assiste, pois isso é fazer parte da minha vida também. Se vocês continuarem assistindo, a porta da minha casa estará sempre aberta.

O que difere o seu reality show dos outros que existem por aí?
Kendra - Eu acho que o álcool não é o personagem principal, ao contrário de muitos por aí. Tenho uma personalidade própria que não precisa de bebida. (risos). Não vou mais posar nua para a “Playboy”, agora me concentro em ser a melhor mãe e esposa que posso ser. Meu futuro é agora.

Você sabe algo sobre o Brasil?
Kendra - Adoro seus biquínis! Eles ficam ótimos no meu corpo. (risos)

17 de mai. de 2010

Mulheres à frente de seus tempos marcam as HQs 'Kiki' e 'Bordados'


Já estão à venda nas livrarias brasileiras dois dos quadrinhos que vão estar na lista dos melhores que sairão por aqui neste ano: “Kiki de Montparnasse” (Editora Galera Record) e “Bordados” (Quadrinhos na Cia).

Feministas a sua maneira, as duas obras retratam com intimidade e curiosidade o papel de mulheres à frente de seu tempo -  em épocas diferentes.

Em “Bordados”, elas conversam timidamente sobre homens, relacionamentos e sexo. Na sociedade machista em que vivem são alvo de casamentos arranjados e cirurgias de reconstituição de hímen (para serem “eternas virgens”).

Já em “Kiki de Montparnasse”, ela surge um exemplo de libertina, que vive a liberdade sexual e emocional. Ela é alcoólatra, usuária de drogas e não acredita em casamentos.

O curioso é que o primeiro exemplo é do século 21, enquanto o segundo é do período entre a 1ª e 2ª Guerra Mundial.

Mulher de verdade
“Kiki” é uma premiada HQ francesa, que chega ao Brasil com três anos de atraso. Ela conta a história de Alice Prin, uma camponesa da Borgonha que se tornaria a grande musa de uma Paris boêmia e efervescente pós-1920. Ela nasceu de mãe solteira e passou a infância nas ruas até ser criada afetuosamente pela avó materna.

Alice foi uma artista, que flertou com a pintura, cinema, dança e canto. Durante a adolescência, chegou a se prostituir para sobreviver a pão e vinho. Quis o destino (e sua ousadia) que ela tivesse a seu redor mentes brilhantes, como a dos pintores Moïse Kisling, Fujita Tsuguharu e Pablo Picaso, do fotógrafo surrealista Man Ray e do escritor Tristan Tzara (criador do movimento Dada).

 Foi aí que Alice virou Kiki, a rainha do bairro de Montparnasse. Modelo de diversos artistas de vanguarda, ela conheceu na época não apenas a liberdade sexual, mas também a intelectual. Kiki, apesar de toda a polêmica em torno de seu nome, é um dos principais exemplos da emancipação feminina no século 20.

Dividido em quase 30 capítulos, o livro é uma rica biografia. Realizada pela dupla francesa Catel Muller (arte) e José-Louis Bocquet (roteiro), a obra possui traços e narrativas simples, ótimos até para quem não é lá muito fã do gênero.

Laços de família
Já “Bordados” leva a assinatura da iraniana Marjane Satrapi. Autora de “Persépolis”, graphic novel que rendeu um documentário indicado ao Oscar, a artista volta-se novamente à própria família para revelar o mundo feminino dentro do machista Irã.

É tradição no país, após o almoço, que os homens tirem para um cochilo - enquanto as mulheres tiram, adivinhem, a mesa. Marjane costumava ser a responsável pela preparação do samovar, um tradicional chá de bule iraniano.

O costume é um pretexto para suas familiares “tricotarem”, como se diz no Brasil. “Falar mal dos outros é ventilar o coração”, diz sua avó, viciada em ópio.

Aos poucos, a autora arranca camadas da sociedade iraniana. Para falar francamente de virgindade, casamento e traição, ela pega exemplos de casos íntimos, como o de uma prima, mãe de quatro filhos e que nunca viu um pênis (seu marido a obriga a transar no escuro).

 Já outra tia, que sonhava viver no Ocidente, aceitou casar com um desconhecido, sendo que o próprio não esteve presente no casamento – ela posou para as fotos ao lado de um porta-retrato!

"Bordados” traz uma crítica política e social muito forte com diálogos divertidos e histórias curiosas. Apesar do título do livro remeter à fofoca, ele também é uma expressão iraniana para o procedimento cirúrgico que algumas mulheres se submetem para reconstituírem seus hímens – para que os futuros maridos acreditem que estejam casando com virgens.

