Crônicas
Segunda e terça-feira eu fui um Ferry Bueler tupiniquim. Matei aula, na cara dura. Decidi ficar em casa, em Sorocaba. Estava com saudades do meu quarto, do meu cachorro, das minhas tranqueiras, dos meus pais... Em suma, estava com saudades de casa, da minha casa. Curiosamente, a Lísia fez o mesmo que eu na semana passada. Alegou o mesmo motivo que o meu para cabular algumas matérias: saudades.
Completando quase um ano e meio que vim para morar com minha avó, em São Paulo, é impressionante como parece que tenho duas vidas. A que eu deixei há 90km da capital, e a que eu vivo no presente, aquela que eu sempre sonhei ter, com novos amigos, com a bem-amada ao meu lado, usufruindo de todas as atividades diferentes que eu nunca pude fazer. Mas mesmo assim eu sinto saudades de casa.
Digo para o meu amor que, se pudesse, a melhor coisa do mundo seria transportar a minha casa, lá de Sorocaba, e trazê-la para cá, em São Paulo. Seria perfeito. Chegaria da faculdade e o Billy correria e pularia em minha direção, pegaria milhares de filmes da locadora e passaria tardes debaixo do edredom; ficaria a baixar dezenas e dezenas de músicas no meu computador, sem ter que ouvir meu tio me amolando para usá-lo também.
Escutaria o som bem alto e, assim que a empregada fosse embora, andaria pela casa de cueca. Iria ser tão gostoso. Daria uma volta no quarteirão com aquele cachorro sem-vergonha, e, quando voltasse, uma coxinha, trazida quentinha da padaria pela minha velha, estaria lá, em cima da mesa, para a minha degustação. Depois era só pegar o telefone, discar o número que não sai de minha cabeça, e fazer o convite: "Nê, vem pra cá jantar comigo!".
Durante esses poucos dias em casa eu zanzei de madrugada por aquele corredor gelado. Ouvia meu pai roncando e dei uma bronca em mamãe, que insistia em ver novamente uma reprise do Friends. Fui à cozinha, tomei aquele chá gostoso, e fiquei sentado no sofá da sala, observando pela janela as folhas da árvore da rua balançarem com o vento forte. Estava tudo tão tranqüilo, calmo. O único barulho era o guarda-noturno, que rondava de bicicleta pela vizinhança, apitando toda vez que via uma casa com a luz acessa.
Completando quase um ano e meio que vim para morar com minha avó, em São Paulo, é impressionante como parece que tenho duas vidas. A que eu deixei há 90km da capital, e a que eu vivo no presente, aquela que eu sempre sonhei ter, com novos amigos, com a bem-amada ao meu lado, usufruindo de todas as atividades diferentes que eu nunca pude fazer. Mas mesmo assim eu sinto saudades de casa.
Digo para o meu amor que, se pudesse, a melhor coisa do mundo seria transportar a minha casa, lá de Sorocaba, e trazê-la para cá, em São Paulo. Seria perfeito. Chegaria da faculdade e o Billy correria e pularia em minha direção, pegaria milhares de filmes da locadora e passaria tardes debaixo do edredom; ficaria a baixar dezenas e dezenas de músicas no meu computador, sem ter que ouvir meu tio me amolando para usá-lo também.
Escutaria o som bem alto e, assim que a empregada fosse embora, andaria pela casa de cueca. Iria ser tão gostoso. Daria uma volta no quarteirão com aquele cachorro sem-vergonha, e, quando voltasse, uma coxinha, trazida quentinha da padaria pela minha velha, estaria lá, em cima da mesa, para a minha degustação. Depois era só pegar o telefone, discar o número que não sai de minha cabeça, e fazer o convite: "Nê, vem pra cá jantar comigo!".
Durante esses poucos dias em casa eu zanzei de madrugada por aquele corredor gelado. Ouvia meu pai roncando e dei uma bronca em mamãe, que insistia em ver novamente uma reprise do Friends. Fui à cozinha, tomei aquele chá gostoso, e fiquei sentado no sofá da sala, observando pela janela as folhas da árvore da rua balançarem com o vento forte. Estava tudo tão tranqüilo, calmo. O único barulho era o guarda-noturno, que rondava de bicicleta pela vizinhança, apitando toda vez que via uma casa com a luz acessa.
Acho que estou amadurecendo...
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