24 de fev. de 2004



Ontem, repeti o mesmo procedimento realizado ano passado: pular carnaval em Itu.

- Ué, Gustavo! Você não disse, no post anterior, que não gosta de carnaval?

Sim, é verdade. Mas o Carnaval da cidade vizinha de Sorocaba é jóia. Tudo bem que o preço é salgado (35 reais), porém nessa quantia está inclusa a consumação. Enquanto todos comemoram gritando, ansiosos para gastar 35 reais em birita, eu, sou diferente. Saio do guichê vibrando.

- Consumação de 35 reais? Vou comer que nem um porco!

Segundo meus cálculos, não consegui atingir a meta de 35 reais. Vamos lá: três águas, uma porção de coxinhas, duas Sminorff Ice e uma Sprite. Acho que nessa brincadeira saiu algo em torno de 28 a 30 reais. Ah, mas está bom.

No quesito musical, estava bem “eclético”. Desde o Pagode-KLB-CPM22 do Raça Negra, de Axé à Funk e, muito, mas muito, Ivete Sangalo. Essa cantora vive de criar hits para o Carnaval. Foi assim com “Arerê” e “Festa”. Nesse ano, a cada momento o refrão ecoava boate afora: “Poeiraaaa, poeiraaaaa”. Musiquinha chatinha pra caramba. Mas pra variar, já sei cantá-la de cor e salteado. Axé: o som do diabo.

Como todos sabem, e faço questão de ressaltar, eu não sei dançar. Samba é pior ainda, já que abaixo do umbigo eu sou quase um inválido (sem insinuações sexuais, por favor). Coordenar o pé direito com o esquerdo é tarefa para o McGyver. Como um belo paulista, sambo com os braços. Pulo mais do que pipoca na panela e pimba! Percebo que muitos seguem o mesmo estilo. Salvo as exceções, lógico. Têm aquelas morenas que brincam de liquidificador. E, caramba! Não existe nada mais sensual do que uma mulher que dança bem. Se ela sabe fazer aquele joguinho de jogar as longas madeixas para todos os lados, nós –homens- somos reduzidos a meros telespectadores de tamanha maravilha.

Para meu deleite, rolaram até algumas marchinhas. Prestes a ir ao banheiro, ouço uma deliciosa introdução ao fundo: “Euuu, fui às touradas de Madri...”. Daí vira uma festa: formam-se trenzinhos e a pista de dança lota. Panela velha é que faz comida boa, não adianta. Oxalá para as grandes marchinhas! Tudo é mais gostoso ao som das marchinhas.

Não adianta dizer que não gosto de Carnaval. Não gosto do modelo paulista, isso sim. Devo ser algum carioca enrustido, só pode ser isso. Que sinistro, mermão!

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