A minha concepção de o que é Arte sempre foi básica, a mais popular. Um Michelangelo, um Da Vinci, aquelas coisas esquisitas do Picasso. Pensava que sabia de tudo, apesar de não saber a diferença entre um Monet e um Manet. Ainda bem, que o caipira que aqui escreve, resolveu se fixar e morar na capital paulista. Fui a exposições, entrevistei artistas plásticos - inclusive fiquei amigo de um. Tive um ano pra lá de anormal!
Em minha primeira semana de aula, matei a vontade que me acometia há anos e anos: visitar o MASP. Quando passava de carro pela Avenida Paulista e via aquele prédio estranho, morria de vontade de saber o que tinha lá dentro. Acabei descobrindo o "recheio" do prédio de Chateaubriand: Portinari, Tarsila e, acreditem, um Van Gogh. Rapaz, quase tive um treco. Não agüentei à emoção de ver um Miró na parede. Nossa, na televisão é tão diferente!, falei a mim mesmo. Parecia criança em Natal, ao ver o Papai Noel.
Agora eu sei que arte não se resume à pintura, à pinceladas. Arte pode ser de tudo, desde um vídeo criticando a sociedade até tijolos serem usados como malas. Malas? Isso mesmo. Artistas, como Guto Lacaz, dão usos inusitados a objetos de nosso cotidiano. Quem diria que eu veria uma tesoura não ser usada apenas para recortar? Um lápis poder fazer outra coisa além de escrever? Arte é algo feito para pensar, para chocar, para se admirar. Arte tem que fazer o observador se transformar em outra pessoa após vê-la. Pode ser um choque ou uma admiração. Chique, né?
Hoje tenho uma "bagagem artística" bem bacana. Outro dia, assistindo a O Sorriso de Monalisa, comentei para minha mãe uma passagem do filme: 'Ei, aquilo é do Picasso! São as suas Mademoiselles d´Avignon!". A mama me olhou estranha, nem piscava. Apenas balbuciou: "Co.. Como é que você sabe isso?". Senti-me como se fosse um crítico de arte, um ser acima do bem e do mal. Olhei para ela e, para humilhar, não resisti: "Ah, mãe! Qualquer um sabe disso também! Vai me dizer que você não sabia que este quadro representa o início do Cubismo, né?".
Em minha primeira semana de aula, matei a vontade que me acometia há anos e anos: visitar o MASP. Quando passava de carro pela Avenida Paulista e via aquele prédio estranho, morria de vontade de saber o que tinha lá dentro. Acabei descobrindo o "recheio" do prédio de Chateaubriand: Portinari, Tarsila e, acreditem, um Van Gogh. Rapaz, quase tive um treco. Não agüentei à emoção de ver um Miró na parede. Nossa, na televisão é tão diferente!, falei a mim mesmo. Parecia criança em Natal, ao ver o Papai Noel.
Agora eu sei que arte não se resume à pintura, à pinceladas. Arte pode ser de tudo, desde um vídeo criticando a sociedade até tijolos serem usados como malas. Malas? Isso mesmo. Artistas, como Guto Lacaz, dão usos inusitados a objetos de nosso cotidiano. Quem diria que eu veria uma tesoura não ser usada apenas para recortar? Um lápis poder fazer outra coisa além de escrever? Arte é algo feito para pensar, para chocar, para se admirar. Arte tem que fazer o observador se transformar em outra pessoa após vê-la. Pode ser um choque ou uma admiração. Chique, né?
Hoje tenho uma "bagagem artística" bem bacana. Outro dia, assistindo a O Sorriso de Monalisa, comentei para minha mãe uma passagem do filme: 'Ei, aquilo é do Picasso! São as suas Mademoiselles d´Avignon!". A mama me olhou estranha, nem piscava. Apenas balbuciou: "Co.. Como é que você sabe isso?". Senti-me como se fosse um crítico de arte, um ser acima do bem e do mal. Olhei para ela e, para humilhar, não resisti: "Ah, mãe! Qualquer um sabe disso também! Vai me dizer que você não sabia que este quadro representa o início do Cubismo, né?".
A expressão que ela fez merecia uma foto. Foi sensacional!