O grande trunfo dele é revelar que, quando reunidas, mulher é igual em qualquer país e o assunto é sempre o mesmo. Basta trocar o chá do samovar por uma rodada de Cosmopolitan que "Bordados" vira praticamente um “Sex and the city”.

* Matéria publicada no G1 em 12/5/2010

Justin Bieber vira 'Justin Biba' em paródia virtual de Helio de La Peña

 
“Sou pequeno pra sair do armário, mas nunca deixei de olhar pro Mário”. Quem imaginaria ver o fenômeno teen Justin Bieber cantando isso em frente às câmeras, com as mãos no bolso do inseparável moletom e balançando a franja ao mesmo tempo?

 O casseta Helio de La Peña e o grupo de humor Galo Frito imaginaram. Os comediantes produziram para a internet uma paródia do clipe de “Baby”, o maior sucesso do cantor adolescente. O vídeo, lançado com exclusividade pelo G1 nesta segunda-feira (10), traz o artista questionando sua própria sexualidade.

“Essas meninas ficam comigo para eu parecer machinho, mas ninguém me dá tesão como o Renatão”, canta a atriz Patrícia dos Reis, caracterizada de Bieber – “Justin Biba”, no caso.

O Galo Frito é formado por alunos de publicidade da cidade de Itajaí (SC), que em 2006 exibiam seus trabalhos no canal de TV da faculdade. Com a revolução do vídeo que o YouTube proporcionou a jovens filmmakers do mundo todo, eles também passaram a publicar seus materiais no portal de vídeos do Google.

 Desde então, já fizeram para a web curtas, séries (caso da recente “Perdidos”, uma sátira a “Lost”) e esquetes. A trupe fez sucesso mesmo após o vídeo “Dancing Lula”, uma montagem que trazia o presidente nacional dançando ao som de Daft Punk.

Para este ano, a novidade principal são as paródias de videoclipes: os roqueiros coloridos do Cine foram as primeiras vítimas. “Foi um desafio gravar a música, fiquei cerca de 1h30 cantando sem parar para poder chegar num tom bom”, ri Mederijohn Corumbá, quando perguntado sobre como conseguiu imitar o fiapo de voz de Bieber, um cantor de apenas 16 anos.

Pego de cuecas
No clipe, Hélio faz o papel do rapper Ludacris, que participa da música original. O próprio comediante admite que não conhecia Bieber até a produção do clipe. Ele aceitou o convite para entrar na brincadeira a partir de um blog, que lhe recomendou o trabalho do grupo.

“Hoje a gente vive a velocidade da informação, a interatividade entre o criador e o público consumidor. O fã fala comigo quando estou em casa de cuecas! É uma troca mais intensa, mas bem bacana”, explica de La Peña.

 A equipe do Galo Frito é quem paga por toda a produção de seus filmes. Quando souberam do interesse de Hélio, não pensaram duas vezes em viajar até o Rio. “É tudo pelo amor à arte”, resume Corumbá, que diz ter se emocionado ao trabalhar com o integrante do “Casseta & Planeta”. “Nunca imaginei que um dia estaria dirigindo um grande mestre do humor. O Hélio é muito aberto a novidades da internet e quer entrar cada vez mais nesse mundo”, acredita.

“A galera agora vem da internet, do YouTube e de performances stand up. Hoje tem mais gente produzindo, mas, por outro lado, você tá concorrendo com mais pessoas. A rapidez de hoje é a grande diferença. A gente pode entender melhor o que o público tá querendo. E o admirador também tem mais mecanismos de cobrar qualidade, de reclamar quando não gosta.”, explica de La Peña, que se diz um entusiasta das tecnologias digitais.

“Quando surgimos (o 'Casseta & Planeta' é uma fusão dos jornais ‘Casseta popular’ e ‘Planeta diário’), criávamos uma piada que chegava ao leitor dois, três meses depois. Hoje ela chega um segundo depois que você publica”, compara ele, que já pensa em utilizar Justin Bieber no humorístico da TV Globo.

“O clipe ficou bem divertido. Fizemos piadas com o Jonas Brothers, com o McFly, a banda Fresno vai ao ar nesta terça-feira (11), o NX Zero tá vindo gravar com a gente... Quem sabe não pinta o Justin por aí!”


* Matéria publicada no G1 em 10/5/2010

16 de mai. de 2010

Thalita Rebouças ganha quadro de futebol na Globo e gibi em ‘Luluzinha’

 A escritora Thalita Rebouças, autora da popular série de livros “Fala sério”, foi convidada neste mês para escrever o roteiro da edição de maio do gibi “Luluzinha teen e sua turma”, versão adolescente da personagem criada por Marjorie Henderson Buell em 1932.

