Olha, eu tenho uma certa birra por festivais de música realizados no Brasil, mas, juro, nunca vi algo parecido com o Tim Festival de domingo.
O The Killers deveria entrar à 1h da manhã, mas subiram no palco às 4 horas da manhã. Eu não vi isso, lógico, pois nessa hora já estava em casa, dormindo. Também não assisti ao Arctic Monkeys. Sai do Anhembi assim que Juliette and the Licks encerrou sua última música. Às duas horas da manhã. Não assisti justamente as apresentações que eu mais queria ver. O cansaço – e o mau-humor – foram mais fortes. Ninguém trabalha ou tem aula na segunda-feira de manhã, sabe como é.
Olha, eu já cansei de reclamar do preço abusivo dos shows musicais no País, da falta de estrutura de se montar algo grandioso, da roda de maconheiros que sempre fica ao meu lado, do som que é sempre uma merda, do cachorro-quente de R$ 8 e até do copo de guaraná a R$ 4 – aliás, não deixam mais você levar alimentos ou qualquer tipo de bebida. Fique 10h30 em pé tomando copinho de cerveja por 5 conto.
Caramba, quem organizou esse último Tim Festival?
Pôr Björk (showzaço, por sinal) e uma cacetada de bons nomes da música no mesmo dia foi genial, mas será que ninguém pensou que só para montar a parafernália do cenário da cantora islandesa vai 1h30 para montar mais o mesmo tempo para desmontar? Por que não finalizar o festival com ela?
Por que não criar dois palcos, um em cada ponta do estacionamento, para facilitar a transição entre as bandas? Ah, mas aí não faria sentido ter um chiqueirinho VIP em que se paga R$ 400 para ficar um pouco mais próximo do palco, não é mesmo?
O som desta vez estava bom – até o show da Bjork. Depois passou da meia-noite, o Psiu! entra em vigor e o som fica baixo. Não adianta gritar "aumenta!". Por que não começar o evento à tarde, à luz do dia, para não cansar tanto? Por que somente no Brasil há a cultura que show só deve ser feito à noite?
Festivais, nunca mais. Cansei. Pode vir Radiohead, Muse, Led Zeppelin, ressucitar o Freddie Mercury... Chega! Eu sempre saio desses lugares me sentindo um otário, mas desta vez foi demais.
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