18 de mai. de 2004

Babaca, eu??


Estou sabendo que na faculdade eu tenho a fama de preconceituoso. Há dois meses ouço alguns comentários aleatórios sobre tal fato. Pensei que fosse galhofa, mas já tenho a leve impressão que tal suspeita minha é verdadeira: sou tachado de preconceituoso.

Umas únicas coisas das quais eu posso me orgulhar, é não ser invejoso ou preconceituoso. Preconceito, se eu tenho é bem pouco. Sempre tive a cabeça aberta, nunca fiquei dando motivo pra ter raiva ou não gostar de certa pessoal por tal atitude ou tal crença. A péssima mania que eu tenho - e devo aprender a deixar de lado - são as minhas piadinhas. Não adianta; desde pivete eu gosto de chamar à atenção das pessoas. Como não sou bonito nem charmoso, tento ser engraçado.

Sou fã do humor americano, e isto é um problema: brasileiro não entende humor americano. Certa vez, o David Letterman (de quem sou admirador confesso) fez uma piada de humor negro sobre o fato dos taxistas de Nova Iorque serem em sua maioria muçulmanos. Passei mal de tanto rir, e quase fui expulso da sala. "Criei um monstro!", pensou mamãe.

Almoçando com a Irena, vi uma faixa com a inscrição: "Defesa pessoal israelense".

- Rá! Você deve aprender a se defender de pedradas atiradas por um molequinho!

Ela ao menos deu risada (menina bacana!).

Na faculdade, de vez em quando eu solto um comentário engraçadinho. O problema é que eu falo alto, e todo mundo escuta - e odeia. Hoje, disseram que os judeus são um povo sovina. Eis que eu conto aquela velha piada de que o adolescente judeu não tem espinhas porque não abre a mão nem pra se masturbar...

Numa aula, o professor disse que no final do século 19 (acho) a população americana era menor que a brasileira. Não perdi a oportunidade.

- Também, os mexicanos não tinham pulado o muro da fronteira!

De cinqüenta pessoas, creio que dez deram risadas. O pior é que me contaram depois que tem uma aluna descente de mexicanos. Olha o fora!

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