23 de mai. de 2004



Ontem, debutei, meninas! Fui pela primeira vez numa balada gay, aqui mesmo, em São Paulo. Aniversário de uma amiga da faculdade bem moderninha, gente boníssima e de gosto refinado. Ganhou um consolo de presente. Adorou.

Achei muito bom. Lugar melhor para levar a namorada, impossível. Pode ficar sossegado que não vai ter um mané querendo pegar o teu lugar. Rola um respeito tremendo. Puro preconceito da sociedade, achar que homossexualismo é putaria e poligamia. Não é nada disso, seus babacas! Para mim, foi uma tremenda aula de bons modos e educação.

Lugar, som e pessoas agradáveis. Estou de saco cheio de chegar em casas noturnas e só rolar aquela música eletrônica infernal, um bate-estaca broxante, com pessoas broxantes. Odeio molequinho que não sabe beber ou chegar em mulher. Agarra, puxa, faz pose de Wando e depois sai correndo para batizar o vaso sanitário do banheiro. Ridículo.

Dessa vez, a história era diferente: éramos as pessoas mais jovens do local. Ninguém gritava, fazia escândalo. Os gays sabem o que é se divertir, sabia? Requinte, meus amigos. Não tinha nenhum pé rapado, não! Neguinho bacanudo: roupa de marca, perfumados e bem produzidos. Senti-me rodeados de Wills e Jacks.

A música era sensacional (maldita influência soul e disco de papai!). Quando não rolava um Dj básico, uma dupla cantava ao vivo. Um rapaz nos teclados e uma loira esfuziante. Que voz era aquela? Mandava bala nos sucessos dos anos 70 e 80. Cantarolou um "Total Eclipse Of The Heart" de responsa. Sabia chamar o pessoal para dançar. E como as bibas sabem dançar, moleque! Não é aquele "dá um passinho pra lá e um pra cá, jogando as mãozinhos para o alto". Eita jeitinho sensual de dançar" As mulheres adoram. Algumas, inclusive, tinham a impressão de terem achado o homem de suas vidas.

Voltarei mais vezes, é só me convidarem.

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