26 de jun. de 2009

Adeus Você (Parte 2)

Lembram que eu fiquei de falar com o Matheus Souza, diretor de Apenas o Fim, sobre a minha teoria de três posts abaixo? Então, ele respondeu por e-mail - mas com o devido cuidado, claro!

Adorei seu texto sobre o filme, rapaz. Também sou fã do não-dito.

Por isso mesmo, não sei se te revelo se sua teoria faz sentido ou não. O que faço?

Abraços,

Matheus.


***

Ah, apenas fala se faz sentido ou não


abs!


G.


***

Faz muito sentido!


Abração!



25 de jun. de 2009

Gone too soon


Pirava jogando Moonwalker no Mega Drive, queria ter a jaqueta vermelha de Thriller e ficava acordado até tarde para ver seus clipes estrearem no Fantástico - fiquei louco quando vi ele se metamorfosear na pantera de Remember the Time, da mesma maneira que quase tive um ataque epilético ao visualizar o uso pioneiro do efeito morphing, de Black or White.

Mas de MJ eu recordo com carinho de um episódios d' Os Simpsons. No episódio Papai Muito Louco, Homer vai parar em um hospício. Seu colega Leon Kompowsky dizia ser o Rei do Pop, mas ninguém acreditava. MJ fez as vozes do grandalhão e ajuda Bart a dar um presente de aniversário inesquecível para Lisa: a bela canção Lisa It's Your Birthday.



Esse era fodão!

24 de jun. de 2009

Entrevistas e mais entrevistas

Tá meio duro se dedicar a esta nobre banda, então deixo com vocês três entrevistas que fiz na semana passada. Uma para o Estadon (A.J. Buckley, da foto) e duas para o Virgula (Stefhany e Inri Cristo).

Inté!

- Geek e louco por Guitar Hero

(O ator A.J.Buckley revela que tem muito em comum com o seu Adam Ross, de 'CSI: NY')

- Stefhany: 'Não manjo nada de internet, nem sei o que é esse tal de Twitter'

- Inri Cristo: 'A internet é algo divino'

18 de jun. de 2009

Adeus Você

Gosto muito do não-dito em um filme. Gosto de finais sem explicações, que deixam infinitas perguntas no ar. O que será que Charlotte disse ao Bob em Encontros e Desencontros? Será que Jesse e Celine, num dos finais mais bonitos do cinema moderno, terminam juntos em Antes do Pôr do Sol? Ninguém sabe.

Filmes que trazem o não-dito têm um lugar especial no meu HD afetivo. Ontem coloquei mais um nesse limitado espaço: Apenas o Fim, do estreante Matheus Souza, de apenas 20 anos. Para quem acha que filme brasileiro se resume apenas a dramas eróticos no nordeste ou às comédias agridoces da Globo Filmes (não chega a ser uma mentira, convenhamos), vale muito dar uma olhadela na película . Ela não está no circuito nacional; aqui em SP está sendo exibida em poucos lugares, enfim, uma pena. Que saia logo em DVD ou alguma alma caridosa a jogue na web.

Para mim, esse é o primeiro filme nacional que fala diretamente com a geração atual - se estiver errado, peço desculpas pela minha ignorância cinematográfica. Eu me encontrei em cada linha do roteiro de Matheus, um pirralho que tem um texto mezzo Kevin Smith mezzo Diablo Cody. No longa inteiro ele nos fornece diálogos inspiradíssimos, cheios de referências nerds e culturais (para fãs de games é um deleite).

Em Apenas o Fim rola o não-dito. Algo irônico, já que o casal do filme, que passa sua última hora juntos antes do término anunciado, conversa sobre tudo e sobre o nada em 60 minutos.

[Antes de dizer qual seria esse não dito, aviso que vou falar de uma cena em especial. Quem não quiser saber qual é, não leia a partir da próxima linha.]

