Começo a minha lista dos dez melhores discos do ano com um polêmico: o da Mallu Magalhães. Olha, não me interessa se ela parece o Rain Man quando dá entrevistas, se ela dança dentro de si mesma ou quem ela tá pegando. Mas o seu som. E aí, meus queridos, ela mostra que todo o burburinho em torno do seu nome (e idade) não é à toa.
Tive uma grata surpresa ao ouvir o "CD oficial" e notar que ela agüentou bem a pressão de não considerada fogo de palha e apenas uma invenção da mídia. Confesso que gosto mais do EP que ela jogou no MySpace, já que o som era mais intimista e agora está todo produzidão. Mas, ei, isso era esperado.
Com a a assinatura de Mario Caldato Jr., o som de Mallu não perdeu sua origem folk e ganhou mais peso. Adoro, principalmente, o piano que foi acrescentado em J1 e Have You Ever, e a guitarra de blues em Town of Rock'n'Roll. Também gostei das novas músicas de Mallu. Em especial, de You Know You've Got que, para mim é a melhor que ela já escreveu e mostra a maturidade que seu som sofreu nos últimos meses. Her Day Will Come é outra delícia.
Os hits pop Get to Denmark e Tchubaruba também estão lá, claro.
O CD tem, sim, os seus momentos chatos. O Preço da Flor é Los Hermanos demais e o trio final Dry Freezing Tongue, It Takes Two To Tango e Noil parece ter sido tirado de um disco da Jewel!
O resultado final é um disco nota 7. Talvez não fosse uma nota suficiente para entrar nessa lista, mas Mallu abriu a porta pela grande sacolejada que deu no modorrento cenário pop brasileiro. O.K, só se fala de sua vida pessoal, ela não deveria dar tantas entrevistas...
Num conselho de gente mais velha: toma cuidado com quem andas, Mallu!
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