“Aprendi a gostar de ler graças aos gibis do ‘Fantasma’, da ‘Turma da Mônica’, ‘Tio Patinhas e até mesmo ‘Asterix’”, explica a autora, que vendeu 500 mil livros lançados no país de acordo com sua editora, a Rocco.

Thalita já tinha ganhado uma versão animada de si mesmo em dezembro, em uma edição da mesma revista. Dessa vez, ela preferiu assinar a história que, segundo a escritora, tem como tema a amizade. Nela, Luluzinha é nomeada representante de sua escola para um congresso estudantil. Lá ela conhecerá novos paqueras, para desespero de Bolinha - agora magro e apaixonado por Lulu.

O gibi tem conteúdo exclusivo para a internet, como tirinhas e vídeos que interagem com o conteúdo impresso.

Que cena!
Além do gibi, Thalita tem outras duas novidades para esta semana. Agora mesmo está em Portugal para o lançamento de seu 5ª livro por lá, cuja série “Fala sério” ganhou o curioso nome de “Que cena”. Mas ela garante que só o título é diferente.

 “Adolescente é tudo a mesma coisa, só muda de endereço. Mas uma diferença que senti lá é que os jovens portugueses respeitam muito mais os professores. É uma autoridade intacta que, infelizmente, se perdeu por aqui”, comenta.

No domingo (9), ela também estreia um novo quadro no “Esporte espetacular”, o “EE de bolsa”. O programete surgiu na internet e traz Thalita tentando de entender as regras do futebol.

“Já sei quantos jogadores o técnico convoca para a Copa do Mundo e aprendi o que é tiro de meta. Mas o impedimento ainda é um grande segredo”, brinca.

Em novembro, a escritora irá lançar o seu primeiro livro com um protagonista masculino. Ainda sem título, a obra irá mostrar a relação entre garotos e garotas de 12 anos em um colégio. Ela diz não temer uma certa rejeição dos meninos ao trabalho, afinal, Thalita é conhecida como autora de “livros de menininha”.

“Existe um certo preconceito porque a capa dos meus livros é rosa, mas tem muito menino que os lê escondido, sabia? Menina não tem esse preconceito, lê de tudo. O Ziraldo que me disso isso e é verdade”, diz. “Aliás, por que menina pode ler ‘Menino Maluquinho’ e menino não pode me ler?”, reclama, com bom humor.


* Matéria publicada no G1 em 7/5/2010

Desenho ‘Caverna do dragão’ ganha peça de teatro infantil em São Paulo

 

O desenho “Caverna do dragão”, um dos ícones cults da década de 1980, está de volta à moda em uma montagem teatral que estreia neste sábado (8) em São Paulo. Com direção e roteiro de Gilda Vandenbrande, o espetáculo faz uma livre tradução da animação que teve apenas 27 episódios produzidos entre 1983 a 1986 – e repetidos a exaustão desde então.

 “Quando pensamos em produzir um infantil, não queríamos falar de novo de Chapeuzinho Vermelho ou Cinderela. Logo me lembrei de ‘Caverna do dragão’, um desenho que atravessa gerações”, explica o ator Tiago Pessoa, produtor da peça e também intérprete do cavaleiro Eric.

“Caverna do dragão” fala sobre um grupo de jovens que conhece um mundo mágico após atravessar um portal escondido dentro de um parque de diversões. Para voltarem ao mundo real, eles ganham a ajuda do Mestre dos Magos, um mago enigmático que fornece a eles armas mágicas.

 Porém, a travessia para o mundo real é sempre atrapalhada graças às investidas do vilão O Vingador e seus comparsas de sempre.

Enfim, um final
A montagem faz uma interpretação livre do desenho, já que ele nunca chegou a ter um episódio final. O desfecho da trama teatral foi criado a partir da união do roteiro dos episódios televisivos que foram ao ar com os vários textos sobre o fim do programa que existem pela internet.

Porém, a “liberdade poética” mais polêmica é o uso de uma mulher, Delurdes Moares, para o papel do Mestre dos Magos. “O símbolo do Mestre dos Magos é a sabedoria, a experiência. Isso não tem sexo”, afirma a atriz.

 O elenco é formado por rostos, em sua maioria, desconhecidos. Uma exceção é o jovem Rodolfo Valente (Bobby), conhecido por ter sido o Pedrinho da recente adaptação televisiva de “Sítio do pica-pau amarelo”.

Para criar os efeitos especiais da série, o espetáculo usa jogos de luz, de sonorização e projeções. A montanha-russa que serve de passagem dos jovens para o mundo mágico é uma projeção, adianta Gilda. Os efeitos de magia criados por Presto são feitos por spots, enquanto armas acendem e desligam com pequenos interruptores que ficam escondidos aos olhos dos públicos.

