17 de abr. de 2010

Ex-RBD apela para a magia em nova série da Fox


Um ano e meio depois do fim do RBD, Cristopher Von Uckerman está de volta ä mídia. Com os cabelos mais curtos e barba meticulosamente desleixada, pouco lembrando os seus tempos de “y soy rebelde”, o ator e cantor é a principal atração de “Kdabra”, série da Fox que estreia na próxima quarta-feira (14), às 22h.

O seriado, gravado na Colômbia, é a primeira ficção em espanhol produzida pelo canal fechado. A trama, com pitadas de realismo fantástico, tem como protagonista o adolescente Luca (Uckerman), um garoto criado dentro de uma comunidade elaborada por seu pai para protegê-lo do mundo exterior. O jovem sofre de narcolepsia e tem sonhos sobrenaturais a cada desmaio.

Luca é um rapaz especial, aprendiz de mágico desde pequeno. Cansado da eterna vigília, ele foge da comunidade e encontra pelo caminho pessoas misteriosas que talvez expliquem suas visões. Uma delas será o ilusionista René (Damián Alcázar), principal atração do hotel e cassino Majestic, dedicado apenas a shows de mágicas.

Uckerman está no Brasil para divulgar “Kdabra” e realizar alguns shows até o final de semana. Ele bateu um papo com o G1 no hotel que está hospedado em São Paulo.

O que o atraiu em “Kdabra”?
Foi um conjunto de coisas. A magia, o mistério, a originalidade do tema, os atores, a ambição do projeto... É uma história super original!

A possibilidade de falar com um público que não é fã de RBD também pesou?
Definitivamente! Essa é uma das coisas que mais me chamou a atenção. Tenho um público que talvez não veja novelas. Esse projeto tem uma parte criativa enorme, o seu visual é impressionante, pois foi todo gravado em HD. Até o público nerd vai gostar (risos).

Você já tinha se interessado por mágica antes de fazer o Luca?
 
Sempre gostei, desde pequeno. Eu comprava os kits de mágica, eles eram legais, mas nada comparado ao que faço no seriado. Tive uma preparação de duas semanas de mágica intensiva. Pratiquei e pratiquei para aprender os truques.

A série tem vários efeitos especiais. No primeiro episódio, você até levita. Houve alguma cena bacana ou difícil de fazer?
Para mim, a mais difícil foi uma em que estou submerso em um tanque d’água e estou amarrado. Nela eu tenho de me soltar em um curto espaço de tempo, antes que caíssem lanças sobre mim e eu me queimasse no fogo.

A música-tema de “Kdabra” ("Vivir soñando") é sua e, inclusive, já tem uma versão em português. Como está o seu português depois de tantas passagens pelo Brasil?  
Não está tão bom como na canção! Na hora de gravar a faixa de um disco em outro idioma você tem um “treinador vocal” por perto. Um dos músicos que tenho agora é brasileiro e ele me ajuda a falar português. Ele pergunta se prefiro o acento do Rio ou o de São Paulo. (risos)

Em comunidades do Orkut já é possível encontrar os 13 episódios de “Kdabra” para download, inclusive com legendas em português. Qual sua opinião sobre isso?
Que incrível, não? (risos) Por um lado é bom, porque falam da série antes, mas, veja, eu os convido a assistir “Kdabra” pela Fox, em HD! É difícil ter uma opinião, não dá para dimensionar a problema. Penso que do jeito que está não haverá mais música daqui a pouco, porque não haverá mais negócios. Onde ficam os músicos com essa história? Mas eu entendo quem faz o download. No México há muitas pessoas que não têm recursos para comprar um disco de US$ 10, então os filhos o baixam ou pedem para o pai comprar no pirata por muito menos. É um assunto bastante complicado, tem de haver um balanço.

* Matéria publicada no G1