24 de jun. de 2006

Malditas tabelinhas!

A coisa mais chata que você ganha em época de Copa do Mundo são aquelas tabelinhas de bolso para você marcar com caneta os placares das partidas. Você vai abastecer o carro? O posto t dá uma. Comprar remédio? A farmácia também dá. Incrível como qualquer lugar do mundo tem essas tabelinhas de "brinde".

Outro dia, a caixa da padaria não tinha vinte centavos de troco para mim. "Não faz mal", disse. "Aceito duas balinhas e boa."

"Ah, não pode ser uma tabelinha da Copa para você acompanhar as partidas?", ouvi como resposta.

Grunhi de raiva.

Pelo os meus cálculos, ganhei mais de 30 dessas lembrancinhas. Jamais levava para casa apenas uma, ganhava umas cinco de uma tacada só. "A família vai torcer juntinho", brincou o jornaleiro.

Há duas semanas, enquanto entrava com a namorada no prédio dela, o porteiro veio todo alegre. "Opa, Gustavo! Presente", disse Seu Domingos, com cinco tabelinhas na palma de sua mão.

"Já tenho essa, mas brigado, hein!", respondi, passando reto pela cara de tacho dele. Levei um baita esporro da Bem-Amada. "Mas você não tem educação mesmo!"

Nem no email eu fiquei salvo! Dois amigos meus indicaram uma tabelinha virtual que marcava os resultados e até combinava sozinha as partidas das fases finais. Ignorei.

Politicamente correto, coloquei todas para reciclar. A única tabelinha que eu preencho, religiosamente de quatro em quatro anos, é a quem vem no álbum de figurinhas da Copa (aliás, faltam só duas para eu terminar: escudos de Togo e México - vamos fazer negócios, pessoal!).

Mas, pura ironia do destino, agora de madrugada, enquanto durmo, notei que eu não sabia qual seria o jogo de hoje. Só sei que joga a Alemanha e a Argentina, mas nem imagino o horário. Fui obrigado a sair do quentinho do edredom, ligar a Internet, apenas para ver a que horas rolava a peleja - estou em Sorocaba e o álbum ficou em São Paulo...

Na próxima Copa, juro que guardo pelo menos uma dessas tabelinhas.

20 de jun. de 2006

Bonzinho só se fode

Por diversas vezes eu falei aqui das dificuldades em se arranjar um emprego. Depois que esse martírio acabou para mim no final do ano passado, sempre que posso mexo meus pauzinhos para ajudar aos próximos.

É o amigo que vira fotógrafo de minhas matérias, a namorada que eu indico para uma vaga na mesma empresa, o colega de sala que passa a fazer meus antigos trabalhos de freelancer... Tenho um coração de mãe.

Na semana passada, enquanto abria a caixa de emails aqui do serviço, noto um email endereçado à minha pessoa com o seguinte título: "Bom dia!'. Abro a mensagem e leio com calma:

Prezado(a) Colega,

Remeto meu currículo a fim de participar de um possível

processo seletivo que esteja acontecendo

Renato D. era o nome de meu colega. 26 anos, jornalista formado, casado e pai de um filho. Diz ter trabalhado em vários lugares, e observo que ele não passou nem um ano em cada empresa citada. Inglês intermediário e noções de informática.

Eu, solteiro, morando com a avó e sem filhos já me sentia um merda à procura de trampo, fiquei comovido com a história do sujeito. Coitado, ele tem um filho e é casado, pensei. Respondi ao cara, todo simpático:

Renato, você mandou o currículo para um estagiário. Infelizmente eu não posso fazer nada...

Mas façamos assim: manda pra mim um currículo mais elaborado, mais completinho, no Word. Fale onde você mora, onde fez faculdade, pretensões na carreira, áreas onde gostaria de atuar...

Daí eu deixo ele com o pessoal do RH.

Que tal? Sei como é duro estar atrás de emprego.

Abraço!

Gustavo Miller.

Como sou bacana, não? Pena que o tal do Renato não achou o mesmo. Quatro horas depois ele me responde.

Obrigado pela sua vontade,

amigo estagiário. Deve mesmo

ser "duro ficar sem trabalhar",

no entanto, este não é o meu caso.

E quando ao "Currículo Mais Elaborado"

é realmente necessário a profissionais

em início de carreira. No meu caso,

basta escrever "Editora Abril" ou

"Jornal Diário de Notícias" por exemplo,

que as empresas falam por si.

Ah, vai para aquele lugar!

18 de jun. de 2006

Testando um, dois, três...

Olá, olá!

Ora! Mas vejam só quem voltou? Após eu perceber que ainda existem algumas pessoas que aparecem por aqui e, pasme, cobram-me pela minha ausência, o DPL! está de volta.

Talvez eu esteja mais entusiasmado a escrever com esses negócios de Copa, a qual, confesso, fico super amarradão.

Isso aqui foi apenas um aquecimento. Amanhã eu volto. Deixo a promessa de que tentarei escrever uma ou duas vezes por semana, valeu?