* Matéria publicada em 06/5/2010

15 de mai. de 2010

'Modern family' faz divertida crítica dos estereótipos da sociedade atual


O marido e pai infantil, o filho lesado, a filha adolescente bonitona e fútil, a mulher que é exemplo de esposa e mãe... Durante décadas, essa é a fórmula de sucesso das sitcoms americanas que abordam questões familiares.

Com “Modern family”, nova comédia de meia-hora da Fox que estreia nesta segunda-feira (3), às 22h, todos esses elementos estão presentes. Mas com um olhar, como o título já sugere, mais contemporâneo.

A série foi desenvolvida pelos mesmos criadores da premiada “Frasier”, e assim que estreou no 2º semestre do ano passado foi apontada como a nova comédia do ano pela crítica americana. Ao assistir aos dois episódios que serão exibidos nesta noite dá para entender o motivo.

 O programa segue o cotidiano da família Pritchett e suas ramificações. Jay (Ed O’Neill, de volta as comédias pela primeira vez desde o eterno Al Bundy, de ‘Married with children’) é o patriarca, pai de Claire (Julie Bowen) e Mitchell (Jesse Tyler Fergunson).

Sua filha é uma dona de casa insegura, mãe de duas crianças e uma pré-adolescente, mas cujo marido (Phil, vivido por Ty Burrell), na crise da meia-idade, é o verdadeiro bebê da família. Já Mitchell é um advogado careta e gay, que viaja até o Vietnã para adotar um bebê ao lado parceiro, o afetado Cameron (o ótimo Eric Stonestreet).

Fecha a turma a nova esposa de Jay, Gloria (Sofía Vergara), uma bela colombiana mãe de Manny (Rico Rodriguez), um simpático gordinho de 11 anos que se acha adulto.

O que amarra esses três núcleos familiares é a educação dos filhos. Jay não quer repetir com o enteado os erros do casamento anterior. Julie e Mitchell não querem dar aos seus rebentos os maus-exemplos que tiveram com os pais, e por aí vai.

Falso documentário
Uma das (boas) sacadas de “Modern family” é o formato: a série é um falso documentário (“mockumentary”), igual “The office”. Uma câmera acompanha os atores em cena, mas não chega a interagir com eles.

 Em alguns momentos, os personagens fazem relatórios para as lentes, igual àqueles comerciais antigos da Brastemp. Nessas horas os personagens, como se estivessem em um grande paredão, tiram suas máscaras e confidenciam aquilo que não mostram nas cenas. Afinal, de perto ninguém é normal.

Para esses momentos serem engraçados em um programa que não é gravado em frente a um público ao vivo, geralmente responsável por aquelas risadas forçadas, dignas de “Chaves” ao fundo, “Modern family” tem dois trunfos. Primeiramente, o elenco, talentoso e de excelente timing cômico. Depois, o roteiro.

Em um momento em que o “humor do bem” está na moda, o programa é uma ótima válvula de escape para os fãs do politicamente incorreto. Os personagens são estereotipados e a série brinca com os diversos tipos de situações que existem no mundo globalizado de hoje - sem medo de, às vezes, de até soar preconceituosa.

Todo tipo de piada clichê envolvendo imigrantes ilegais, homossexuais e pobreza de países subdesenvolvidos são expostos logo no episódio desta noite. Mas de maneira sutil, distribuída em pequenas situações do cotidiano que costumam passar despercerbidas.

“Modern family” já foi renovada para uma 2ª temporada nos EUA. Seu poder de fogo, dizem, será realmente testado durante o próximo Emmy, em agosto. Até o momento, a série foi um pouco ofuscada pelo fenômeno pop “Glee”. Na primeira disputa entre os dois, no Globo de Ouro deste ano, o seriado musical se saiu vencedor.

* Uma curiosidade em relação à trama: apesar de se julgarem parte de uma família moderna, nenhuma das mulheres trabalha, de fato, na atração.

** Matéria publicada no G1 em 3/5/2010

Estrelas de séries antigas são trunfo da inédita ‘Parenthood’


 “Parenthood” é uma série que já começou dramática antes mesmo de ser lançada. Programado para estrear em setembro passado, o show teve sua première adiada por diversas vezes em razão de problemas de saúde no elenco e na produção.

Em maio de 2009, uma das principais produtoras do seriado morreu em pleno set. Dois meses depois, a atriz principal Maura Tierney (“ER”) foi diagnosticada com câncer de mama e precisou sair da atração em novembro.