Num determinado momento, antes de partir para um lugar desconhecido e largar o namorado, a menina (Erika Mader) diz para ele imaginar a última música de seu CD favorito, pois é assim que ela estará se sentindo. Matheus não diz qual seria essa música ou álbum, mas fecha o longa com Pois É, dos Los Hermanos. Essa é a penúltima música de 4, o que não é a resposta, obviamente.

Mas acredito que seja um caminho.

Na minha teoria sobre esse não dito, o fato de ele pôr LH para fechar o longa é uma dica. Talvez essa seja a sua banda favorita, o que casa bem com o perfil do puquiano carioca alternativo Tom, vivido por Gregório Duvivier. Ao fazer essa suposição, lembrei da canção que fecha Bloco do Eu Sozinho, o melhor disco dos barbudos: a belíssima Adeus Você.


Enquanto pagava o ticket do estacionamento do shopping, saquei o iPod e selecionei essa faixa. E fui ouvindo até o caminho de casa os seguintes versos:

Adeus você
Eu hoje vou pro lado de lá

Eu tô levando tudo de mim

Que é pra não ter razão pra chorar
Vê se te alimenta
E não pensa que eu fui por não te amar

Cuida do teu
Pra que ninguém te jogue no chão
Procure dividir-se em alguém
Procure-me em qualquer confusão
Levanta e te sustenta
E não pensa que eu fui por não te amar
Quero ver você maior, meu bem
Pra que minha vida siga adiante

Achei incrível essa hipótese. Vou tentar procurar o Matheus e perguntar qual seria o CD predileto de Tom e o que acha de minha teoria. Confesso que não quero que ele diga se estou certo nem nada do tipo.

É o não-dito que tanto me fascina.

17 de jun. de 2009

No Estadon

Nerds S.A.
(Quem ousa zombar deles hoje? Essa espécie faz sucesso entre as garotas e vira trunfo de novelas e séries)

- Não seria zoológico?
(Demos uma espiadinha na Toca dos Leões, a fazenda-cenário do reality show da Record)

- Crias do SNL em comédia maternal
(Uma Mãe para o meu Bebê é o primeiro filme a reunir a ótima dupla Tina Fey e Amy Poehler)

11 de jun. de 2009

No Estadon


Vai aí um murro de efeito CQC?
(Conheça os cérebros que arquitetam aquelas brincadeiras visuais no programa da Band)

- A pisada na bola é dos outros
(O Estado passou um dia na companhia da turma que faz do futebol uma piada)

- Pode preparar o seu gogó
(Inédita no País, 'Glee' é uma comédia meio 'Moulin Rouge', meio 'High School Musical')

5 de jun. de 2009

Gustavo, o gênio


"A primeira vez em que a gente é mandado para fora da sala de aula é algo inesquecível".

Estava dando uma lida agora pouco na linda edição especial que a escritora Ruth Rocha ganhou do Estadinho, pelas mãos da Caramico, em razão dos seus 40 anos de carreira.

Além, claro, da Coleção Vagalume, credito à Ruth uma certa influência por me fazer o escriba que sou hoje. Minha tia Marize me apresentou às principais obras dela durante minha infância. Devorei Marcelo, Marmelo, Martelo e a coleção A Turma da Nossa Rua numa sentada só, quando passei as férias na casa de minha avó Antonia.

Mas o motivo que realmente faz de Ruth uma pessoa inesquecível para mim é a sua presença na primeira vez em que fui mandado para fora de uma sala de aula.

[Antes, um adendo: como a minha mãe (e família) agora lê o DPL!, preciso explicar algo primeiro:[durante minha vida escolar levei uma mera advertência, na 5ª série, porque estava tirando as plaquinhas de identificação das carteiras. E só. E fui "convidado a sair da classe" outras duas vezes. Uma porque falei que a mãe do Osvaldo não se importava com ele, na 7ª série, e outra porque atirei um apontador de netal na cabeça da Daniela. Essa foi no 2º colegial.Posto isso, vamos lá.]

