Minha primeira volta de carro
Final de semana bacana; fui dar as minhas primeiras voltas no carro da família. Aqui em casa temos um Siena 2002, compartilhado pacificamente.
- Mãe, vou na academia.
- Vai o caramba! Eu que vou!
- Podem ir parando vocês dois! O carro é meu!
Agora existe uma quarta pessoa para participar da confraternização, não é legal? E todos querem passear comigo. "Pisa na embreagem, engata a terceira...". Pai e mãe no carro dando palpite equivalem a centenas de instrutores. Saio até surdo.
Sábado foi a primeira vez em que andei com o carro da família. Como é estranho: o carro é mais leve, vazio e tem uma tal de direção hidráulica que é uma belezura. Mal encosta no volante e ele já vira sozinho. No da auto-escola era um sofrimento; meus braços ficaram até bombados. Aquele esterça pra cá e puxa pra lá era um sofrimento. Embreagem nem se fala. Agora eu só tenho que tocar levemente o pé, no da auto-escola eu tinha que afundá-lo!
Como nasci com o bumbum virado pra lua, choveu pra caramba. Não enxergava bulhufas no retrovisor, e nas rampas, quase que um sorocabano-braço enfia o Picasso na minha traseira (ui!). Enquanto isso, papai dizia com aquele linguajar único e filosófico.
- Cacete! Não olha pro câmbio ao trocar a marcha, porra!
Dirigi acompanhado do Zé Pequeno, impressionante. Na minha primeira curva quase que o carro subiu na guia. Descobri que tudo o que aprendi foi em vão. Tudo errado. Bem que o Filippe me disse: "Você só vai aprender a dirigir quando tirar a carta". Nostradamous caipira!
Se melhorar estraga, não é mesmo? Pois fiquem sabendo que ao voltar pra casa, o carro começou a dar uma chacoalhada.
- Fique tranqüilo que isto é água no pneu.
Chacoalhou mais.
- É... Encosta aí, vai.
Encosto.
- Furou o pneu.
A anta que vos escreve, desatento que só, passou em cima de alguns cacos de vidro. Aprendi a dirigir e a trocar o pneu. Maravilha...
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