Com esses impasses, a série só conseguiu estrear em março nos EUA. Nesta quinta-feira (15), às 21h, ela chega ao Brasil – a partir da semana que vem seu horário muda para às 22h, como todos os lançamentos do canal Liv (antigo People + Arts).

Turma de peso

“Parenthood” é baseado no filme “O tiro que não saiu pela culatra”, de 1989, dirigido por Ron Howard e com Steve Martin no elenco. A série é um drama sobre os Braverman, que têm no patriarca Zeek (Craig T. Nelson, de ‘The district”) a referência da família.

Laura Graham, a eterna Lorelai de “Gilmore girls”, dá a vida a Sarah, uma mãe solteira de dois adolescentes rebeldes e filhos de um roqueiro drogado. Com a separação, e sem condições financeiras, ela se refugia na casa dos pais, na cidade em que cresceu e viveu o primeiro amor.

Seu irmão, Adam (Peter Krause, de “Dirty sexy money” e “A sete palmos”), é casado com Kristina (Monica Potter, de “Boston legal”). Os dois aparentam viver um perfeito “american way of life”, mas lutam para educar seus dois filhos – o caçula é autista - sem a influência do pais.

 Julia (Erika Christensen) e Crosby (Dax Shepard) fecham a lista. Ela é uma advogada workaholic, cuja filha prefere a companhia do pai nos momentos de lazer. Ele é um rapaz imaturo, pressionado pela namorada que deseja um filho, mas que logo descobre ser pai de uma criança de um antigo relacionamento.

Prepare o seu lenço
O episódio piloto de “Parenthood” faz uma breve introdução de cada um (vários) dos personagens. Apesar de ser uma produção dramática, dedicada a esmiuçar a vida de cada membro da família Braverman, a série tem lá suas doses de comédia.

Dentre os diversos núcleos que existem dentro da trama, destaca-se o de Sarah. Laura Graham surpreende para quem entrou no lugar de Maura Tierney aos 45 minutos do 2º tempo, o que a levou a refazer diversas cenas que já tinham sido gravadas.

A construção da personagem, aliás, assemelha-se bastante a Lorelai. Sua Sarah possui um certo tom cômico que talvez não existiria na de Maura.

“Parenthood” é série para quem gosta de dramas familiares repletos de momentos de conflitos entre pais e filhos à la “Brothers & sisters”. Mas, aparentemente, sem as diversas tragédias que assolam a família Walker.

* Matéria publicada no G1 em 15/4/2010

'Não esperava ser uma musa nerd', diz atriz brasileira Morena Baccarin

 

Quem a vê em cena não imagina que seja brasileira. Seu inglês não tem aquele sotaque latino afetado, tão comum nas produções americanas. Tampouco faz a linha sul-americana fogosa, outro trejeito muito popular nos programas de lá.

A carioca Morena Baccarin, 30 anos (20 deles morando nos Estados Unidos), é hoje uma das representantes tupiniquins mais importantes de Hollywood. Protagonista da série de ficção científica “V”, exibida no Brasil pelo Warner Channel desde o começo de abril, ela tem o seu rosto estampado em capas de revistas, outdoors e até ônibus no exterior.

“É uma surpresa!", comenta ao G1 sobre a fama. "Tinham fãs da série no aeroporto daqui me esperando, tirei fotos e dei autógrafos”, revela ela, que esteve na capital paulista nesta semana para divulgar a atração no País.

“V” é uma remake da minissérie “V – A batalha final”, que foi ao ar na TV Globo há duas décadas. Nela, alienígenas espalham naves por 29 grandes cidades do mundo, uma sinopse digna dos filmes catastróficos de Roland Emmerch. A diferença é que os “visitantes” alegam estar em missão de paz.

A porta-voz dos invasores é Anna (Morena), a líder. Com os passar dos episódios, ela vira a vilã da série. "Minha personagem é muito malvada, as pessoas têm até medo de mim na rua. A Anna fala: ‘estamos chegando em paz, só precisamos dos minerais, água e coisas assim, por isso vamos lhes dar seguro de saúde, energia para seu planeta e não faremos nada de mal’. Mas dá para sacar que não é bem assim”, diz, com um leve “carioquês”.

 Quase 'Avatar'
A série é uma produção de custo elevado, com diversos tipos de efeitos especiais. Morena é justamente quem mais “sofre” no elenco por isso, pois grava quase todas as cenas em um grande estúdio com panos verdes espalhados por todos os lados.

Graças à tecnologia digital, o cenário aparece na TV como o interior de uma nave especial. “Tenho de usar bastante a minha imaginação para fazer as cenas, é até cansativo”, revela.

Mas ela não acha estranho esse tipo de situação. Dentre as várias participações que fez em séries americanas, as mais conhecidas são aquelas em produções de ficção científica, como “Firefly” e “Stargate SG-1”. Seria ela uma musa nerd então?

