Tinha prometido a mim mesmo que não iria postar nada nesses dias ou mesmo entrar na internet. Explicação: descolei uns dias de folga e vim passar o Natal com meus pais, aqui no Guarujá, no litoral paulista.
Mas cá estou eu, deitado na cama do hotel, usando o notebook de minha mãe, com meus pais/irmão roncando ao meu lado. E não estou usando Wi-Fi não: papis comprou um plano 3G para usarmos especialmente nesses dias.
Pois é, somos uma família tecnoestressada. Acreditem: todos nós quatro trouxemos nossos computadores portáteis. Minha mãe o usa para pagar umas contas e, vai lá, usar a internet. Meu pai checa seus e-mails e confere as notícias. Meu irmão faz a social no Orkut e no Messenger. E eu? Bem, eu trouxe meu notebook com o seguinte propósito: baixei a 3ª temporada de Entourage e usaria o micro como minha TV portátil.
Minha família fica no mesmo hotel há uma década. É um lugar simples, até meio fuleiro, mas os hospedes sempre foram o diferencial do lugar. Fazia uns três anos que não viajava com a minha família para essas bandas, e esse ano quis o destino que isso acontecesse.
E já vejo claramente a mudança tecnológica que abateu os meus familiares (e os próprios hóspedes) durante esse tempo.
Nós nunca ficávamos no quarto, a não ser, dã, para dormir. Sempre tinha alguém para jogar bola, baralho, ping-pong, sinuca ou conversa fora mesmo. Agora só vejo crianças fazendo isso. A lan house do hotel bomba: adolescentes ou jovens dos 20 e poucos anos ficam direto por lá. Eu passo, olho, e me sinto um ancião me dirigindo à piscina com um livro debaixo do braço.
Como está chovendo, minha família está ainda mais tecnoestressada. Meu pai fica o tempo inteiro com dois celulares na mão. Ele descobriu o Nextel e brinca de walkie talkie com a parentaiada de São Paulo. Meu irmão não sai do MSN por nada. Já minha mãe fica tomando um cacete do iTunes para jogar músicas em seu iPod. Claro, todos estão trancafiados no quarto.
Eu sei que isso parece texto de gente velha e ultrapassada. E, gente, eu realmente sou daqueles defensores de que a tecnologia não afasta e ensimesma as pessoas. Mas, agora, tendo isso na pele, confesso que fico meio cabreira. Quando chovia, rolava um baralho, as pessoas se reuniam para ver televisão ou apenas deitavam no sofá e fitavam o teto. Agora cada um pega o seu gadget e entra em uma bolha.
Pior que isso influencia. Eu deveria estar “leno” o meu livro, "conversano" com alguém ou até mesmo "dormino". Mas estou “blogano” às 3h da manhã!
Mas cá estou eu, deitado na cama do hotel, usando o notebook de minha mãe, com meus pais/irmão roncando ao meu lado. E não estou usando Wi-Fi não: papis comprou um plano 3G para usarmos especialmente nesses dias.
Pois é, somos uma família tecnoestressada. Acreditem: todos nós quatro trouxemos nossos computadores portáteis. Minha mãe o usa para pagar umas contas e, vai lá, usar a internet. Meu pai checa seus e-mails e confere as notícias. Meu irmão faz a social no Orkut e no Messenger. E eu? Bem, eu trouxe meu notebook com o seguinte propósito: baixei a 3ª temporada de Entourage e usaria o micro como minha TV portátil.
Minha família fica no mesmo hotel há uma década. É um lugar simples, até meio fuleiro, mas os hospedes sempre foram o diferencial do lugar. Fazia uns três anos que não viajava com a minha família para essas bandas, e esse ano quis o destino que isso acontecesse.
E já vejo claramente a mudança tecnológica que abateu os meus familiares (e os próprios hóspedes) durante esse tempo.
Nós nunca ficávamos no quarto, a não ser, dã, para dormir. Sempre tinha alguém para jogar bola, baralho, ping-pong, sinuca ou conversa fora mesmo. Agora só vejo crianças fazendo isso. A lan house do hotel bomba: adolescentes ou jovens dos 20 e poucos anos ficam direto por lá. Eu passo, olho, e me sinto um ancião me dirigindo à piscina com um livro debaixo do braço.
Como está chovendo, minha família está ainda mais tecnoestressada. Meu pai fica o tempo inteiro com dois celulares na mão. Ele descobriu o Nextel e brinca de walkie talkie com a parentaiada de São Paulo. Meu irmão não sai do MSN por nada. Já minha mãe fica tomando um cacete do iTunes para jogar músicas em seu iPod. Claro, todos estão trancafiados no quarto.
Eu sei que isso parece texto de gente velha e ultrapassada. E, gente, eu realmente sou daqueles defensores de que a tecnologia não afasta e ensimesma as pessoas. Mas, agora, tendo isso na pele, confesso que fico meio cabreira. Quando chovia, rolava um baralho, as pessoas se reuniam para ver televisão ou apenas deitavam no sofá e fitavam o teto. Agora cada um pega o seu gadget e entra em uma bolha.
Pior que isso influencia. Eu deveria estar “leno” o meu livro, "conversano" com alguém ou até mesmo "dormino". Mas estou “blogano” às 3h da manhã!
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