19 de ago. de 2004

Tristeza, tristeza


Nessas Olimpíadas, não sei se vibro ou choro. Comemoro, já que nossa natação brasileira conseguiu participar de quatro finais, algo impressionante. Choro, pois percebo cada vez mais que o esporte tupiniquim vai de mal a pior. Dá dó daqueles atletas. Esbanjam alegria, agitam a bandeira e, depois, saem de cabeça baixa - outros vibram, seja qual for o resultado.

Em Atlanta, 96, a participação foi supimpa. Iriam ocorrer vários investimentos, Campinas teria um centro de natação para formar futuros campeões. Isso ocorreu? Nops. Judô, alguém por acaso já viu um torneio de judô sendo exibido? O esporte rende uns bronzes e ninguém dá bola. Deixa os neguinhos de quimono se virarem, procurarem patrocínio.

A situação está tão ruim, que nem atleta gostosa existe. Exceções existem, é lógico. Mariana Brochado e a eterna Ana Paula. O duro é ter que levantar a bandeira pela Edinanci. Orra, trabuco! Nem a seleção feminina de vôlei se salva. Valeskinha? Suplico pela volta da Leila. Nada como a Leila dando umas cortadas e recepções.

Odeio a BAND-SPORTS. Os jornalistas cobram, na cara dura, para os atletas ganharem medalhas. Tenho vontade de atirar naquele Elias Jr. "A Daiane vai trazer a douradinha, o Scheidt não perde nem se estiver de jangada". Poxa, e se eles não conseguirem nada? Vão exorcizar os coitados, tal qual aquele cavalo de nome esquisito do Rodrigo Pessoa em Sydney. E, caso ganhem, vão dar um abraço no Lula e serão convidados para sentarem no sofá da Hebe, contando como é duro ser atleta neste país.

Pena que os vencedores logo serão esquecidos. Pelo menos por quatro anos.

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