“Provavelmente sim”, diverte-se. “Acho legal esse universo, os fãs são super fiéis e apaixonadíssimos por ficção científica. Eu me sinto honrada por ser parte desse mundo, mas não era uma coisa que eu esperava”.

Das séries para as novelas?
A 1ª temporada de “V” terá 12 episódios, mas não se sabe ainda se será renovada para mais um ano. Ao estrear nos EUA, no canal ABC, a audiência do programa foi superior ao piloto de “Lost”. Porém, o programa teve de ser interrompido por três meses, justamente pelo alto custo de produção.

Passado o hiato, os números no ibope ficam piores a cada semana. “Isso é ‘news’ para mim”, irrita-se, com elegância. “O canal já esperava que fosse dar uma caidinha após esse ‘break’, mas na semana passada subimos de novo. A gente não possui controle nenhum de quem vai cancelar ou qual vai ser cancelada. Então é curtir e esperar: temos de fazer o nosso trabalho de qualquer jeito e se não for nessa vai ser em outra”, comenta.

A atriz aproveita a deixa para opinar sobre o mercado de Hollywood. No caso, para atores de outros países. “Agora está muito mais aberto para todo mundo. As pessoas dos Estados Unidos estão aceitando todas as nacionalidades, não há o mesmo preconceito que existia antes”, acredita.

A verdade é que Morena já recebeu convites para estrelar novelas brasileiras. Se “V” realmente for cancelada, eles deverão aumentar. E vontade para aceitá-los, bem, ela diz que tem. “Se for o papel certo, claro!”, empolga-se.

* Matéria publicada no G1 em 29/4/2010

Fenômeno pop da TV paga, 'Glee' ganha reforço de Madonna

Vai ao ar nesta terça-feira (20), na TV americana, um esperado especial sobre Madonna. Serão apresentados sete hits de várias fases da cantora em um programa de uma hora. As músicas, aliás, estarão à venda no iTunes logo depois de a atração ir ao ar, para serem ouvidas em iPhones e iPads. O "especial", no caso, é um episódio inédito da série “Glee”.

No ar há menos de um ano, o seriado sobre um clube musical formado por estudantes renegados de um colégio do Estado americano de Ohio, mostrou-se um sucesso de audiência e de crítica – foi eleita a melhor série de comédia no Globo de Ouro e SAG Awards.

Porém, mais importante, revelou-se também uma máquina de fazer dinheiro. Na internet, principalmente. As faixas apresentadas no seriado musical são colocadas à venda na loja virtual da Apple. As músicas são regravações de artistas que vão de Neil Diamond a Beyoncé. Desde sua estreia, o programa vendeu mais de 4 milhões de singles no iTunes, emplacou mais de 20 faixas no Top 100 da Billboard e rendeu duas trilhas sonoras.

“Hoje os jovens têm uma maneira diferente de conhecer música. Você escolhe uma canção no iTunes e ele lhe sugere 400 com o mesmo estilo. Adoro que o show possa fazer isso agora”, revela ao G1 Ryan Murphy, co-criador e produtor executivo de ‘Glee’.

 De olho no fenômeno (e no dinheiro), Madonna liberou todo seu repertório para o uso da Fox, que exibe o seriado nos EUA e no Brasil. Ela não vai se arrepender: o disco “Glee: the power of Madonna”, em pré-venda no iTunes, já é o álbum mais vendido no site antes mesmo do episódio especial ser exibido.

Atualmente em hiato no Brasil, a série retorna ao ar por aqui com novos episódios no segundo semestre.

Universo multimídia
“Glee” representa para a TV o mesmo que “Avatar” para o cinema. O programa é uma experiência à parte quando comparado a outros programas. Não há nada igual.

Há alguns anos, os seriados americanos são construídos para não serem apenas um produto televisivo, mas parte de um universo multimídia. Um exemplo é “Lost”, cuja trama é complementada em episódios feitos para iPod e celulares, jogos online de realidade alternativa e até livros de ficção.

O diferencial de “Glee” foi descobrir aí um plano de negócio: ele estimula o telespectador a consumi-lo em outras mídias e a pagar por isso “Acho que esse é o primeiro programa de TV que atinge todo a curva demográfica da audiência. Você não vê mais isso, televisão cada vez mais fala com um nicho específico. O piloto foi baixado por 2 milhões de pessoas na Fox.com”, afirma Murphy.

Devido ao sucesso, os atores da série farão shows musicais em uma turnê pelos Estados Unidos neste ano. Para compor o elenco da 2ª temporada, serão feitas audições pela rede social MySpace.

