Vida nova
Lembram daquele meu texto, em que eu fazia uma auto-análise de meu ano de cursinho? Dos quatro vestibulares em que havia prestado? Eu disse que passara num e, quem sabe, conseguiria ser chamado no outro, pois as chances eram remotas.
Pois é, garotada. Eu fui chamado para a faculdade que estava no topo de minha lista. Agradeçam a minha redação. A faculdade tradicionalíssima pelo grande número de intelectuais, que teve um papel importantíssimo na época da ditadura. Era a faculdade com a qual eu havia mais me identificado. Sim, ela é particular e, sim, não é barata. Mas eu tenho um tremendo tesão de fazer jornalismo lá.
Eu estava estudando em Campinas. Adoro o pessoal da minha classe, são gentes boníssimas e de algumas ocasiões juro que nunca esquecerei. Paguei micos homéricos nas aulas de "Comunicação e Expressão", o que fez com muitos brincassem comigo, deixando eu me sentir em casa. Só levo coisas boas de lá. Pena que divulguei o blog para duas pessoas, apenas. (Ericson ou Patrícia, se lerem isso comentem, por favor!). Espero manter contatos com esses futuros jornalistas, que fizeram de meu trajeto: acordar as cinco e meia da manhã, pegar uma van por uma hora e meia e depois quase duas horas para chegar em casa, em algo insignificante. Contava as horas para ver o pessoal da minha sala.
Estou pensando em mim. Quero realizar o meu sonho de viver na cidade que amo tanto - sonho que esperei por longos dez anos. Volto para Sorocaba todos os finais de semana - existem pessoas nessa cidade maldita que amo demais para largar. Vou morar com minha avó, serei mimado pra caramba. Bolo de cenoura e pãozinho de salsicha todo dia. Ficarei uma bola de gordo.
Depois de um tempo, espero conseguir um estágio, um emprego qualquer, que dê para ajudar em casa e, quem sabe, ter um cantinho próprio - ou dividindo com alguém, tanto faz. Quero somente um dia criar asas e ter liberdade. Ser dono do meu próprio nariz.
O que faço hoje, eu sei que não irei me arrepender. Podem apostar.
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