O meu début aconteceu na 2ª série e justamente durante uma prova de português, matéria que sempre, com o perdão do trocadilho, tirei de letra. Parte da redação era sobre a obra Eugênio, o Gênio. Nunca esqueço a capa com aquele burro usando óculos de grau.

Fiquei traumatizado.

Eu estava na dúvida se Ruth tinha agá ou não. Caxias que era, abri a minha mochila da Pakalolo e tirei o livreto. Segurei-o nas minhas coxas e verifiquei. Ok, era com agá mesmo. Nem tive tempo de guardá-lo. A vaca (de tamanho e de caráter) da Annelyse, uma tremendo dedo de seta, gritou "TIA DIVA" e ficou olhando para mim.

A tal tia Diva foi até a minha direção, pegou-me pela mão e me encaminhou até a diretoria. "Que decepção! Justo você, Luiz Gustavo!".

Não tomei suspensão nem advertência. Tampouco acho que ligaram para os meus pais. Não deu em nada, creio. Era bom aluno. Já a Annelyse ficou gostosa e fornida, tipo garota de capa da Sexy Premium, e apresentadora de uma TV online "de Sorocaba e região".

É o que o Google acabou de me mostrar.

* Ilustração: Mariana Massarani

1 de jun. de 2009

PQP!



Com vocês, o game do ano

"Nosso objetivo é virar o Adriano Imperador"

A Entrevista de Sábado desta vez, que está sendo publicado, para variar, numa segunda-feira, é com os meninos da Badalhoca (já que agora eles estão na MTV, preciso dizer essa apresentação clichê hehe).

Sou fã do trabalho do Erik Gustavo e do Ronald Rios. Não gosto muito de entrevistar amigo, mas com esses dois a pauta sempre rende. Nosso bate-papo também saiu no Virgula, mas vocês podem lê-lo por aqui, com uma pergunta a mais que ficou de fora por lá.

***

A Badalhoca é o melhor exemplo brasileiro da chamada "Geração YouTube". Formada há quatro anos por dois estudantes recém-formados do Ensino Médio, que resolveram usar o portal de vídeos do Google para mostrarem suas veias humorísticas, a produtora independente carioca foi criando um público cativo na rede, que pegava os seus vídeos de comédia e os espalhava pela web num tremendo potencial viral.

No case de sucesso de Erik Gustavo e Ronald Rios estão o curta "Você Devia Jogar Basquete", a série "Com a Palavra, Ronald Rios" e uma paródia de uma recente publicidade da Skol, que resultou numa censura por parte da cervejaria.

Como reconhecimento do bom trabalho da dupla, eles foram contratados pela MTV em outubro do ano passado.

Vamos lá?
Ronald Rios: Seja breve, tô saindo pro Projac já, já.

Erik Gustavo: Meu Frappuccino chegou?

Pergunta clássica: como vocês começaram a produzir os vídeos para a web?
RR: Já contei essa história umas 20 vezes... Imprensa preguiçosa! Ela começou com o Erik ali em 2005, 2006, não sei bem. Aí, no final de 2006, eu mandei um projeto dum vídeo para ele e aí eu "joinei" a coisa. Eu achava que a Badalhoca fosse algo maior quando entrei, mas era só ele. Todo mundo pensa que é algo maior, mas nem CNPJ tem.

EG: Até então eu só chamava alguns amigos pra gravar algumas coisas, nada com roteiro. Aí o Ronald tinha um site, Rock de Índio, que eu acabei pedindo pra entrar, colaborar e tal. Daí um belo dia a gente tava conversando sobre esses vídeos e ele tinha uma ideia para um roteiro. Funcionou bem, a gente encontrou uma dinâmica. Daí foi só festa...

RR: .. praia, maconha e comer todas as burguesas em Fernando de Noronha.

Como vocês eram estudantes, que tinham as tardes livres, podiam passar o dia todo se dedicando aos vídeos, não?
RR: Mais ou menos. Eu tinha terminado o Ensino Médio há quase um ano e não tinha entrado na faculdade. Eu não trabalhava nem estudava, então literalmente tudo que eu tinha era fazer os vídeos.