Na semana passada, a Fox criou um aplicativo do seriado para o iPhone e iPad. Trata-se de um karaokê, em que o internauta paga pelo download das músicas de cada episódio e compartilha suas performances vocais com os amigos que também utilizarem a ferramenta. Ou seja: qualquer pessoa pode criar o seu próprio clube musical.

E no Brasil?
Para o roteirista Newton Cannito, que recentemente lançou o livro “A televisão na era digital” (Editora Summus), a TV brasileira ainda não tem um exemplo como “Lost” ou “Glee” porque “a indústria ainda está travada”.

“É uma questão de mudar o cérebro. O raciocínio da era digital mostra que um programa deve estar presente em todas as mídias, inclusive as não digitais. O espectador de hoje acompanha a TV fora da TV. O raciocínio tem de ser baseado primeiro pelo conteúdo, não se isso ou aquilo vai dar algum dinheiro. O cara gosta de ‘Glee’, não de celular, ele vai acessar a qualquer conteúdo da série em qualquer mídia.”, acredita.

O próprio Cannito tentou emplacar o modelo em sua minissérie” 9MM: São Paulo” (Fox). A produção rendeu websódios, episódios exclusivos para a internet, e um livro. As duas histórias servem de complemento para a atração, como se fora da TV ela adquirisse um universo particular.

“Se você não está presente em todas as mídias, não existe uma impressão de realidade. Esse tipo de ação gera uma mídia espontânea muito grande, dá a sensação de que a série ocupa toda a cidade.”

* Matéria publicada no G1 em 20/4/10

Enfermeiras são promovidas a protagonistas nas séries americanas

A série “Mercy”, que estreia nesta terça-feira, às 21h no Liv, segue uma tendência na TV americana: dramas médicos. Mas não estamos nos referindo aos doutores de jalecos brancos, com estetoscópio no pescoço e aparência de modelo de roupa íntima, tão comuns em “Grey’s anatomy” ou “ER”.

De eternas personagens secundárias, daquelas que sempre apareciam ao fundo da cena, praticamente desfocadas, as enfermeiras chegaram à linha de frente.

Nos EUA, já são três séries com elas como protagonistas. Além de “Mercy”, faz sucesso por lá a “dramédia” “Nurse Jackie” - exibida no Brasil pelo Studio Universal - e “Hawthorne”, que chega por aqui em setembro, no mesmo Liv (ex-People + Arts).

“Mercy” traça o cotidiano de três enfermeiras de um hospital de Nova Jersey. Veronica (Taylor Schiling) é uma veterana da Guerra do Iraque, que busca reconstruir a vida após anos de luta no Oriente Médio. Sonia (Jaime Lee Kirschner) e Chloe (Michelle Trachtenberg) são suas colegas e melhores amigas.

Receituário de sempre
É comum ver nas três atrações os conflitos que existem entre médicos e enfermeiros. Enquanto os primeiros são retratados como seres racionais, os segundos aparentam serem mais emotivos. E a impressão que fica é que os últimos são sempre os responsáveis pelo trabalho sujo de um hospital.

A disputa de poder entre eles também é outra constante. Um diálogo básico presente em momentos assim termina com o médico ressaltando seu poder hierárquico. As séries sobre enfermeiros também seguem uma certa fórmula de sucesso. Em “Nurse Jackie” e “Mercy”, por exemplo, existe a figura de um enfermeiro gay e fofoqueiro, cuja tarefa é ser o conselheiro da classe feminina.

A tensão sexual entre médicos e enfermeiras é outra constante – em “Mercy”, tal qual “Grey’s anatomy”, a cada episódio há pelo menos uma cena de alguém se atracando no almoxarifado após uma sutura bem realizada.

No Brasil, ainda não há uma enfermeira como protagonista da TV nacional. Mas há de se lembrar que elas costumam roubarem a cena nos folhetins em que participam – vide a polêmica Alzira (Flávia Alessandra), uma dançarina que se fingia passar por enfermeira na novela “Duas caras”, e a interesseira Raquel (Letícia Birkheuer), de “Desejo proibido”.

Dos enfermeiros nacionais que atualmente estão no ar, dois valem uma menção em especial. Na nova sitcom "S.O.S. Emergência", da Globo, Anderson (Fábio Lago) é um garanhão que tem um caso com a doutora Veruska, vivida por Maria Clara Gueiros - pois é, aqui eles não têm fama de homossexuais, como no exterior...

Mais “low profile”, a enfermeira da vez nas novelas é Vitória, interpretada por Cristina Flores em “Viver a vida”. A personagem faz parte da equipe médica que cuida da modelo tetraplégica Luciana (Alinne Moraes).