EG: Eu já trabalhava. Pai de ninguém pagou por nenhuma "fita" nossa. Até porque o pai do Ronald abandonou a família né?

RR: Eu tinha um blog bem sucedido, mas isso nunca ajudou ninguém. Eu só ganho brindes (risos). Hoje uma agência me ofereceu um Nike, que sucesso!

EG: Eu tinha um blog mal sucedido.

O vídeo de "Você Devia Jogar Basquete" foi o que pôs a Badalhoca no mapa?
RR: Foi sim e posteriormente com o "Com a Palavra...". Gerou mais matérias e tal.

E recentemente teve a polêmica da Skol, que deve ter mais ajudado vocês do que atrapalhado
RR: Foi melhor ainda, gerou discussão. Quem não veria o vídeo, viu. Fiquei sabendo que reformularam a campanha, agora os comediantes contratados estão fazendo stand-up pra uma plateia de verdade, que nem sempre ri.

EG: Fico feliz que nossas produções surtam efeito positivo na vida das pessoas...

Atrapalhou muito o fato de no começo vocês fazerem muito sucesso, serem alvo de várias entrevistas, mas ao mesmo tempo não ganharem nenhum dinheiro com os vídeos?
RR - Cara, um pouco... A gente entendia que era assim que funcionava, a gente estava mostrando a nossa comédia. Sabia que se continuássemos fazendo as pessoas rirem, uma hora íamos receber para isso. E hoje recebemos! Pouco, mas já recebemos... Acabei de comprar um home theater em 12 parcelas. Pretendo pagar só a primeira.

EG: Sempre pensei em fazer a parada pela graça toda, pelo movimento! Da grana que eu recebia/recebo com meus frilas e trabalhos, sempre guardei uma parte para investir em equipamento. "Dinheiro é consequência" - Erik Gustavo.

RR: Depois da MTV fizemos vídeos promocionais para a "Revista M..". e para a grife Reserva. E agora estamos avaliando outras propostas que surgem sempre. Avaliando: aceitando e esperando aceitarem de volta.

A MTV tem olhado bastante para os novos talentos que surgem na web e depois os integram para a sua programação. Vocês sentem que os canais de comunicação estão se abrindo para essa "geração YouTube"?
RR: As mídias tradicionais daqui estão se abrindo muuuito pouco. É bem pouquinho. Só a MTV que é boa mesmo nisso. Nem falo por trabalhar para eles, mas é a verdade. Se você faz sucesso na web, a MTV vai atrás de você. Eles estão ligados no que é bom no www.

Estão conseguindo pagar as contas após terem entrado na MTV?
RR: Cara... É aquela história: a gente tá crescendo lá dentro. O que eles pagam é um incentivo ainda. Futuramente vamos enviar 2 pilotos (um programa de variedades e uma versão do "Com a Palavra") para termos nosso próprio programa mesmo e aí a gente vai ver o que é. Recebemos um dinheiro que mantém a gente com a cabeça no jogo e nos evita de, sei lá, prestar concurso público.

EG: A gente é tipo o Vasco na 2ª divisão: tá todo mundo ganhando pouco, mas cada um tá dando seu melhor pra chegar na elite.

RR: (Risos) Mas o objetivo é virar o Adriano Imperador: se envolver com umas vagabundas e voltar para a favela.

Nova comparsa

Em tempos em que blogueiro só se preocupa em republicar, retwittar e re-sei-lá-mais-o-quê, é muito bacana conhecer gente nova que se dedica aos verdadeiros blogs moleques, que jogam para a frente, sem três zagueiros e três volantes.

É o caso da Myka Doorks, de 17 anos (mesma idade que comecei a blogar). A atriz escreve belas crônicas no Letra Cereja e vale o clique.

Bem-vinda, nova comparsa! =)