Para a construção de Vitória, Cristina visitou o Hospital do Fundão, no Rio, e conheceu a enfermeira Marinalva. “Fiquei muito impressionada com a importância dela no tratamento dos pacientes”, revela.

“Presenciei sua visita a um garoto com lesão medular. Ela entrou no quarto com uma energia e uma força tão grande, que  transformava aquela situação triste em algo positivo. Estruturei a Vitória a partir da Marinalva”.

Para a atriz, o público tem a curiosidade de se ver em situações extremas, o que explica o sucesso dos programas médicos. Ela nega ter visto algum preconceito na relação entre médicos e enfermeiros, mas adianta que aprendeu, com a personagem, as funções de cada funcionário de um hospital.

“O médico cuida da doença. O enfermeiro, da pessoa”.

* Matéria publicada no G1 em 13/4/10

17 de abr. de 2010

Ex-RBD apela para a magia em nova série da Fox


Um ano e meio depois do fim do RBD, Cristopher Von Uckerman está de volta ä mídia. Com os cabelos mais curtos e barba meticulosamente desleixada, pouco lembrando os seus tempos de “y soy rebelde”, o ator e cantor é a principal atração de “Kdabra”, série da Fox que estreia na próxima quarta-feira (14), às 22h.

O seriado, gravado na Colômbia, é a primeira ficção em espanhol produzida pelo canal fechado. A trama, com pitadas de realismo fantástico, tem como protagonista o adolescente Luca (Uckerman), um garoto criado dentro de uma comunidade elaborada por seu pai para protegê-lo do mundo exterior. O jovem sofre de narcolepsia e tem sonhos sobrenaturais a cada desmaio.

Luca é um rapaz especial, aprendiz de mágico desde pequeno. Cansado da eterna vigília, ele foge da comunidade e encontra pelo caminho pessoas misteriosas que talvez expliquem suas visões. Uma delas será o ilusionista René (Damián Alcázar), principal atração do hotel e cassino Majestic, dedicado apenas a shows de mágicas.

Uckerman está no Brasil para divulgar “Kdabra” e realizar alguns shows até o final de semana. Ele bateu um papo com o G1 no hotel que está hospedado em São Paulo.

O que o atraiu em “Kdabra”?
Foi um conjunto de coisas. A magia, o mistério, a originalidade do tema, os atores, a ambição do projeto... É uma história super original!

A possibilidade de falar com um público que não é fã de RBD também pesou?
Definitivamente! Essa é uma das coisas que mais me chamou a atenção. Tenho um público que talvez não veja novelas. Esse projeto tem uma parte criativa enorme, o seu visual é impressionante, pois foi todo gravado em HD. Até o público nerd vai gostar (risos).

Você já tinha se interessado por mágica antes de fazer o Luca?
 
Sempre gostei, desde pequeno. Eu comprava os kits de mágica, eles eram legais, mas nada comparado ao que faço no seriado. Tive uma preparação de duas semanas de mágica intensiva. Pratiquei e pratiquei para aprender os truques.

A série tem vários efeitos especiais. No primeiro episódio, você até levita. Houve alguma cena bacana ou difícil de fazer?
Para mim, a mais difícil foi uma em que estou submerso em um tanque d’água e estou amarrado. Nela eu tenho de me soltar em um curto espaço de tempo, antes que caíssem lanças sobre mim e eu me queimasse no fogo.

A música-tema de “Kdabra” ("Vivir soñando") é sua e, inclusive, já tem uma versão em português. Como está o seu português depois de tantas passagens pelo Brasil?  
Não está tão bom como na canção! Na hora de gravar a faixa de um disco em outro idioma você tem um “treinador vocal” por perto. Um dos músicos que tenho agora é brasileiro e ele me ajuda a falar português. Ele pergunta se prefiro o acento do Rio ou o de São Paulo. (risos)

Em comunidades do Orkut já é possível encontrar os 13 episódios de “Kdabra” para download, inclusive com legendas em português. Qual sua opinião sobre isso?
Que incrível, não? (risos) Por um lado é bom, porque falam da série antes, mas, veja, eu os convido a assistir “Kdabra” pela Fox, em HD! É difícil ter uma opinião, não dá para dimensionar a problema. Penso que do jeito que está não haverá mais música daqui a pouco, porque não haverá mais negócios. Onde ficam os músicos com essa história? Mas eu entendo quem faz o download. No México há muitas pessoas que não têm recursos para comprar um disco de US$ 10, então os filhos o baixam ou pedem para o pai comprar no pirata por muito menos. É um assunto bastante complicado, tem de haver um balanço.

* Matéria publicada no G1